Mas o baixo nível dos rivais, as boas fases de Douglas, Fábio Santos e Neto, além do talento de Marquinhos, fizeram o time só depender de si para subir. Só que o São Caetano obrigou o Leão a ficar na segundona. Castigo que não pode ser creditado àquela única derrota – o Vitória não tinha feito o bastante pra merecer outro destino.
Em 2012, tem sido diferente. Peças cruciais, Victor Ramos, Michel, Pedro Ken e Tartá chegaram cedo. Méritos de Chumbinho - saiu em fevereiro - e de Alexi Portela, que me disse ser o responsável por 99% das contratações, mesmo após a vinda de Raimundo Queiroz para a gestão do futebol.
Cerezo foi uma furada, mas o substituto não. Carpegiani entende o papel do Vitória, que entra em campo para ganhar. O problema no gol persistiu, mas veio Deola, que se ainda não foi brilhante, não compromete. Na lateral esquerda, Gilson vem se firmando. A base voltou a ser protagonista. O Vitória acabou 2011 sem ninguém lançado na temporada como titular. Agora, Willie é o 10 e Leílson era titular até se machucar. Na saída de Neto, a melhor manobra da diretoria - as vindas de William e Elton.
Ano passado, na 18ª rodada, o Vitória era o 11º. Em 2012, na mesma 18ª, é líder, com o melhor aproveitamento da Série B de pontos corridos - 76%. As chances de subir são de 86%. O acesso pode até não vir, afinal, é futebol. Mas ao fim deste ano, quem disser que o Vitória não fez por merecer, estará sendo injusto.
Por: Darino Sena