Ano pífio, reunião de conselho, mais do mesmo, mesmo de sempre. Não! O que se viu na reunião ordinária do conselho deliberativo do Vitória deste fim de 2011 nos dá esperanças.
Esperança por mudança, esperança por novos rumos.
Fui à minha terceira reunião de conselho neste último dia 19 de dezembro. Já no início dos trabalhamos e nas primeiras palavras dos discursos da bancada, vi que a noite seria mais proveitosa do que vinham sendo as reuniões anteriores.
Nada na bancada mudou. São os mesmos nomes nos comandando, são as mesmas ideias arcaicas imperando. É o discurso vazio de quem fez mais pelo clube até aqui, quem merece ou quem já recebeu as comendas do clube, quem doou mais tijolos, tintas, cimento e grama desde a guerra de 14 até os dias atuais.
A mesma forma autoritária de tentar calar quem se pronuncia de forma contrária, elevando a voz e desvirtuando a conversa, intimidando com o som do microfone quem tenta se expor.
Mas isso se mostrou tão indignante que fez com que muitos conselheiros, antes calados ou intimidados, pudessem colocar para fora sentimentos de toda uma nação.
Não falamos tudo que queríamos. Longe disso. Mas a semente plantada nesta última reunião do conselho me dá esperança e, mais que tudo, força para sempre tentar fazer mais e melhor.
Faço porque amo o clube. Não quero dizer lá na frente e no futuro que tenho 50 anos ou mais de dedicação ao clube e achar que isso pode me bastar ou que isso pode ser suficiente como argumento final de uma discussão e de um debate.
Ser conselheiro apenas para pagar a anuidade já não nos cabe mais. Dizer amém, como falam, não pode mais ser aceito. A democracia deve ser buscada sempre em todos os níveis da sociedade. Usar a bancada do conselho como palanque eleitoral não somente é crime eleitoreiro como também não cabe mais no mundo novo que vislumbramos para o Vitória.
O leão é muito mais do que 400 pessoas aconselhando, confraternizando, aprovando conta ou dizendo amém.
Essa diretoria deve satisfações a uma nação de mais de 2 milhões de torcedores espalhados mundo afora. E o que essa diretoria fez com sua torcida desde o meio de 2010 pra cá simplesmente não se faz.
Por isso parabenizo todos os conselheiros que tiveram a “audácia” de se manifestar pela democracia, questionar os erros da diretoria, tirar dúvidas sobre a gestão do clube e lutar pelas cores do ECV antes de pensarem em si mesmos ou nos possíveis cargos que do clube poderiam tirar proveito.
Quero um Vitória grande, vencedor. Quero que os sócios tenham seus direitos respeitados, quero ser ouvida e quero ouvir verdades e não apenas pinceladas de realidade.
Por um futuro diferente e democrático pro Vitória dentro e fora das quatro linhas e dentro e fora do conselho!
Que pensemos grande, gigante, longe, macro. Mas acima de tudo, que pensemos o clube de forma responsável e profissional!
Saudações leoninas, FELIZ NATAL A TODOS e um excelente 2012 a quem ama e merece ser Vitória.
Por: Larissa Dantas (Blog no GloboEsporte)