No domingo, quando o Vitória goleou o Bahia de Feira por 4x0, o meia canhoto ganhou nova chance entre os 11, após três partidas no banco, e mostrou a bola que tanto se espera dele no profissional.
"Um gol como esse ajuda nessa busca pela titularidade, mas eu penso mesmo é em servir. É um gol que ajuda a dar dor de cabeça no treinador. Ainda mais tendo um jogador como Geovanni ali no banco", comenta o garoto, que, na goleada de 6x1 sobre o Juazeiro, pela 2ª rodada, também sofreu um pênalti e deu uma assistência pra Neto Baiano marcar um dos oito gols no estadual.
Nesta quarta, quando o invicto Vitória enfrentará o Juazereirense, no Adauto Moraes, Maia terá mais uma oportunidade. E, pela quarta vez, Arthur entra como camisa 8 e, não 10, como se acostumou e se destacou na base. Qual a difereça? Como terceiro homem, precisa ficar o tempo todo ligado na marcação pelo meio e sair só na boa. Como o principal armador, atual função de Lúcio Flávio, a liberdade é bem maior. Uma dificudade a mais para ser driblada pelo alagoano, no Leão desde os 10 anos.
"Está sendo algo novo. Nunca joguei com a preocupação de marcar e o professor tem cobrado muito isso de mim. Ele já me disse que eu sou uma válvula de escape do time na hora do contra-ataque", diz.
É essa dinâmica que Cerezo já deixou claro ser um dos pontos principais para Maia aprimorar. O meia não discorda do técnico, mas explica o por quê de não estar em todas as bolas. "Se você observar, às vezes, o jogador de alto nível não corre a todo momento. Eu procuro segurar um pouco o gás pra soltar na hora das arrancadas", observa.
BaVi - Agora, saindo do clima das explicações, Maia foca no ano de 2012. "Sempre tem a desconfiança de alguma parte da torcida, mas, lá na frente, eu quero ser útil na campanha do Vitória de volta à primeira divisão", comenta.
Bem antes disso, tem o primeiro teste de fogo: Ba-Vi,em Pituaçu. "Nesse clássico, o jogador de verdade tem que aparecer. Eu sei bem o que significa um Ba-Vi", garante. (Angelo Paz / iBahia)