A afirmação foi feita nesta segunda-feira (7) pelo conselheiro Fábio Mota, ao assumir de vez sua candidatura a presidente do clube.
Para Fábio Mota, que é secretário Nacional de Turismo, o Vitória precisa adotar um novo tipo de gestão para sair da mesmice.
"Não podemos ficar planejando um clube eternamente com um orçamento de R$ 80 milhões. Como poderemos concorrer com Grêmio, Corinthians, Internacional, Cruzeiro, entre outros? Impossível. Temos que levar o Vitória para o interior, divulgá-lo, ampliar o número de sócios", sustentou.
Captar Investimentos - A primeira iniciativa de gestão para o Vitória chegar a um orçamento superior a R$ 200 milhões/ano passa necessariamente, conforme Fábio Mota, pelo fortalecimento do Estádio Manoel Barradas. (O candidato de Alexi Portela, Carlos Falcão acha que o Vitória ganha mais dinheiro na Fonte Nova).
"A Copa do Mundo está chegando. Existem investidores no mercado dispostos a aplicar no Barradão. Não podemos deixar a oportunidade passar. O Vitória precisa adotar uma política de gestão mais agressiva e convicente. É loucura se querer esvaziar o Barradão, com jogos na Fonte Nova. Nós não aceitamos isso e vamos trabalhar sempre no sentido contrário, que é o de ampliar a estrutura do nosso estádio e transformá-lo numa verdadeira arena. Uma arena capaz de trazer dezenas de novas receitas para a instituição". O Barradão hoje está numa área privilegiada da cidade, observou.
Fabio Mota lembrou que o primeiro “grande passo” para o fortalecimento da infraestrutura do Manoel Barradas só não foi concretizado ainda porque o Governo da Bahia não quis.
"Já liberamos, faz tempo, os recursos para a implantação da via expressa ligando a Avenida Paralela ao Barradão. O Ministério de Turismo colocou o dinheiro na conta do governo, mas a Conder ainda não executou o projeto. Não fez ainda porque não quis".
Governo no Vitória, Não! - Sobre as críticas feitas por Marcelo Nilo ao seu nome para presidir o Vitória, Fábio Mota foi taxativo.
"Marcelo Nilo faz o jogo do governo, que quer tomar o Vitória como fez com o Bahia. Mas ele (Nilo) não tem serviços prestados ao Vitória. Ele apóia Carlos Falcão porque o governo quer que ele apoie e nada mais. Eu quero debater com Falcão. Seria a oportunidade para o torcedor saber de vez quem tem as melhores propostas, quem pode trabalhar para alavancar o Vitória e quem é que pode deixar o clube sem perspectiva de crescimento, na mesmice, deixando de valorizar o seu patrimônio para jogar numa casa de aluguel", disse.
Democracia rubro-negra – Fábio Mota também criticou o fato de Alexi Portela não ter divulgado imediatamente a lista de sócios com direito a voto para que todos os candidatos possam trabalhar suas campanhas de forma democrática. Na última sexta-feira, a 8ª Vara Civil do Tribunal de Justiça da Bahia acatou liminar do grupo Vitória Século 21 e determinou que a lista fosse liberada em cinco dias.
"Por que só Carlos Falcão pode ter acesso à relação dos sócios? Vamos democratizar o clube. Eu mesmo estou precisando da lista para começar a divulgar minhas propostas para a comunidade rubro-negra. Nossa campanha é para transformar o Vitória em um clube com muito mais recursos e verdadeiramente democrático. Além de rejeitar a Arena Fonte Nova, nós não vamos concordar, se eleito, com o Vitória recebendo esta cota irrisória da TV. Oitenta e nove por cento do dinheiro da TV saem para os grande clubes. Uma coisa vergonhosa". (Redação Jornal da Mídia)