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O simbólico exemplo italiano. Por Franciel Cruz.

O estádio é diferente, porque não é elevado. Mas é muito bonito, assim como o entorno. Estamos muito contentes e honrados”.

Estes palavras acima, direcionadas ao nosso Santuário Barradão, ajudaram a aplacar um pouco o desânimo dos Rubro-negros que estavam cabisbaixos com as avalanches de notícias ruins que estão sempre desembarcando na Toca do Leão.

Aliás, não só isso. Tais elogios, proferidos por Maria Carmela Corrado, alta representante do futebol italiano, serviram também para incensar a auto-estima de boa parcela da torcida, especialmente porque seremos anfitriões da Azzurra nos preparativos para a Copa das Confederações.

Porém, além dos citados exemplos de gentileza e gratidão, há algo que vem da mesma Itália que é muito mais forte e simbólico para a história e futuro do Esporte Clube Vitória.

Como assim? Assim.

Historicamente, o que conhecemos como Itália sempre foi marcada por profundas divisões. É óbvio que não cabe aprofundar neste assunto aqui. Trago o tema à baila para falar de outra divisão, a bipolaridade política no país, que teve início há coisa de duas décadas. Desde então, de um lado do ringue, postou o magnata autoritário e falador Berlusconi (que se vendeu como gestor arrojado); Do outro, perfilou-se uma coalização de centro-esquerda que tentava iludir com a implantação de uma política dita austera.

O fato é que, tanto a Itália dos tecnocratas pseudos-austeros quanto à de Berlusconi pseudo-empreendedor nunca foi exatamente um exemplo de nação de sucesso, apesar de tanto um lado quanto o outro sempre se vangloriarem e se colocarem como as únicas soluções possíveis.

Berlusconi, inclusive, com sua reconhecida imodéstia, sempre se pretendia o pai da matéria, uma espécie de fundador de tudo que há de bom, além de gestor eficiente e de sucesso. Não foram raras às vezes em que ele largou frases como estas ditas à Euronews. “Fiz um trabalho excelente, melhor do que fizeram todos os meus antecessores. E apesar de todas as dificuldades, fiz coisas admiráveis.”

Pois muito bem, digo, pois muito mal. O resultado desta nefasta dicotomia foi que a população italiana acabou pagando a conta, ficando sempre com o ônus e nunca com o bônus.

Agora, neste ano da graça de 2013, eles tentaram repetir a história como farsa. Estes mesmo personagens, com o apoio da mídia, dos agentes financeiros nacionais e internacionais e de um escroto sistema eleitoral, que engessa as mudanças, chamado adequadamente de “Porcellum” (Emporcalhada, em latim), se apresentaram, cada um com suas armas, como os salvadores da pátria, tentando restabelecer novamente a nefasta dicotomia.

E todo o script já estava desenhado. Porém, no meio do caminho apareceu um pedra chamada Movimento 5 Estrelas, liderado por Beppe Grillo. E mostrando que era possível fazer diferente, ou seja, se colocar no cenário sem o apoio das velharias que sempre comandavam o país, conseguiu o apoio significativo de grande parcela do eleitorado e inviabilizou a vitória de uma destas duas forças então hegemônicas.

Mas, meu Jesus cristinho, o que diabos este furdunço tem a ver com o Vitória?”, pergunta a Moça do Shortinho Gerasamba, que ainda não se curou nem da ressaca carnavalesca nem da ressaca moral de mais uma humilhação dentro de nosso santuário.

Sempre paciente com a referida, respondo.

- Minha comadre, chacoalhe um pouco sua cabeça e perceberá que qualquer semelhança com o nosso Clube é mais do que uma mera e triste coincidência. Esta mesma nefasta dicotomia se estabeleceu (e eles querem perpetuar) no nosso querido Vitória. Há coisa de 20 anos, eles querem nos fazer crer que não há outro caminho a não ser se aliar com o salvador, aquele, ou então com os defensores da tal austeridade, aquela.

Porém, o fato claro nestes últimos tempos é que a torcida do Vitória não vai comer este alface podre, seja de um lado ou de outro. Atualmente, temos Movimentos organizados de torcedores que não querem de modo nenhum a continuidade da fracassada política de pés na lama, como também rejeitam de modo veemente o retorno de figuras ultrapassadas que nos deixaram nos porões do subsolo do futebol brasileiro (A propósito, a última equipe que se interessou pelos excelentes trabalhos do grande conhecedor de futebol, do reconhecido “manager”, foi do Irajá, digo, da távola da Volta Redonda).

Mas, derivo. Derivo e volto para dizer que o exemplo italiano mais simbólico para nós Rubro-negros neste ano não é apenas o da gentileza e gratidão dos diretores da Azzurra e da federação de futebol, mas sim aquele que nos mostrou Beppe Grillo. Qual seja. É preciso e possível fazer diferente.

Se lá, numa das maiores economias da Europa, lutando contra forças que pareciam invencíveis, Beppe Grillo mostrou que é possível lutar e vencer, por que aqui, no nosso Clube, não podemos também sonhar e fazer um projeto diferente?

Portanto, mãos à obra. Converse com seus parentes, seus amigos das redes sociais e vamos juntos construir no (e para o) Vitória uma alternativa verdadeiramente nova, democrática, profissional, transparente e que respeite efetivamente o torcedor, sem amarras com antigos nem atuais diretores.

Mais do que nunca, nossa hora é agora.

Por: Franciel Cruz
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