Análise do elenco do Vitória em 2009 - parte 3 de 3 (técnicos)

Chegou a terceira e última parte da análise do elenco do Vitória em 2009. A primeira parte foi a breve análise dos goleiros, zagueiros, volantes e laterais; a segunda parte foi a análise dos meias e os atacantes; e agora a análise dos técnicos. Para iniciar o artigo, veja o quadro com a época de cada técnico no comando do leão:

Vágner Carmo Mancini (ficha)
08 partidas pelo Campeonato Baiano
20 partidas pelo Campeonato Brasileiro
03 partidas pela Copa Sul-Americana
12 VITÓRIAS [Casa: 08 / Fora: 04]
06 EMPATES [Casa: 04 / Fora: 02]
13 DERROTAS [Casa: 03 / Fora: 10]
Aproveitamento: 45,16%

O ano começou e terminou com Vagner Mancini. Em janeiro tinha a esperança de manter o bom momento dele no final de 2008, quando terminamos o Brasileirão em 10º. Uma posição confortável para quem tinha vindo da 2ª divisão.

Vagner Mancini deixou o Vitória em fevereiro para ir pro Santos depois de montar o elenco para 2009, provavelmente quando viu que não ia dar muito certo abriu o gás. Sem falar que ele perdeu duas partidas seguidas no Baianão (Fluminense e Bahia). Veja a sequência de jogos de Mancini: V V V V V D D V + D V D D E E V V D V E D E E V D D D D D V D E. O "+" indica a época do técnico no time. O seu pior momento foi também o pior momento do clube, quando perdeu 5 partidas seguidas.

Mauro Fernandes da Silva (ficha)
07 partidas pelo Campeonato Baiano
02 partidas pela Copa do Brasil
04 VITÓRIAS [Casa: 02 / Fora: 02]
04 EMPATES [Casa: 02 / Fora: 02]
01 DERROTA [Casa: 01 / Fora: 00]
Aproveitamento: 59,26%

Mauro Fernandes voltou ao Vitória depois de comandar as últimas partidas que tirou o Vitória da série C em 2006 e acabou ficando para a temporada de 2007, porém perdeu a moral quando foi eliminado de forma precoce na Copa do Brasil para o Baraúnas.

Acreditando que seu destino estava incompleto no Vitória, acabou voltando com a promessa de ser campeão baiano. Mas algo não deu certo. Dizem que foi por falta de comando, de pulso firme. Veja a sequência de jogos de Mauro: V V E V E V E E D. A torcida ficou impaciente com o excesso de empates e por causa da apatia do time em campo. O bom aproveitamento se deve ao fato de ter sido poucas partidas, e a maioria pelo Baianão.

Paulo Cesar Carpegiani (ficha)
04 partidas pelo Campeonato Baiano
05 partidas pela Copa do Brasil
18 partidas pelo Campeonato Brasileiro
11 VITÓRIAS [Casa: 08 / Fora: 03]
07 EMPATES [Casa: 05 / Fora: 02]
09 DERROTAS [Casa: 01 / Fora: 08]
Aproveitamento: 49,38%

Depois de alguns anos longe do futebol, o Vitória decidiu ter um nome forte para comandar o leão: Paulo César Carpegiani. E ele chegou em um momento decisivo, as semifinais do Baianão. Não teve muito trabalho e foi campeão Baiano em cima do Bahia. Na Copa do Brasil estava razoável, até ser goleado pelo Vasco no aniversário do Vitória por 4 a 0, naquela partida ele inventou algumas das suas.

No Brasileirão ele ia bem dentro de casa, entretanto fora de casa não pontuava muito. Aliás, não foi só com ele, com Mancini o desempenho fora de casa foi muito baixo. Veja a sequência de jogos de Carpegiani: E V V V V E D V D V E D V D E V V D V E E D V D D D E. Nas últimas partidas o clima no rubro-negro não era bom, além das invenções Carpegiani falava o que não devia à imprensa, piorando cada vez mais sua situação.

Ricardo Neto da Silva (ficha)
07 partidas pelo Campeonato Baiano
01 partida pela Copa do Brasil
01 partida pela Copa Sul-Americana
08 VITÓRIAS [Casa: 05 / Fora: 03]
00 EMPATE [Casa: 00 / Fora: 00]
01 DERROTA [Casa: 00 / Fora: 01]
Aproveitamento: 88,89%

Deixei por último o cara que ficou no comando do Vitória na transição dos outros técnicos: Ricardo Silva. O cara que conhecia o elenco melhor que ninguém, que escalava sem invenção e com uma tremenda moral com os jogadores e com a torcida. Os jogos do Vitória em seu comando foram quase impecáveis, a única derrota foi na última partida da 1ª fase do Baianão quando jogou com o time misto. Lembrando que a derrota favoreceu na desclassificação do Vitória da Conquista, um time que era mais estruturado que o Atlético de Alagoinhas.

Ricardo ajudou o Vitória na partida contra o Juventude pela Copa do Brasil quando o time jogou bem e venceu fora de casa e na primeira partida do Copa Sul-Americana contra o Coritiba no Barradão. Sua sequência de jogos foi: V V + V V V V V D + V.

Em 2010 Ricardo Silva enfim terá uma chance como técnico oficial do Vitória, sua efetivação ocorreu em dezembro, junto com o anúncio da contratação de Mauro Galvão. Torcedores rubro-negros torcem mais do que nunca que Ricardo Silva possa trazer títulos para o clube, sua determinação e seu trabalho nós já conhecemos, que 2010 seja vitorioso.

Amanhã se der publicarei a Retrospectiva do Vitória 2009.

Por: Lucas Serra