É óbvio que, diante de tantas e tamanhas lambanças na peleja, o referido sujeito é mais do que merecedor de todas as críticas. Porém, entendo que se faz necessário não exagerar na dose, concentrando-se no específico e esquecendo-se do geral.
“Por falar em embriaguez e carnaval, só decidi ir ao estádio porque sabia que Victor Ramos, titular da minha zaga no ano passado, tá no México e não entraria em campo ressaqueado, como era seu costume. Porém, Rodrigo Defendi, seu substituto, é mais distraído do que Victor Ramos bêbado e pensando nos peitos siliconados de Nicole Bahls ou no shortinho da Moça Gerasamba.
O problema de Rodrigo Defendi (sobrenome num é destino) num é nem ele ser ruim, até porque isso seria uma virtude para um zagueiro. A tragédia é que ele é muito mole, muito educado para uma pessoa que deve cuidar da zona do agrião como um matador de filme B. O desinfeliz é o contrário disso. Ele parece esses carinhas mudernos que usam óculos da moda, brinco colorido e trabalha em ONGs. Não ofende ninguém. Deuzulivre.
Aliás, parênteses. (Apesar de o sujeito não merecer, cabe mais umas duas linhas sobre o referido. Nem tudo nele é ruindade. Seu exemplo serve como prova cabal de que o futebol europeu e estas champions leagues da vida são torneios muito superestimados. Como assim? Assim, ó. Este rapaz esteve no Tottenham, Udinese & Roma, entre outros menos cotados como Vitória de Guimarães e Avelino. É fato que quando voltou da Europa foi direto para um time do mesmo nível de lá: o Palmeiras B)”.
Pois muito bem, digo, pois muito mal. Quando afirmo que alguns estão exagerando na dose contra o indigitado é porque, de certa forma, estão entrando no jogo dos que querem tergiversar, criar cortina de fumaça e fugir de suas responsabilidades. A verdade é que, no Esporte Clube Vitória, existiram e existem vilões muito mais danosos do que Rodrigo Defendi.
Não foi à toa que ontem logo cedo surgiram notícias (na verdade, boatos) de que a direção havia barrado o zagueiro. Era a velha tática de jogar pra torcida, pra mostrar que a diretoria estava numa luta justa contra o cara que enojou o baba. O problema é que tal notícia, que correu as redes sociais, não se sustentava. Até porque se a direção usasse da prerrogativa de barrar um jogador contra a vontade do técnico (Ney Franco deu declaração de que não ia queimar o referido, como se o sujeito já não fosse queimado) seria o caso deste colocar sua viola no saco e se picar.
É preciso, necessário, fundamental que estejamos atentos a todas estas manobras da diretoria e de setores da imprensa que, com estas cortinas de fumaça, tentam obnubilar nossa visão.
É óbvio que devemos e podemos ficar injuriados com as pífias atuações de Rodrigo Defendi, mas temos que saber que ele é apenas mais um mordomo. Os responsáveis pelos sérios problemas porque passam equipe e a Instituição são aqueles que não fizeram um planejamento adequado, que desrespeitaram o torcedor e que se guiaram, uma vez mais, por um atávico amadorismo.
É deles que temos que cobrar mudanças urgentes e necessárias para que a casa não fique ainda mais fedendo a homem do que já está.
Por: Franciel Cruz
P.S Amanhã falarei especificamente sobre as quatro linhas. Aguardem e confiem.