Enquanto o seu colega Jorginho anunciava o desligamento do rival, o comandante do Vitória já vislumbrava uma grande repercussão nacional com o feito alcançado no Ba-Vi.
“Falavam que a bola parada era o nosso defeito, mas já estávamos há três jogos sem tomar gols assim. Só ficaram lembrando porque aconteceu contra o Ceará. Devemos enaltecer a humildade dos nossos jogadores. Não ganhamos nada ainda. Apenas fizemos uma história na Fonte Nova”, discursou.
Apesar de pregar humildade repetitivamente, o treinador não conseguiu cativar todos os seus comandados a seguirem o raciocínio. Muitos deles não conseguiram conter a empolgação com o resultado alcançado diante do Bahia. O zagueiro Gabriel Paulista, por exemplo, disse ter se sentido como na Páscoa por causa do “chocolate” aplicado no Ba-Vi.
Mesmo com a boa atuação, no entanto, o elenco do Vitória ouvirá algumas broncas de Caio Júnior. “Ocorreram erros no nosso jogo. Precisamos corrigir essas coisas. Vou passar o vídeo para eles e mostrar os nossos defeitos na partida. Nossos jogadores, felizmente, acreditam no meu trabalho. Quando eles aceitam as correções, existe evolução”, bradou, voltando a ser prudente.
“Ficamos na história do futebol baiano e da Fonte Nova, ganhando de uma forma marcante, mas ponto final. Não foi um jogo decisivo”, disse Caio Júnior – apesar de ele próprio, no fundo, ter dificuldades para controlar o entusiasmo. “O grande objetivo do Vitória é o título baiano. Já participei de outros jogos memoráveis como o que fizemos contra o Bahia. Quem acompanhou o meu trabalho no Botafogo vai lembrar que já fomos uma sensação. O que está acontecendo é a repetição de um trabalho.” (Helder Júnior / GazetaEsportiva)