Essa queda de rendimento, principalmente após o gol dos visitantes, me preocupou bastante. Porém, o fato do campo estar pesado sempre vai complicar uma equipe mais técnica. E quando não dá no individual, tem que sair no coletivo mesmo. Foi exatamente o que ocorreu diante do JEC.
E para piorar, Carpegiani errou feio. Colocou, de forma equivocada, Marco Aurélio em campo no lugar de Elton, que demonstrou raça e habilidade quando acionado. Concordo que este segundo deveria sair, pois o adversário estava dominando o meio de campo, mas nunca para a entrada do primeiro, que estava há algumas semanas sem atuar. Em um estado de gramado como aquele, jamais um jogador sem ritmo poderia ter essa oportunidade, porque sentiria mais do que os outros.
Se o cara tem Marquinhos e Tartá, porque colocar um atleta que estava parado? Marco Aurélio estava visivelmente sentindo aquela correria toda. Não o culpo, pois, ao contrário de muitos, colocou a cara para bater naquele momento delicado do confronto, mas deixo o alerta para que isso não se repita.
Ainda no setor ofensivo, gostei das atuações de Pedro Ken e Willie. Não desistiram dos lances e se doaram o tempo inteiro. Esse é o espírito de um grupo vencedor, que sabe das suas qualidades e limitações, que são poucas, felizmente. Tem que dar carrinho de cabeça, se for preciso, porque a segunda divisão é pauleira.
Quero parabenizar também o setor defensivo do Leão. Victor e Gabriel formam uma dupla praticamente perfeita. Ambos falham, o que é normal, mas nos passam uma confiança impressionante, assim como os dois laterais Nino e Gílson. Acho que Carpegiani achou seu quarteto ideal. Não preciso nem falar muito de Uelliton e Michel. Monstros.
De resto, não tem muito mistério. É chegar no sábado que vem e ganhar do Ceará para terminar o primeiro turno com 44 pontos.
Por: Maurício Naiberg