O ano de 2014 começa com uma responsabilidade a mais para o elenco do Vitória. A manutenção da base que realizou uma temporada acima da média no ano passado, com a conquista do Campeonato Baiano e, principalmente, alcançando a 5ª colocação na Série A do Brasileiro, deixaram o torcedor exigente. Ficou na boca um gostinho de ‘quero mais’. E, para um jogador em especial, essa responsabilidade será dobrada. Lateral de origem, Juan Maldonado Jaimez Júnior, ou simplesmente Juan, será o principal meia de articulação do técnico Ney Franco, pelo menos nos primeiros jogos da temporada.
Não que a função de meia seja completa novidade para o paulista de 31 anos. No ano passado, ele atuou diversas vezes por ali, só que sempre como variação tática do treinador rubro-negro no decorrer das partidas. Em 2014, ele já começa a temporada vestindo a camisa 10 rubro-negra. Foi assim em todos os treinos do Vitória durante a pré-temporada. Foi assim também na estreia do time na Copa do Nordeste, no último domingo, quando o Leão foi derrotado em casa pelo América-RN: 3 a 0.
Com a saída de Renato Cajá da Toca do Leão, o técnico Ney Franco confessou a Juan que contava com ele para herdar a camisa 10 rubro-negra. O jogador, que nunca escondeu o desejo de permanecer na lateral esquerda, decidiu corresponder à confiança do treinador mergulhando de cabeça nessa nova fase da carreira.
- Estou me sentindo bem, muito motivado. O fato de já conhecer muitos jogadores ajuda nessa adaptação. É uma fase nova, um grande desafio para mim, na minha carreira. É encarar de cabeça erguida, muito motivado, com muita motivação e determinação, para que eu tente me adaptar o mais rápido possível nessa posição e encarar de frente, me dedicar, poder ajudar o Ney, ajudar o time a conquistar os nossos objetivos – revela Juan. Ele conta que só teve certeza da mudança de posição no primeiro treino do Vitória no ano.
- Sinceramente, eu não sabia o que ia acontecer, qual seria a decisão do Ney, até o primeiro treino. Mas, como eu disse, é um desafio que eu vou encarar de cabeça erguida, peito aberto, para realmente conseguir novamente superar as expectativas que as pessoas têm, aquilo que o Ney quer... Conseguir manter um nível de atuação que seja da vontade do Ney. É com dedicação e trabalho, não é porque não é minha posição de origem que eu não vou me dedicar. Muito pelo contrário. Vou me dedicar ainda mais para aprender, melhorar, errar o mínimo possível. E botar na mão de Deus, torcer para que tudo dê certo, com trabalho, luta e com fé.
O bom desempenho de Juan com a camisa do Vitória na temporada passada também tem peso na aceitação da nova função dentro de campo. Depois de um primeiro semestre complicado em 2013, quando quase não foi aproveitado no elenco do São Paulo, ele reencontrou o seu melhor futebol respirando os bons ares da Boa Terra.
Sob o comando do técnico Ney Franco, o lateral foi um dos grandes destaques do Leão da Barra e também do Campeonato Brasileiro na posição. No da temporada passada, ele ganhou o título de melhor lateral-esquerdo do Brasileirão. Um final de ano de certa forma inesperado para quem classifica 2013 como ‘o pior ano’ de sua carreira profissional.
- Foi um ano bem difícil, o pior da minha carreira profissional. Serviu para que eu pudesse botar muitas ideias no lugar novamente e repensar muitas coisas que eu tinha que fazer, tinha que melhorar, e voltar a querer como eu queria antes. Acho que também a forma como fui recebido aqui no Vitória ajuda muito nessa ascensão, que foi realmente muito rápida. Sinceramente, nem eu esperava que pudesse ser tão rápida. E todo mundo aqui no clube também, jogadores, comissão técnica, os funcionários, têm uma importância muito grande nisso. Graças a Deus, conseguir render o que posso ou o que esperam de mim – afirma Juan, que revela a importância de Ney Franco em todo esse processo de recuperação.
- Ney, a gente já tinha trabalhado junto outras duas vezes antes de nos encontrarmos aqui no Vitória. Então ele sabe a forma como gosto de jogar, sabe as minhas características. É um treinador que passa confiança para todo mundo e, por já me conhecer também... Ele também tem importância em tudo que aconteceu, na melhora que o time teve. Tudo isso ajuda para que eu também tivesse uma ascensão, que pudesse ter resultado rápido – diz o atleta.
PROVA DE FOGO: NORDESTÃO
A Copa do Nordeste é a primeira oportunidade para Juan mostrar serviço com a camisa 10 do Vitória. Porém, o primeiro contato entre time e torcida não foi dos melhores. Pelo contrário. Apesar do entrosamento, os jogadores rubro-negros sentiram a falta de ritmo de jogo e foram ‘engolidos’ pelos rivais do América-RN no último domingo.
Os 3 a 0 sofridos dentro do Barradão, na despedida do estádio antes da reforma para a Copa do Mundo, deixaram o torcedor com a pulga atrás da orelha. Do outro lado, jogadores e comissão técnica fazem questão de reforçar a dificuldade na preparação durante a pré-temporada, imposta pelo apertado calendário do futebol brasileiro. Talvez por isso, o técnico Ney Franco tenha tomado uma decisão um tanto quanto radical: os dez jogadores de linha que atuaram na estreia do Nordestão não entrarão em campo na segunda rodada.
Além do pouco tempo de preparação da equipe, outros fatores como viagens, maratonas de jogos e, principalmente, o clima da região Nordeste deixam o lateral Juan preocupado neste início de temporada. Ainda assim, ele se mostra empolgado em disputar pela primeira vez um torneio regional.
- A expectativa muito boa. É um campeonato muito importante, que está tendo uma aceitação boa por parte da torcida. Isso faz com que a gente entre motivado. É um campeonato importante, em que a gente vai dar nosso melhor para, se Deus quiser, conquistar o título – diz o jogador, antes de elencar os aspectos que lhe causam preocupação.
- Viagens sempre têm um desgaste, que às vezes atrapalha, às vezes não... Por ser um regional, acho que não vai atrapalhar muito. Com relação aos times, tenho certeza que o Ney vai passar tudo para a gente, na preleção, na véspera do jogo... Ele sempre passa alguma informação para a gente. O clima preocupa. Alguns horários, à tarde, principalmente. Preocupa, porque nessa época do ano é um calor muito intenso e faz com que a gente tenha um desgaste físico muito maior do que normalmente tem. Aí acaba até perdendo um pouco da qualidade do jogo, que não é o que a gente quer. A gente quer realmente dar o nosso melhor em cada vez que formos ao campo. É tentar se adaptar o mais rápido possível para, se tivermos algum jogo à tarde, um pouco mais cedo e estiver muito quente, a gente sentir um pouco menos esse desgaste físico – afirma Juan.
Para 2014, os objetivos de Juan não são muito diferentes daqueles alcançados ao final do ano passado. Individualmente, a meta do jogador é jogar em alto nível, assim como foi na reta final do Campeonato Brasileiro. Coletivamente, ele sonha em presentear a torcida do Vitória com uma vaga na Libertadores de 2015.
- Minha meta individual é poder jogar pelo menos no nível que atuei no ano passado, tentar manter uma regularidade boa para depois melhorar ainda mais. Eu me cobro muito, então estou sempre querendo melhorar. De grupo, objetivos coletivos, são títulos. Não tem como pensar de outra maneira. Uma vaga na Libertadores de 2015 seria um objetivo muito importante para o clube, para nós jogadores. A gente chegou perto no ano passado, então acho que temos condições de lutar por esse objetivo novamente neste ano, pelo Brasileiro, pela Copa do Brasil, pela Sul-Americana. A gente tem que ter esse objetivo também, que a gente pode alcançar – e, se Deus quiser, vai alcançar – finaliza Juan. (Rafael Santana / GloboEsporte)
Com a saída de Renato Cajá da Toca do Leão, o técnico Ney Franco confessou a Juan que contava com ele para herdar a camisa 10 rubro-negra. O jogador, que nunca escondeu o desejo de permanecer na lateral esquerda, decidiu corresponder à confiança do treinador mergulhando de cabeça nessa nova fase da carreira.
- Estou me sentindo bem, muito motivado. O fato de já conhecer muitos jogadores ajuda nessa adaptação. É uma fase nova, um grande desafio para mim, na minha carreira. É encarar de cabeça erguida, muito motivado, com muita motivação e determinação, para que eu tente me adaptar o mais rápido possível nessa posição e encarar de frente, me dedicar, poder ajudar o Ney, ajudar o time a conquistar os nossos objetivos – revela Juan. Ele conta que só teve certeza da mudança de posição no primeiro treino do Vitória no ano.
- Sinceramente, eu não sabia o que ia acontecer, qual seria a decisão do Ney, até o primeiro treino. Mas, como eu disse, é um desafio que eu vou encarar de cabeça erguida, peito aberto, para realmente conseguir novamente superar as expectativas que as pessoas têm, aquilo que o Ney quer... Conseguir manter um nível de atuação que seja da vontade do Ney. É com dedicação e trabalho, não é porque não é minha posição de origem que eu não vou me dedicar. Muito pelo contrário. Vou me dedicar ainda mais para aprender, melhorar, errar o mínimo possível. E botar na mão de Deus, torcer para que tudo dê certo, com trabalho, luta e com fé.
O bom desempenho de Juan com a camisa do Vitória na temporada passada também tem peso na aceitação da nova função dentro de campo. Depois de um primeiro semestre complicado em 2013, quando quase não foi aproveitado no elenco do São Paulo, ele reencontrou o seu melhor futebol respirando os bons ares da Boa Terra.
Sob o comando do técnico Ney Franco, o lateral foi um dos grandes destaques do Leão da Barra e também do Campeonato Brasileiro na posição. No da temporada passada, ele ganhou o título de melhor lateral-esquerdo do Brasileirão. Um final de ano de certa forma inesperado para quem classifica 2013 como ‘o pior ano’ de sua carreira profissional.
- Foi um ano bem difícil, o pior da minha carreira profissional. Serviu para que eu pudesse botar muitas ideias no lugar novamente e repensar muitas coisas que eu tinha que fazer, tinha que melhorar, e voltar a querer como eu queria antes. Acho que também a forma como fui recebido aqui no Vitória ajuda muito nessa ascensão, que foi realmente muito rápida. Sinceramente, nem eu esperava que pudesse ser tão rápida. E todo mundo aqui no clube também, jogadores, comissão técnica, os funcionários, têm uma importância muito grande nisso. Graças a Deus, conseguir render o que posso ou o que esperam de mim – afirma Juan, que revela a importância de Ney Franco em todo esse processo de recuperação.
- Ney, a gente já tinha trabalhado junto outras duas vezes antes de nos encontrarmos aqui no Vitória. Então ele sabe a forma como gosto de jogar, sabe as minhas características. É um treinador que passa confiança para todo mundo e, por já me conhecer também... Ele também tem importância em tudo que aconteceu, na melhora que o time teve. Tudo isso ajuda para que eu também tivesse uma ascensão, que pudesse ter resultado rápido – diz o atleta.
PROVA DE FOGO: NORDESTÃO
A Copa do Nordeste é a primeira oportunidade para Juan mostrar serviço com a camisa 10 do Vitória. Porém, o primeiro contato entre time e torcida não foi dos melhores. Pelo contrário. Apesar do entrosamento, os jogadores rubro-negros sentiram a falta de ritmo de jogo e foram ‘engolidos’ pelos rivais do América-RN no último domingo.
Os 3 a 0 sofridos dentro do Barradão, na despedida do estádio antes da reforma para a Copa do Mundo, deixaram o torcedor com a pulga atrás da orelha. Do outro lado, jogadores e comissão técnica fazem questão de reforçar a dificuldade na preparação durante a pré-temporada, imposta pelo apertado calendário do futebol brasileiro. Talvez por isso, o técnico Ney Franco tenha tomado uma decisão um tanto quanto radical: os dez jogadores de linha que atuaram na estreia do Nordestão não entrarão em campo na segunda rodada.
Além do pouco tempo de preparação da equipe, outros fatores como viagens, maratonas de jogos e, principalmente, o clima da região Nordeste deixam o lateral Juan preocupado neste início de temporada. Ainda assim, ele se mostra empolgado em disputar pela primeira vez um torneio regional.
- A expectativa muito boa. É um campeonato muito importante, que está tendo uma aceitação boa por parte da torcida. Isso faz com que a gente entre motivado. É um campeonato importante, em que a gente vai dar nosso melhor para, se Deus quiser, conquistar o título – diz o jogador, antes de elencar os aspectos que lhe causam preocupação.
- Viagens sempre têm um desgaste, que às vezes atrapalha, às vezes não... Por ser um regional, acho que não vai atrapalhar muito. Com relação aos times, tenho certeza que o Ney vai passar tudo para a gente, na preleção, na véspera do jogo... Ele sempre passa alguma informação para a gente. O clima preocupa. Alguns horários, à tarde, principalmente. Preocupa, porque nessa época do ano é um calor muito intenso e faz com que a gente tenha um desgaste físico muito maior do que normalmente tem. Aí acaba até perdendo um pouco da qualidade do jogo, que não é o que a gente quer. A gente quer realmente dar o nosso melhor em cada vez que formos ao campo. É tentar se adaptar o mais rápido possível para, se tivermos algum jogo à tarde, um pouco mais cedo e estiver muito quente, a gente sentir um pouco menos esse desgaste físico – afirma Juan.
Para 2014, os objetivos de Juan não são muito diferentes daqueles alcançados ao final do ano passado. Individualmente, a meta do jogador é jogar em alto nível, assim como foi na reta final do Campeonato Brasileiro. Coletivamente, ele sonha em presentear a torcida do Vitória com uma vaga na Libertadores de 2015.
- Minha meta individual é poder jogar pelo menos no nível que atuei no ano passado, tentar manter uma regularidade boa para depois melhorar ainda mais. Eu me cobro muito, então estou sempre querendo melhorar. De grupo, objetivos coletivos, são títulos. Não tem como pensar de outra maneira. Uma vaga na Libertadores de 2015 seria um objetivo muito importante para o clube, para nós jogadores. A gente chegou perto no ano passado, então acho que temos condições de lutar por esse objetivo novamente neste ano, pelo Brasileiro, pela Copa do Brasil, pela Sul-Americana. A gente tem que ter esse objetivo também, que a gente pode alcançar – e, se Deus quiser, vai alcançar – finaliza Juan. (Rafael Santana / GloboEsporte)
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