Ao contrário do antigo treinador, que pecava pela teimosia, Ricardo fez algo tão simples que já havíamos pedido anteriormente: colocar o meia para atuar de meia. Será que era difícil mesmo tomar essa atitude? Acho que não. Mesmo com uma exibição fraca, a equipe conseguiu criar.
O que me irrita muito, contudo, é a insistência deste elenco em procurar sempre jogadas pelas laterais. Toda bola é cruzamento na área ou algum jogador tentando um lance individual. Ninguém chuta em gol. Tem poucos momentos que essas bolas alçadas terminam em gol. Aconteceu diante dos alagoanos, mas não será toda hora que a redonda vai morrer no fundo das redes.
Quero aproveitar para fazer uma menção honrosa a Deola e Michel. Dois monstros durante os noventa minutos. Este último, por sinal, desarma, ataca e mostra liderança para a garotada. Não tenho dúvidas que ele terá papel fundamental nesta reta final de segundona, que pegará fogo.
Logico que ainda não está no ideal, longe disso, porém, a mudança de atitude e demonstração de união é o que vale nesta fase da temporada. Isso ficou evidenciado neste encontro no Rei Pelé. A equipe tem tudo para crescer taticamente, porque Ricardo sabe as características de cada um deste elenco.
Mas o que me deixou satisfeito foi ver um grupo que procurou a vitória, mesmo tomando pressão desnecessária. Esse é o espírito de vencedor. A rodada ajudou bastante, o que não ocorria há tempos. O São Caetano será uma parada duríssima e toda ajuda sua, torcedor, será bem vinda.
Por: Maurício Naiberg