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TRÊS PALAVRAS MÁGICAS. Por Franciel Cruz.

Uma das ladainhas mais repetidas por todo torcedor que se preza, e pelos que não se prezam também, esta raça parece papagaio, é aquela de que “têm coisas que só acontecem com meu time”.

Basta um resultado estapafúrdio, desses que estão sempre à espreita, e já começa a chibança reclamatória. “Ai, ai, ai, meu pé tá doendo, é que eu pensei Sêo doutor, é porque meu pai mora no interior, a caixa de mudança tá pesada, e etc e coisa e tals e que time de sacana é este?

Pois bem. Se todos assim procedem, não seriam os Rubro-negros que desta lei da natureza do Ludopédio iriam ter isenção. Aliás, com os adeptos do Leão é ainda pior. Tudo aqui é levado ao paroxismo. Por isso, inicio esta abalizada resenha emulando a surrada propaganda. Recebam: “Existem coisas admiravelmente insólitas que só o futebol pode fazer por você. Para todas as outras, há o Esporte Clube Vitória”.

PUTAQUEPARIU A IMPREVISIBILIDADE!!!

Na receita do Rubro-negro, a sopa de tamanco num é apenas de pau puro, mas contém o acréscimo luxuoso de outros ingredientes, a exemplo de caco de vidro, ácido muriático e soda cáustica. Como diria a vedete de Santo Amaro, é o avesso, do avesso, do avesso. Até a infalível Lei de Murphy é contrariada.

Aos que duvidam, eis os fatos.

Depois de séculos de amadorismo, a diretoria do Vitória finalmente contrata um profissional vencedor para cuidar do futebol. No entanto, menos de seis meses depois, demite-o e chama de volta um sujeito que num ganhou nada de relevante, nem mesmo a simpatia de meras conjugações verbais.

Tudo para dar errado, certo? Errado. Nenhuma das louvadas contratações do experiente Newton Drummond, o tal profissa, conseguiu grande destaque. Já o único que cara ele não queria no elenco, Pedro Ken, é hoje o melhor jogador da equipe.

É, pau que nasce torto, vira berimbau.

E já que entramos na seara dos clichês, vale lembrar outro, que também foi desmoralizado no Vitória: “mingau que muita gente mexe e manda, desanda”. Não no Vitória versão 2012. Neste ano da graça, a equipe é comandada por nada menos do que cinco técnicos. São eles. Carpegianni, que fica orientando o time das cabines; seu filho Rodrigo, que o representa na casamata; Ricardo Silva, que comanda os jogadores na beira do gramado; Flávio Tanajura, técnico de zagueiros, e Eduardo Andrade, treinador de goleiros. Aliás, este último é responsável por uma das inovações da atual equipe: o rodízio de goleiros.

E por falar em goleiros, há um verdadeiro cabide de empregos nesta função. São exatos cinco para o fundamental setor. No entanto, nenhum que passe a mínima confiança – talvez por isso esteja dando certo.

Não bastasse estas chibanças, o time começou o campeonato com um zagueiro improvisado de lateral-esquerdo (ala é a puta que o pariu!) e um outro jogando improvisado de namorado de uma moça, digamos assim?, um tanto quanto liberal. E o cara que deveria ser o xerife da equipe, o comandante da zaga, passou a frequentar as capas de revistas de fofoca em atos não muito recomendáveis para um cidadão que deveria primar pela sobriedade. No entanto, tais acontecimentos, que poderriam mexer com sua cabeça, surtiram o efeito contrário. E ele já guardou quatro gols com o maltratado cocuruto.

Some-se a isso que o craque da equipe, o gênio franzino, passa a maior parte do tempo fazendo beicinho e dando (lá ele) calundu. E, pra acabar de fuder a porra toda, o artilheiro do time é um centroavante caneludo, que fica fazendo chantagem o tempo todo, ameaçando ir embora, dia sim e outro não.

Pra fechar com chave de ouro, este exército de bracaleone tem como capitão exatamente um sujeito que foi chamado pelo comandante de “mau caráter” por simular contusão e fugir de uma batalha em Barueri em priscas eras.

É óbvio que, um time assim daria errado, certo? Nécaras. Como já disse, no Vitória nem a Lei de Murphy tem razão. E esta equipe toda desconjuntada faz a melhor campanha de todos os times do Norte e Nordeste na história do campeonato brasileiro de pontos corridos.

É graça uma porra desta? É. Eu mesmo ando rindo à toa.

Ah, sim, não que eu queira me gabar, até porque num é de meu feito, mas tudo começou quando, há algum tempo, gritei as três palavras mágicas que devem orientar o Esporte Clube Vitória: Psicopatia, Loucura e Caos.

Confiram e gritem comigo no replay.



Por: Franciel Cruz (@ingresia)
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Comentários
5 Comentários

5 comentário(s):

Anônimo disse...

Franciel vc eh um comentarista metido a intelectual fajuto mesmo acha que palavroes e palavrinhas juntadas te fazem uma pessoa de opiniao e que acha que pode ajudar o Vitoria.Vc me lembra um colega de sala que fazia teatro andava meu esculachado e se achava o inventor do penis.Ele era apenas um bobao em que ninguem na sala dava atencao,mesmo com ideias anarquista e tirado a conhecedor de tudo e que sua filosofia era a certa,mas nao passava de mais um maconheiro revoltado.Mas isso ele tinha apenas quinze anos hoje mudou encontrei ele trabalhando e bem compenetrado espero que vc tambem amadureca pois leva jeito para escrever quem sabe vc possa realmente se tornar um blogueiro de respeito em vez de somente ser um criador de polemica sem noficia e sem motivo.Marcus Tanajura

Anônimo disse...

Che Guevara do Nordeste unica qualidade que tem eh ser Vitoria.Franciel Cruz o Che Guevara do Nordeste,rebelde sem causa,adolescente mimado,revolucionario sem revolucao,intelectual dos palavriados.Rapaz aproveite esse espaco para ser melhor ser motivador ser serio partir para analize concreta,objetiva faca as criticas positiva e negativa mas na fale besteira.Eh so um toque Franciel para vc melhorar.MARCUS TANAJURA

Cleber Leite disse...

Permita-me discordar, mas tudo o que Franciel disse está muito bem embasado. Ele escreve bem, mescla uma linguagem poética com a linguagem popular, o lúdico com a crítica séria e, mais importante de tudo, fundamenta com fatos e dados comprovados a sua opinião. Não é a crítica pela crítica. O Vitória realmente tinha tudo pra dar errado, mas está dando certo. Ano passado tinha tudo pra dar certo, mas deu errado. Coisas do Leão!!! Junta ele e Marcelo Monteiro e o torcedor dispõe de uma bagagem de informação que coloca aqueles jornalistas da globo no bolso.

Unknown disse...

Franciel parece aqueles advogados que utilizam um linguajar que ninguém entende e em alguns momentos por ser palavras do tempo da minha avó... Conselho: escreva simples e claro... Não é essa a ideia, fazer-se entender?

Carlos Araújo disse...

Caro Franciel. não estou aqui para puxar seu saco, entretanto, pediria que, mantenha sua forma de comentar quando o objeto for o Leão da Barra. Se você consegue desagradar, asseguro-lhe que a uma menoria. Nem Cristo conseguiu a unanmidade. Agora, senhor... como é mesmo seu nome? Ah! Senhor Tanajura, é que nunca ouvi falar no senhor. Desculpe-me. Aliás, quase ninguém deve conhecê-lo. Em compensação,Franciel C...

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