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Sob o signo do (des) acerto. O destino mandou a fatura. Por Franciel Cruz.

Desde que assumiu a casamata Rubro-Negra, o técnico Ney Franco decidiu fazer algumas apostas um tanto quanto arriscadas, desafiando a história e o destino, esta entidade intangível e fantasmagórica.

Logo de cara, Chancelou a vinda de Juan, com quem havia trabalhado no São Paulo, bancou a titularidade da dupla de ataque formada por Marquinhos/Dinei e, depois, por circunstâncias do destino (olha ele aí novamente), foi obrigado a usar Luiz Gustavo, um garoto de sua confiança, nas mais variadas posições. Além disso, apostou em Pica-Pau, jogador que estava escanteado no clube. Aliás, esta última cartada foi a mais surpreendente e arriscada.

Porém, de um modo ou de outro, com variações aqui e acolá, o técnico foi bem sucedido nesta luta contra as evidências históricas. Logo na primeira partida contra o Galo (o jogo contra o Flamengo não conta porque ele não tinha feito qualquer trabalho tático-técnico), o time começou a jogar, pelo menos, com mais garra. E suas apostas começaram a dar bons frutos. Nesta partida inicial, Marquinhos mandou a criança para o barbante depois da perseverança de Dinei, que acreditou num lance praticamente perdido.

A partir de então, o time embalou. Conseguiu um importante empate contra o Internacional lá no Rio Grande do Sul e, na volta, conquistou a primeira vitória sob o comando do referido, na virada contra o Náutico, exatamente com dois gols do centroavante desacreditado por (quase) todos.

Na partida seguinte, contra o Vasco, no Rio de Janeiro, novamente um pupilo seu, Marquinhos, decidiu a parada, com um golaço de fora da área. Depois de um empate truncado contra o Grêmio, ele lançou mão de Pica-Pau, o desembestado, para desequilibrar a zorra lá no Paraná, na já antológica goleada de 5 x 3 em cima do Atlético, com participação decisiva do sacana de cabelo e futebol malamanhados. O mesmo Pica-Pau foi novamente decisivo no importante triunfo diante do Goiás, marcando nas últimas voltas do ponteiro.

O primeiro tropeço de Ney Franco foi fruto, digamos, da sede de vingança. Por mais que ele tenha negado, o fato de ter colocado Juan para bater o pênalti contra o São Paulo (tendo Dinei, Ayrton e Cajá em campo) denunciou esta desejo incontido. É fato que, na ocasião, o sacripanta de preto uma mão. Ou melhor, fez vistas grossas para a mão, o soco do jogador tricolor, no rosto de Wilson. Mas, isso são águas passadas que não movem redemoinhos.

(A partida contra as sardinhas foi algo atípico, que nem merece comentário. Consultei o Instituto Nacional de Meteorologia e confirmei que a última chuva de 140 mm num dia de outubro havia ocorrido nove anos antes. E nova tragédia daquele porte – tropeço diante de time fraco com uma chuva dos 600 – só daqui a mais nove anos. Então, bola pra frente).

A reabilitação veio diante do Coritiba, novamente com dois gols de seus escolhidos, Marquinhos e Dinei. No jogo crucial contra o Botafogo, uma vez mais, Pica-Pau guardou o dele.

Pois muito bem. É com este histórico positivo de apostas que Ney Franco vai para o jogo contra a Portuguesa. E talvez tenha sido por acreditar nas suas apostas que o Vitória perdeu (sim, aquele empate foi uma derrota) o jogo mais fácil deste Felicianão.

O erro já começou na formação do banco. Lá existiam apenas 8 jogadores. Maxi e Michel não foram relacionados. (Não vou especular nada para não ajudar a criar clima ruim, mas que foi estranho, foi). Além disso, Escudero, o motor da equipe, seja com Ney Franco ou Caio Júnior (que deus o tenha), acabou indo para o banco.

Então, quando o jogo estava praticamente dominado, Ney Franco dobrou a aposta. Assim que Marcelo se contundiu, invés de recompor a meiúca, já que o time estava ganhando o jogo ali, ele manda Pica-Pau para o campo ainda no primeiro tempo. Até então, o indigitado só tinha entrado no segundo tempo, especialmente nos finais da partida.

Enfim, mesmo não acreditando em determinismo (apesar de ter a certeza de que ele existe), eis que o disgramado do DESTINO resolveu cobrar tudo com juros e correções. E foi assim que todas todas as apostas de Ney Franco acabaram sendo as principais exatamente os responsáveis pelo melancólico empate: Pica-Pau, Marquinhos e Dinei perderam gols absolutamente cretinos. E Luiz Gustavo, outro menino de ouro do baralho de Ney, entregou a rapadura de modo constrangedor.

Em resumo, foi isso. Ontem (domingo) o DESTINO, este moço traquino, apresentou a fatura por tantas, tão bem sucedidas e arriscadas apostas.

Porém, há um alento. Se continuarmos nesta média nas 8 rodadas restantes, mesmo com o destino aprontado aqui e ali, o risco valerá à pena, afinal a Libertadores não é pequena.

Por: Franciel Cruz
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