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Dandan: torcedor de 11 anos acompanha o Vitória em todos os jogos desde 2006

Carrinhos, bonecos, vídeo-game, celular de última geração, viagem para Disney. A lista de possíveis presentes de aniversário para uma criança é infindável, mas o pedido do pequeno Daniel Novaes foi outro. No dia do 11º aniversario, Dandan fez um pedido inusitado.

- Pedi a meu pai para ser sócio do Vitória. Eu queria contribuir com o meu time. Antes de ser sócio, eu só comprava ingresso e não ajudava muito. Agora, como sócio, eu ajudo mais ao Vitória. Meu pai desconta uma parte da minha mesada para pagar. Agora a sensação é que estou ajudando ainda mais – conta Daniel, que se tornou o sócio mais jovem do Rubro-negro baiano.

A decisão de ajudar o clube do coração já faria de Daniel um torcedor especial, mas a história vai muito além de um pequeno sócio torcedor.

Dandan, o andarilho rubro-negro
Beira-Rio, Olímpico, Ressacada, Arena da Baixada, Couto Pereira, Pacaembu, Morumbi, Engenhão, Aflitos, Frasqueirão, Serra Dourada, Vila Belmiro, Ilha do Retiro, Arruda, São Januário, Centenário. A lista de estádios no currículo de Daniel parece interminável. Nos últimos cinco anos, foram mais de 40 praças esportivas visitadas. Se tem Vitória em campo, tem Dandan na arquibancada.

- Eu gosto de estar sempre presente representando nossa torcida. Eu gosto muito de viajar. Sempre peço a meu pai - diz o pequeno rubro-negro.

A vida de andarilho não é fácil. Movida pela paixão, a família Novaes marca presença em todos os jogos, mas enfrenta verdadeiras batalhas longe das quatro linhas.

- Tem dias em que passamos mais de sete horas no aeroporto. Porque há jogos em que a gente espera pelos voos mais baratos, então os horários terminam sendo ruins. Nos jogos aos sábados, saímos pela manhã. Chegamos praticamente na hora do jogo. Mas a volta geralmente acontece às 23h, 00h. Tem gente nas redes sociais que vê as fotos e fala: “Esse menino é rico!”. Eu vou lá e respondo: “Nada disso. Enquanto vocês gastam com barzinho, outras diversões, a gente gosta de viajar para ver o time. Esse é o nosso lazer” – explica Manoel Novaes, pai de Dandan.

Entre tantos estádios, um ganhou lugar especial na memória do jovem. Templo sagrado do futebol mundial, o estádio Centenário, em Montevidéu, respira a história. Palco da primeira final de Copa do Mundo, o lugar mexeu com o rubro-negro. Apesar da goleada sofrida por 4 a 1 para o River Plate do Uruguai, Dandan jamais esqueceu o dia 22 de setembro de 2009.

- Foi a viagem que eu mais gostei. Ir lá no Uruguai ver o Vitória foi muito legal. Gostei muito - diz o garoto.

Dandan também esteve presente na decisão da Copa do Brasil de 2010. O Vitória bateu na trave e ficou com o vice-campeonato. Com conhecimento de causa, Dandan explica a derrota como gente grande.

- Contra o Santos, o problema foi que o time não jogou bem lá na Vila Belmiro. Aqui no Barradão tentou se recuperar, mas não deu – explicou.

No entanto, aquela derrota para o Santos foi indiretamente responsável pelo dia mais triste de Dandan como torcedor do Vitória.

- Desde que eu passei a ir para o estádio, tive muitas emoções em ver meu time jogar, mas também muito sofrimento. A queda para a Série B no ano passado foi o jogo mais triste para mim. O rebaixamento foi culpa da perda da Copa do Brasil. O time não se recuperou da perda e acabou caindo – lamentou.


Barradão: um santuário, uma casa
A estreia de Dandan no estádio Manoel Barradas, o Barradão, foi no dia 7 de novembro de 2001. Com apenas 1 ano e seis meses, Daniel colocou os pés na “casa” rubro-negra.

- Quando eu era pequeno, meu pai me levava para muitos jogos no Barradão. Aí eu fui me acostumando. Comecei a torcer pelo Vitória de verdade. E comecei a pedir tudo do clube. Pedia um monte de coisa. Queria ter tudo do Vitória – disse Dandan.

- Quando ele era novinho, eu só levava em jogos de pequeno público. A mãe não queria deixar, mas, quando ele fez 6 anos, disse que queria ir para todos os jogos. Não teve de jeito. Desde 2006, ele nunca perdeu um jogo do Vitória no Barradão – conta Manoel, orgulhoso.

O pai coruja e rubro-negro tem uma história parecida com a de Dandan. No entanto, as cores da paixão de infância eram outras. O amor pelo Vitória só apareceu na adolescência de Manoel.

- Passei a infância rodando os estádios do interior da Bahia com o meu pai para acompanhar o Ypiranga. Só que, no final dos anos 80, o Ypiranga caiu para Segunda Divisão e eu passei a torcer pelo Vitória. Foi em um momento em que o Bahia estava dominando. Tinha acabado de ser campeão em 88, mas não teve jeito, o coração falou mais alto. Foi amor. Escolhi um time e foi o Vitória - disse.

A Toca do Leão tornou-se uma espécie de segunda casa. Dandan é um dos mascotes do time. Em todo o jogo do Vitória, lá está ele, pronto para entrar no gramado de mãos dadas com os jogadores.

O ídolo. A referência
A presença constante de Dandan chamou atenção de um ídolo rubro-negro. O colombiano Julian Viáfara se surpreendeu com a paixão mirim.

- Acho que foi a primeira vez que eu conheci uma criança assim, que frequentava todos os jogos. É algo muito bacana – disse o ex-goleiro do Vitória.

Viáfara carrega o posto de ídolo-mor de Dandan.

- Ele saiu do Vitória, mas eu continuo sendo fã dele. É o meu ídolo – define em poucas palavras o garoto.

Onde quer que vá, Dandan faz questão de carregar a bandeira da Colômbia com a homenagem ao ídolo, El Paradon Viáfara.

A amizade entre ídolo e fã vai além dos campos. Graças a uma intermediação de Manoel, o goleiro colombiano segue mantendo a forma em um clube de Salvador. Ciente do papel de ídolo, Viáfara faz questão de lembrar que quis saber se as viagens de Dandan não interferiam no desempenho do garoto na escola.

- Nunca atrapalhou. Quando tem prova ou alguma atividade mais importante em dias de semana, eu vou na escola e converso com a professora. Mas ele tem excelentes notas. É um garoto estudioso - garante Manoel.

- Isso é o mais importante. Apesar da paixão pelo time, a prioridade é sempre a escola. Fico feliz por ser uma referência para um garoto como ele – conclui Viáfara.

Sonho de andarilho
Apesar do grande ídolo ser o responsável por impedir os gols adversários, é lá na frente que Dandan sonha em fazer história. Aluno de uma escolinha de futebol do Vitória, o pequeno torcedor tem um sonho.

- Quero ser jogador do Vitória. Estou gostando muito da escolinha. Aqui eu jogo como atacante. Sou mais ou menos goleador – diz o garoto, sob risos.

Dandan é a pequena, mas valiosa, prova de que onde quer jogue, o Vitória nunca, em hipótese alguma, estará sozinho. (Eric Luis Carvalho / GloboEsporte)
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Comentários
3 Comentários

3 comentário(s):

Anônimo disse...

Parabéns Daniel!

Anônimo disse...

Bora dandan!
Lembra do jogo em campinas contra a ponte esse ano? Estavamos la com vcs.
Vc vai ser o maior goleador do vitória! Se existissem 4 jogadores com a sua raça seriamos campeões de tudo!
SRN!

luiza disse...

oi dan vc merece essa homenagem tudo de bom prar vc meu sobrinho ta no mesmo ritmo bjs

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