
Desde o início do Campeonato Baiano eu tenho reclamado do meio campo do Vitória, é falta de marcação, falta de velocidade, falta de um monte de coisa, por isso resolvi fazer um levantamento das escalações de Ricardo Silva nesses 11 jogos, com o objetivo de verificar as posições que mais sofreram alterações.
Utilizei como base a escalação do início do jogo, o resultado é meio que previsível:
NÚMERO DE JOGOS
11 jogos - Ramon Menezes e Viáfara;
10 jogos - Bida, Nino Paraíba, Uelliton e Wallace;
09 jogos - Vanderson;
08 jogos - Anderson Martins e Schwenck;
06 jogos - Neto Berola;
04 jogos - Rafael Cruz e Índio;
03 jogos - Vilson;
02 jogos - Adaílton, Egídio, Valmir e Rafael Reis;
01 jogo - Júnior, Kleiton Domingues, Elkeson, Reniê, Evson, Marconi, Marcos Pimentel.
No gol Viáfara é titular. Na zaga, Wallace foi poupado contra o Ipitanga (antes do BAVI) e Anderson Martins chegou a ser substituído por Vilson em 3 jogos, porém Vilson se machucou e perdeu a chance de continuar no time titular.
Nas lateriais, Nino Paraíba é titular absoluto na direita, só ficou de fora de 1 jogo por causa do 3º cartão amarelo. Pela esquerda, Rafael Reis (Pelezinho) teve 2 chances, mas não agradou; Egídio também teve, mas se contundiu; por falta de opção Ricardo Silva escalava Rafael Cruz (Granja) e agora tem Valmir, contratado depois.
No ataque Neto Berola e Schwenck foram os que mais começaram as partidas. Índio era titular até sem emprestado; Elkeson e Júnior só tiveram uma chance, e Adaílton duas. Mesmo os dois primeiros tem baixo aproveitamento, Ricardo costuma substituir os atacantes no 2º tempo.
Os outros jogadores citados tiveram oportunidades na contusão de um jogador titular ou pela suspensão pelo 3º cartão amarelo.
Repare que os 4 meio-campistas jogaram a grande maioria de jogos. Ramon Menezes não se machucou e nem foi suspenso. Bida e Uelliton e Vanderson só não atuaram nos 11 jogos porque estavam suspensos e/ou machucados. Diferente das outras posições, o meio de campo praticamente não foi alterado desde o início, não há problema nenhum em ter um titular absoluto, a exemplo de Viáfara, Nino Paraíba e Wallace, mas estes não vem recebendo muitas críticas.
Ricardo Silva elegeu o "quarteto fantástico" Ramon Menezes, Uelliton, Vanderson e Bida como a melhor formação possível, mas a verdade é que na prática isso não está funcionando. Claro que triunfamos com este meio de campo, entretanto jogando contra times mais fracos. Nosso meio de campo é lento, não marca direito e não dá dinâmica no jogo. Ramon Menezes é artilheiro do time, mas não tem condições físicas de atuar os 90 minutos, todo mundo sabe que o melhor rendimento dele é em apenas uma etapa, ou no 1º ou no 2º tempo. Bida até que em alguns jogos parecia ter melhorado, mas não há regularidade, perdemos na marcação e na ofensividade com ele. Uelliton até que está bem regular, mas não está tendo a mesma eficiencia quando Vanderon recua e atua como 3º zagueiro.
Será que só Ricardo não vê isso?
CURIOSIDADES-Rafael Cruz é o jogador que mais entrou no decorrer do jogo, 7 vezes. Como ele começou jogando em outras 4 oportunidades, junto com Ramon Menezes e Viáfara são os únicos que atuaram em todos os 11 jogos;
-Schwenck é o único atacante (tirando Índio) que sempre começou o jogo como titular (8 vezes no total), ou seja, nunca entrou no decorrer do jogo. Entretando foi substituído em 4 oportunidades;
-Vilson atou em 5 jogos (titular e substituto) e o time venceu 4 e empatou 1 vez;
-Adaílton e Júnior, que são reservas, marcaram 5 gols no total; Neto Berola e Schwenck (titulares) marcaram 3.
Por: Lucas Serra