David Luiz Moreira Marinho chamou atenção da Europa quando o futebol baiano estava no fundo do poço. Em 2006, Bahia e Vitória iam jogar pela primeira vez a Série C do Brasileiro. Volante até 2005, David Luiz, paulista de Diadema, havia integrado lista de dispensa ao chegar no júnior. Aí veio a chance como líbero. Na Copa São Paulo 2006, já era destaque pelo Vitória. No ano seguinte, titular do profissional, foi negociado ao Benfica, de Potugal. Hoje, joga no inglês Chelsea e na Seleção.
Qual a melhor lembrança de Salvador que você tem?
David Luiz: Só tenho boas lembranças, muitos amigos. A oportunidade que eu tive de ser profissional foi em Salvador. Tive a oportunidade de jogar num grande clube como o Vitória. A Fonte Nova, na sua época, estava um pouco acabada, velhinha... (Interrompe) Tava acabada nada! Era muito bom jogar lá (risos). Mas agora é um estádio de Copa do Mundo... Ainda não vi. Pra mim, era um sonho. Você falou que ela tava velhinha, mas eu não conseguia ver isso. Eu só conseguia ver a ideia de jogar em um estádio cheio que eu sempre sonhei em jogar desde menino. Lembro muito bem do meu primeiro Ba x Vi na Fonte Nova. Quando entrei, até o campo tremia. A alegria do povo baiano é sensacional... Tenho saudades de Salvador e estou feliz com o novo projeto da Fonte Nova.
Ainda tem contato com alguém da época? Numa visita, você comprou 17 DVDs e deu de presente aos garotos da base.
David Luiz: Converso com alguns. Tem Marcelo Moreno, Anderson Martins, Wallace, que tá no Flamengo: são todos da mesma geração. Tento simplesmente agradecer às pessoas que me ajudaram. Eu lembro muitas vezes que estava na concentração do Vitória e queria assistir DVD e não podia (risos). Então tentei ajudar de alguma forma os meninos mais novos para terem uma nova diversão.
Vocês acompanham os protestos pelo Brasil?
David Luiz: A gente tem televisão, celular, familiares e a gente conhece o nosso país. As manifestações são naturais, desde que sejam pacíficas. A gente pede mais segurança para o nosso país, mais educação, mais apoio na área de saúde.
E como você enxerga os protestos? Qual a importância da Seleção neste contexto?
David Luiz: Eu tô há sete anos na Europa e sei o tanto que sinto falta. Mas sei que a cada dia a gente pode ser melhor. Melhor amigo, melhor jogador, irmão, vizinho, no sentido de ajudar as pessoas. Tem gente que deixa de comprar um prato de comida para comprar um bilhete e vir nos assistir. De certo modo, quando a gente puder ajudar quem está sofrendo, temos que ajudar. Eu vivo intensamente o futebol, mas os maiores títulos que ganhei na minha carreira foram fora do campo, com sorrisos de pessoas diferentes que agradeceram por eu ser assim fora do campo.
Como o grupo vê o assédio a Neymar?
David Luiz: As pessoas falam do Neymar porque é o cara da vez, é o craque. É um garoto exemplar, não se abate com qualquer coisa, tem o coração lindo. O que nós tivermos que fazer para que ele esteja bem, vamos fazer. Neymar é o diferencial de qualquer equipe.
O Brasil tem evoluído como time. Mas, contra o México, sofreu riscos de empate. Isso preocupa?
David Luiz: A gente tem que ser inteligente e saber jogar como resultado também. Fizemos um gol mais cedo e você, de repente, pode jogar com isso. Você não precisa estar arriscando de marcar pressão, tomar um contra-ataque e o gol. Então, o time temque saber sofrer também.
E como está o nariz?
David Luiz: O nariz tá ainda coladinho no rosto (risos). É o mais importante. Vamos ver no raio x que vou fazer amanhã (ontem) em Salvador para ver o grau da fratura, mas são coisas que acontecem. Antes o nariz que as minhas pernas.
Foi a partida que você foi mais guerreiro pelo Brasil?
David Luiz: O que tiver que fazer pela Seleção, eu vou fazer. É um privilégio vestir essa camisa e representar o nosso país. Você sempre vai ver um David Luiz lutando até o final. Já tinha quebrado o nariz. Sabia que era só estancar o sangue. (Marcelo Sant'Ana / iBahia - Foto: Rafael Ribeiro)
David Luiz: Só tenho boas lembranças, muitos amigos. A oportunidade que eu tive de ser profissional foi em Salvador. Tive a oportunidade de jogar num grande clube como o Vitória. A Fonte Nova, na sua época, estava um pouco acabada, velhinha... (Interrompe) Tava acabada nada! Era muito bom jogar lá (risos). Mas agora é um estádio de Copa do Mundo... Ainda não vi. Pra mim, era um sonho. Você falou que ela tava velhinha, mas eu não conseguia ver isso. Eu só conseguia ver a ideia de jogar em um estádio cheio que eu sempre sonhei em jogar desde menino. Lembro muito bem do meu primeiro Ba x Vi na Fonte Nova. Quando entrei, até o campo tremia. A alegria do povo baiano é sensacional... Tenho saudades de Salvador e estou feliz com o novo projeto da Fonte Nova.
Ainda tem contato com alguém da época? Numa visita, você comprou 17 DVDs e deu de presente aos garotos da base.
David Luiz: Converso com alguns. Tem Marcelo Moreno, Anderson Martins, Wallace, que tá no Flamengo: são todos da mesma geração. Tento simplesmente agradecer às pessoas que me ajudaram. Eu lembro muitas vezes que estava na concentração do Vitória e queria assistir DVD e não podia (risos). Então tentei ajudar de alguma forma os meninos mais novos para terem uma nova diversão.
Vocês acompanham os protestos pelo Brasil?
David Luiz: A gente tem televisão, celular, familiares e a gente conhece o nosso país. As manifestações são naturais, desde que sejam pacíficas. A gente pede mais segurança para o nosso país, mais educação, mais apoio na área de saúde.
E como você enxerga os protestos? Qual a importância da Seleção neste contexto?
David Luiz: Eu tô há sete anos na Europa e sei o tanto que sinto falta. Mas sei que a cada dia a gente pode ser melhor. Melhor amigo, melhor jogador, irmão, vizinho, no sentido de ajudar as pessoas. Tem gente que deixa de comprar um prato de comida para comprar um bilhete e vir nos assistir. De certo modo, quando a gente puder ajudar quem está sofrendo, temos que ajudar. Eu vivo intensamente o futebol, mas os maiores títulos que ganhei na minha carreira foram fora do campo, com sorrisos de pessoas diferentes que agradeceram por eu ser assim fora do campo.
Como o grupo vê o assédio a Neymar?
David Luiz: As pessoas falam do Neymar porque é o cara da vez, é o craque. É um garoto exemplar, não se abate com qualquer coisa, tem o coração lindo. O que nós tivermos que fazer para que ele esteja bem, vamos fazer. Neymar é o diferencial de qualquer equipe.
O Brasil tem evoluído como time. Mas, contra o México, sofreu riscos de empate. Isso preocupa?
David Luiz: A gente tem que ser inteligente e saber jogar como resultado também. Fizemos um gol mais cedo e você, de repente, pode jogar com isso. Você não precisa estar arriscando de marcar pressão, tomar um contra-ataque e o gol. Então, o time temque saber sofrer também.
E como está o nariz?
David Luiz: O nariz tá ainda coladinho no rosto (risos). É o mais importante. Vamos ver no raio x que vou fazer amanhã (ontem) em Salvador para ver o grau da fratura, mas são coisas que acontecem. Antes o nariz que as minhas pernas.
Foi a partida que você foi mais guerreiro pelo Brasil?
David Luiz: O que tiver que fazer pela Seleção, eu vou fazer. É um privilégio vestir essa camisa e representar o nosso país. Você sempre vai ver um David Luiz lutando até o final. Já tinha quebrado o nariz. Sabia que era só estancar o sangue. (Marcelo Sant'Ana / iBahia - Foto: Rafael Ribeiro)