Sou até suspeito em falar, já que é um ídolo para mim, mas a escolha do Vitória por Toninho Cerezo foi acertadíssima.
Dentre os nomes que foram cogitados nos últimos dias, desde o início meu voto era dele, de olhos fechados. Isso por um simples motivo, que às vezes passa despercebido no mundo do futebol: identificação de um profissional com o clube.
Desde sua saída, após o fim do Campeonato Brasileiro de 1999, quando terminou a competição na quarta posição, o mineiro deixou saudades na torcida rubro-negra. Não somente pelo seu passado no futebol, que é riquíssimo, mas por sua simplicidade e seu modo ofensivo de trabalhar. A coragem que faltou nesta temporada poderá aparecer novamente em 2012.
Sei que ele não encontrará um Leandrinho na esquerda ou um Rodrigo na direita, muito menos um ataque formado por Tuta, Arthur e Cláudio, os três voando, mas acredito que o comandante terá um ótimo grupo para se trabalhar. Falo isso pelos garotos que estão subindo das divisões de base, como o ótimo zagueiro Dankler, aposta para 2012.
Contudo, o Vitória tem e precisa mesmo é recuperar a mística do Barradão, onde os adversários entravam no estádio e tremiam. Com Cerezo, tenho certeza que isso voltará. Além disso, ele chegará na pré-temporada e terá a possibilidade de conhecer o grupo mais de perto. Isso é um passo à frente. Esse planejamento, que inclui o treinador de futebol, será um diferencial.
Muitos pergutaram nos últimos dias: qual o último trabalho bom de Toninho? Sei que tem tempo, contudo, isso não é para ser levado em consideração no momento. O que deve ser destacado mesmo é o retorno de um ídolo, um cara que gosta do clube como poucos que passaram aqui e que merece a confiança e paciência do torcedor.
Parabenizo o vice-presidente, Carlos Falcão, e o gerente de futebol, Newton Drummond, pela iniciativa. Não poderia ser melhor. Esse é o espírito e acredito que as coisas tendem a melhorar no ano que vem.
Por: Maurício Naiberg
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