Ele chegou ao Vitória em janeiro deste ano, com contrato firmado até dezembro. No início da temporada, Leo Fortunato era dono absoluto de uma das vagas na zaga do Vitória e chegou a usar a braçadeira de capitão da equipe rubro-negra.
Após o início do Campeonato Brasileiro, no entanto, a maré do zagueiro mudou. Ele ganhou lugar no banco de reservas e chegou a ficar fora da lista de relacionados em algumas partidas.
Após o início do Campeonato Brasileiro, no entanto, a maré do zagueiro mudou. Ele ganhou lugar no banco de reservas e chegou a ficar fora da lista de relacionados em algumas partidas.
Na última sexta-feira, lá estava Leo Fortunato, titular na zaga do Leão ao lado de Gabriel Paulista. O Vitória entrava em campo para enfrentar o Americana, sob a tensão de protestos da torcida. Para o zagueiro, desafio redobrado pela desconfiança, depois de tanto tempo fora do time titular. Aos 39 minutos, a redenção e o desabafo: o defensor marcou o segundo gol rubro-negro e colocou para fora toda a tensão acumulada pela distância das partidas oficiais.
- Quando você sabe o que pode dar e as coisas não acontecem como você quer, você acaba se autocriticando. No futebol, você tem que estar preparado para tudo. Se não tiver resultado, a torcida vai vaiar, vão xingar. Mas por onde passei, sempre levei na boa, nunca tive problema com torcida. Sei que tenho que dar o meu melhor, nunca deixei de trabalhar. Depois que fiz o gol, as palavras que gritei foram um desabafo para mim mesmo, porque as coisas não vinham acontecendo da maneira como eu queria. Um desabafo pela fase que passou – explicou o defensor.
O momento tão esperado - até por um zagueiro - de ver a bola na rede havia sido anunciado na tarde do jogo. Leo Fortunato revela que, durante o descanso, após o almoço, um sonho antecipou o que estava por vir.
- A gente tinha ido almoçar e, na volta, dormi um pouco. Sonhei que estava jogando, fazia o gol e comemorava. Mas aí eu tomei um susto e levantei. Falei “caraca! O jogo ainda nem começou!”. Era um gol de cabeça, depois de um cruzamento. Mas eu tive a persistência para batalhar e fazer o gol – contou.
Sonho, desabafo, alívio. Leo Fortunato não nega que o tento marcado no Barradão, diante da torcida revoltada, tirou um peso dos ombros.
- Na hora, senti que precisava do gol. Tem situações que o futebol te proporciona. Hoje você pode estar bem, amanhã pode não estar. Mas é preciso continuar sempre trabalhando. A única maneira de voltar a jogar é trabalhar. Tinha que continuar trabalhando e esperar a oportunidade. Encarei bem o tempo que passei no banco. Nunca parei de trabalhar – disse.
Esforço contínuo e compreensão: elementos que o zagueiro garante empenhar no seu dia a dia de trabalho. Durante o confronto contra o Americana, que terminou em goleada, a pressão da torcida não foi fácil. Protestos, vaias, xingamentos. A cobrança chegou a irritar alguns atletas, como o volante Uelliton. Para Leo Fortunato, no entanto, a melhor atitude diante da pressão é manter a cabeça fria.
- A situação do Vitória é complicada. O time caiu no ano passado e os que participaram daquela campanha e ficaram no grupo vão ter que ter peito para segurar essa cobrança agora. E ainda vieram a perda do título do Baiano e as partidas sem vencer no Brasileiro. Tudo virou uma bola de neve. Mas sabemos que existe a cobrança em qualquer time e precisamos ter a cabeça no lugar – avaliou.
Apesar de estar consciente de que pressão é parte do cotidiano de um jogador de futebol, Fortunato aproveita para fazer um alerta aos torcedores.
- Acho que, no estádio, a torcida tem que apoiar. Se, no final, não der resultado, pode vaiar. Porque não estamos ali para errar. Temos responsabilidade, assumimos um contrato com o clube, que nos proporciona as condições para realizar um bom trabalho. Então sabemos que temos responsabilidades.
Um triunfo sempre alivia o clima tenso do grupo. Mas a goleada não é garantia de retorno à elite do futebol brasileiro. A fase ruim pela qual o Leão passou não está distante e restam muitos jogos pela frente. Agora de técnico novo, Leo Fortunato nega que a sequência de partidas sem vitórias tenha sido causada por falta de motivação. Segundo ele, há dias em que as coisas simplesmente não dão certo.
- Nunca estivemos desmotivados. Tem situações pelas quais passamos dentro de campo que ficam parecendo desmotivação e falta de vontade. Mas não é isso. O resultado simplesmente não estava vindo, tinha partidas em que a gente jogava mal, não conseguia acertar a marcação. Mas nunca foi falta de motivação – garantiu.
E, apesar das dificuldades enfrentadas pelo time no campeonato, o zagueiro afirma que manteve o otimismo. Para ele, esse é o segredo para enfrentar as adversidades e cobranças dentro de campo.
- Você tem que botar um tampão no ouvido na hora do jogo. Tem que pensar em coisas boas e tentar consertar os possíveis erros. Se errou um passe, tem que pensar que no próximo vai acertar. Se não der na técnica, vai ser na força e na garra – disse.
Até agora, Leo Fortunato tem dez partidas com a camisa do Vitória na Série B. Foram cinco como reserva utilizado ao longo do jogo e cinco como titular. O zagueiro ainda não sabe se vai resgatar o posto fixo na defesa rubro-negra, mas carrega consigo uma certeza:
- Garra e disposição não vão faltar. Para ter a torcida do nosso lado, a gente tem que conquistar – concluiu. (Tamires Fukutani / GloboEsporte)
- Quando você sabe o que pode dar e as coisas não acontecem como você quer, você acaba se autocriticando. No futebol, você tem que estar preparado para tudo. Se não tiver resultado, a torcida vai vaiar, vão xingar. Mas por onde passei, sempre levei na boa, nunca tive problema com torcida. Sei que tenho que dar o meu melhor, nunca deixei de trabalhar. Depois que fiz o gol, as palavras que gritei foram um desabafo para mim mesmo, porque as coisas não vinham acontecendo da maneira como eu queria. Um desabafo pela fase que passou – explicou o defensor.
O momento tão esperado - até por um zagueiro - de ver a bola na rede havia sido anunciado na tarde do jogo. Leo Fortunato revela que, durante o descanso, após o almoço, um sonho antecipou o que estava por vir.
- A gente tinha ido almoçar e, na volta, dormi um pouco. Sonhei que estava jogando, fazia o gol e comemorava. Mas aí eu tomei um susto e levantei. Falei “caraca! O jogo ainda nem começou!”. Era um gol de cabeça, depois de um cruzamento. Mas eu tive a persistência para batalhar e fazer o gol – contou.
Sonho, desabafo, alívio. Leo Fortunato não nega que o tento marcado no Barradão, diante da torcida revoltada, tirou um peso dos ombros.
- Na hora, senti que precisava do gol. Tem situações que o futebol te proporciona. Hoje você pode estar bem, amanhã pode não estar. Mas é preciso continuar sempre trabalhando. A única maneira de voltar a jogar é trabalhar. Tinha que continuar trabalhando e esperar a oportunidade. Encarei bem o tempo que passei no banco. Nunca parei de trabalhar – disse.
Esforço contínuo e compreensão: elementos que o zagueiro garante empenhar no seu dia a dia de trabalho. Durante o confronto contra o Americana, que terminou em goleada, a pressão da torcida não foi fácil. Protestos, vaias, xingamentos. A cobrança chegou a irritar alguns atletas, como o volante Uelliton. Para Leo Fortunato, no entanto, a melhor atitude diante da pressão é manter a cabeça fria.
- A situação do Vitória é complicada. O time caiu no ano passado e os que participaram daquela campanha e ficaram no grupo vão ter que ter peito para segurar essa cobrança agora. E ainda vieram a perda do título do Baiano e as partidas sem vencer no Brasileiro. Tudo virou uma bola de neve. Mas sabemos que existe a cobrança em qualquer time e precisamos ter a cabeça no lugar – avaliou.
Apesar de estar consciente de que pressão é parte do cotidiano de um jogador de futebol, Fortunato aproveita para fazer um alerta aos torcedores.
- Acho que, no estádio, a torcida tem que apoiar. Se, no final, não der resultado, pode vaiar. Porque não estamos ali para errar. Temos responsabilidade, assumimos um contrato com o clube, que nos proporciona as condições para realizar um bom trabalho. Então sabemos que temos responsabilidades.
Um triunfo sempre alivia o clima tenso do grupo. Mas a goleada não é garantia de retorno à elite do futebol brasileiro. A fase ruim pela qual o Leão passou não está distante e restam muitos jogos pela frente. Agora de técnico novo, Leo Fortunato nega que a sequência de partidas sem vitórias tenha sido causada por falta de motivação. Segundo ele, há dias em que as coisas simplesmente não dão certo.
- Nunca estivemos desmotivados. Tem situações pelas quais passamos dentro de campo que ficam parecendo desmotivação e falta de vontade. Mas não é isso. O resultado simplesmente não estava vindo, tinha partidas em que a gente jogava mal, não conseguia acertar a marcação. Mas nunca foi falta de motivação – garantiu.
E, apesar das dificuldades enfrentadas pelo time no campeonato, o zagueiro afirma que manteve o otimismo. Para ele, esse é o segredo para enfrentar as adversidades e cobranças dentro de campo.
- Você tem que botar um tampão no ouvido na hora do jogo. Tem que pensar em coisas boas e tentar consertar os possíveis erros. Se errou um passe, tem que pensar que no próximo vai acertar. Se não der na técnica, vai ser na força e na garra – disse.
Até agora, Leo Fortunato tem dez partidas com a camisa do Vitória na Série B. Foram cinco como reserva utilizado ao longo do jogo e cinco como titular. O zagueiro ainda não sabe se vai resgatar o posto fixo na defesa rubro-negra, mas carrega consigo uma certeza:
- Garra e disposição não vão faltar. Para ter a torcida do nosso lado, a gente tem que conquistar – concluiu. (Tamires Fukutani / GloboEsporte)