Com o posto de técnico, Carpé adotou a postura de ver o jogo das cabines, enquanto Rodrigo e Ricardo se revezam no comando à beira do campo. Para o auxiliar Ricardo, o esquema rendeu frutos e o novo modo de o técnico ver o jogo merece uma atenção maior.
No banco, não existe uma ordem de quem fica à beira do gramado. O problema é apenas explicar ao árbitro quem é o treinador. "Às vezes os dois levantam no calor do jogo e levamos bronca do árbitro. Pedimos desculpa e um senta no banco. Se um está lá e o time está ganhando, não mexemos. Quando fica difícil, trocamos o posto", explicou Ricardo.
Até o fim - Nem que Carpegiani queira desfazer o esquema seus dois auxiliares vão deixar. "Já decidimos que ele não desce mais para o banco (risos). As duas vezes em que ele ficou à beira do gramado levamos de quatro em ambas. Perdemos por 4 a 1 para o Coritiba e 4 a 3 para o Goiás. Falei para ele ficar lá em cima fazendo o trabalho dele e nós ajudando aqui no banco. Não desce mais... cada um na sua", brincou o filho Rodrigo.
Lá embaixo ou depois do jogo, Carpé é afinado na conversa com os auxiliares. "Meu pai é muito exigente e comigo ele pega ainda mais no pé. Termina o treino, falamos de bola. Acaba o jogo, já falamos do time para a próxima rodada... É futebol 24 horas. Não sou doido de puxar outro assunto e ser demitido", completou Rodrigo. (Moysés Suzart / A TARDE)