A equipe rubro-negra, elogiada por todos após o triunfo contra o próprio alvinegro cearense, simplesmente esqueceu-se de fazer o básico e passou vergonha diante da sua torcida.
Para ser bem direto, falo especificamente de Caio Júnior. Quando um time não rende o esperado, a mudança é importante. E quando uma equipe vence bem, como no duelo do Presidente Vargas, qual a necessidade de se fazer alterações? O preceito fundamental no futebol é não mudar quando se está dando certo.
Pois bem. O cara viu seu time atuar com muita segurança em Fortaleza e, de uma forma irresponsável, resolveu dar chances a um zagueiro limitado como Cardoso improvisado na lateral-esquerda. Quando não se tem peças no elenco, a improvisação se faz necessária. Contudo, ele tinha Mansur, que já vem atuando regularmente. Não entendi absolutamente nada.
A saída de Cáceres para a entrada de Maxi foi outra derrapada que fez a diferença. Quem assistiu ao primeiro duelo entre o Leão e o Vovô, viu um meio de campo altamente competitivo e promissor. Se era para tirar alguém, que colocasse no banco Rodrigo Mancha. Este último, por sinal, continua mostrando sua limitação a cada semana. Caio tem vários volantes no grupo, mas escolhe o que tem menos condições de vestir a camisa do time. Paciência.
Essas invenções do técnico rubro-negro foram fundamentais para o resultado final. A cobertura da defesa ficou vulnerável. E por falar no sistema defensivo, não sei que amor é esse por David Braz e Gabriel Paulista. Posso atestar algo que tenho acompanhado: Reniê, que não tem a badalação do primeiro, é muito mais jogador que ele, sem nenhuma dúvida.
Quem também me decepciona cada vez que assisto a um jogo do Vitória é Nino Paraíba. Desinteressado, indisciplinado taticamente, limitado e acomodado. Acho que seu momento no clube já passou há algum tempo e venho alertando sobre o assunto. Renovar é sempre preciso.
E não consigo compreender como um time começa um jogo voando e se desanima de uma hora para a outra. Pensei que ser uma goleada nos primeiros vintes minutos. Achei, de fato, que a equipe estava no caminho certo. Me enganei.
Não vou dizer aqui que está tudo errado, porque seria leviano da minha parte. As contratações foram bem feitas e de forma coerente. Nunca gostei de Caio Júnior, mas quero que ele acerte. Torço por seu sucesso, acima de qualquer coisa.
É importante lembrar que desde o ano passado algo vem se repetindo: a soberba. Se não houver humildade, tudo se complica. Isso vale para a vida.
A bola pune os incompetentes e essa afirmação ficou provada no Barradão.
Por: Maurício Naiberg