Estou feliz com o momento atual do Vitória na Série A. Sei que o grupo ainda é limitado e com poucas opções no banco de reservas, mas tem feito o possível para suprir esse problema.
O mercado interno está bastante escasso, principalmente de nomes para o setor defensivo das equipes que disputam o Brasileirão.
O mercado interno está bastante escasso, principalmente de nomes para o setor defensivo das equipes que disputam o Brasileirão.
É muito complicado para um clube que não tem a receita de Corinthians, Flamengo, Santos, São Paulo, Cruzeiro, por exemplo, investir pesado em contratações que agradem o torcedor, ávido por reforços. Não é fácil, pois o nível de erro que a diretoria do Vitória – e do Bahia também – deve ter é mínimo. Na verdade, quase zero.
Isso ficou comprovado no clássico Ba x Vi. Vou falar especificamente do Vitória, que tem um setor ofensivo competitivo, mas sem grandes alternativas no banco. Se sair Renato Cajá – que também não está jogando essa bola toda –, Escudero, Maxi ou Dinei? Este último, tudo bem, tem André Lima como 'sombra', mas, e os outros?
Não vamos nos iludir achando que Marquinhos, Camacho, Rômulo, Pedro Oldoni e Vander vão resolver as coisas quando o campeonato se afunilar. Não vão mesmo. É preciso reforçar o elenco e a diretoria, acredito eu, tem se esforçado para isso, contudo, é fundamental mais rapidez neste processo.
Aproveitando que toquei no nome de André Lima, vou esperar para vê-lo atuando, já que o futebol da China, onde estava, não é parâmetro para nada. Estou torcendo por seu sucesso, só que ele terá que aguardar sua vez. Dinei, dono da posição, tem evoluído e feito gols. Sacá-lo por conta da chegada de um nome de peso será um 'tiro no pé'.
Outro ponto do time que me preocupa é a dupla de laterais. Nino, como todos sabem, não tem sequência e suas atuações não são dos sonhos da torcida. Longe disso. Deixa a desejar na marcação e utiliza um único recurso há anos: a velocidade. Quando encara uma defesa fraca, deita e rola. Se enfrenta um adversário com qualidade, sucumbe.
Gosto muito de Victor Ramos, que passa uma segurança para todos lá atrás, porém, seu companheiro, Gabriel Paulista, me deixa preocupado. Prestem bem atenção que todas as partidas ele falha. E não é qualquer falha. Ele erra em momento decisivos, que, geralmente, terminam em gols. Como aconteceu contra o Goiás, quando ele deixou Walter cabecear duas vezes no mesmo lance para dar o triunfo ao time esmeraldino.
Apesar dessas críticas defensivas, quem tem me agradado mesmo é um atleta que pouco aparece em campo: Michel. Experiente, ele tem segurado a barra muitas vezes nesta temporada. Joga simples, sem frescura: desarma e passa para o meia. Gosto do seu estilo mais equilibrado, priorizando sempre o coletivo.
Acho que o técnico Caio Júnior precisa só ter uma conversa com Cáceres, que forma dupla de marcação com ele no meio de campo. O paraguaio tem saído muito para o ataque, deixando de lado o auxílio na defesa. Claro que é sempre bom um volante procurar o jogo, mas é preciso ter responsabilidade neste sentido e consciência tática.
Vou utilizar da razão – esquecendo meu lado torcedor – e esperar mais para fazer qualquer prognóstico em relação ao Leão.
Por: Maurício Naiberg
Isso ficou comprovado no clássico Ba x Vi. Vou falar especificamente do Vitória, que tem um setor ofensivo competitivo, mas sem grandes alternativas no banco. Se sair Renato Cajá – que também não está jogando essa bola toda –, Escudero, Maxi ou Dinei? Este último, tudo bem, tem André Lima como 'sombra', mas, e os outros?
Não vamos nos iludir achando que Marquinhos, Camacho, Rômulo, Pedro Oldoni e Vander vão resolver as coisas quando o campeonato se afunilar. Não vão mesmo. É preciso reforçar o elenco e a diretoria, acredito eu, tem se esforçado para isso, contudo, é fundamental mais rapidez neste processo.
Aproveitando que toquei no nome de André Lima, vou esperar para vê-lo atuando, já que o futebol da China, onde estava, não é parâmetro para nada. Estou torcendo por seu sucesso, só que ele terá que aguardar sua vez. Dinei, dono da posição, tem evoluído e feito gols. Sacá-lo por conta da chegada de um nome de peso será um 'tiro no pé'.
Outro ponto do time que me preocupa é a dupla de laterais. Nino, como todos sabem, não tem sequência e suas atuações não são dos sonhos da torcida. Longe disso. Deixa a desejar na marcação e utiliza um único recurso há anos: a velocidade. Quando encara uma defesa fraca, deita e rola. Se enfrenta um adversário com qualidade, sucumbe.
Gosto muito de Victor Ramos, que passa uma segurança para todos lá atrás, porém, seu companheiro, Gabriel Paulista, me deixa preocupado. Prestem bem atenção que todas as partidas ele falha. E não é qualquer falha. Ele erra em momento decisivos, que, geralmente, terminam em gols. Como aconteceu contra o Goiás, quando ele deixou Walter cabecear duas vezes no mesmo lance para dar o triunfo ao time esmeraldino.
Apesar dessas críticas defensivas, quem tem me agradado mesmo é um atleta que pouco aparece em campo: Michel. Experiente, ele tem segurado a barra muitas vezes nesta temporada. Joga simples, sem frescura: desarma e passa para o meia. Gosto do seu estilo mais equilibrado, priorizando sempre o coletivo.
Acho que o técnico Caio Júnior precisa só ter uma conversa com Cáceres, que forma dupla de marcação com ele no meio de campo. O paraguaio tem saído muito para o ataque, deixando de lado o auxílio na defesa. Claro que é sempre bom um volante procurar o jogo, mas é preciso ter responsabilidade neste sentido e consciência tática.
Vou utilizar da razão – esquecendo meu lado torcedor – e esperar mais para fazer qualquer prognóstico em relação ao Leão.
Por: Maurício Naiberg
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