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VAMOS BATER PALMAS PARA OS NÚMEROS. Por Franciel Cruz.

Na longínqua década 80, depois de concluir o curso de Processamento de Dados na briosa Escola de Engenharia Eletromecânica, curso este que me consumiu quatro longos anos e um pedaço de meu fígado (pois vivia mais no Bar Milonga do que nas aulas), descambei para o Centec, prestigiosa (mentira!!!) instituição de ensino superior da aprazível cidade de Simões Filho. Lá, além de continuar a ingerir canjebrinas e outras substâncias não recomendadas pela Carta Magna, frequentava as aulas de Telecomunicações.

Lembro que havia um coitado de um espanhol, professor de Química aplicada, que sofria para me explicar o funcionamento das pipetas, buretas e outras disgramas do gênero. Apesar de desprovido de talento para as ciências exatas, característica que não me abandonou, após um certo tempo passei a compreender a lógica destes equipamentos. Mas num entendia porra nenhuma da fala do professor. E, mesmo quando entendia, sacaneava o desinfeliz.

Mida de zierro a zierro”, ordenava ele com o tradicional sotaque autoritário. E eu nada. Um dia, depois de 500 aulas, decidi posicionar uma zorra lá no número zero conforme ele queira. E o mestre, emocionado, disse “Si, si, si”. Porém, ao ver que os olhos do sacana brilhavam, por finalmente estar conseguindo ensinar algo a uma anta, peguei e botei o equipamento no 6 ou 7. O mestre, já entregando os pontos, suspirou e disse. “Non, non, non. É de zierro a zierro”. O único zero que apareceu foi no meu boletim.

Como não levava jeito para os números, decidi fazer algo mais próximo de Telecomunicações para não perder o material escolar que já havia comprado. E foi assim que decidi fazer Comunicação, mais especificamente jornalismo. Depois descobri que uma coisa num tinha nada a ver com a outra, mas pouco me importava – até porque nunca tive afeição nem vocação para o estudo. Assim, já no meio do curso, fui cumprir meu destino de sertanejo, largando a faculdade e voltando ao labor na roça de meu finado pai.

Mas aí, minha também já finada mãe, que tinha problemas cardíacos e por isso não torcia para o Vitória, apelou: “Eu vou morrer e não vejo meu filho formado”.

Como possuo o coração mole, decidi concluir a porra do curso de jornalismo, mas o fa…

Aí, meu deus do céu. Valei-me meu Jesus Cristim. Isto aqui agora virou programa de Jota Silvestre para neguinho ficar contando toda a vida, é? Sêo Françuel, homem de deus, se o senhor tá querendo emprego, leve este seu mixuruca currículo para o balcão do Sine, na Região do Iguatemi, que é o lugar adequado”, esbravejou a Moça do Shortinho Gerasamba, que anda sumida e cheia de direito, igual à torcida do Leão.

Paciente como sempre, lhe expliquei com uma linguagem fácil e acessível. “Minha filha, escute. Estes prolegômenos (receba um prolegômenos nos mamilos) são apenas para informar que apesar de jornalista não possuo o defeito desta raça ruim, de falar sobre o que desconhece e sobre o que não enxerga. Então, é isso. Como não estou vendo futebol, não posso falar sobre o mesmo. Por isso, apesar de toda a minha imperícia com a matemática, hoje falarei tratarei apenas dos números, que é mais jogo”.

Seguinte é este.

Apesar do futebol ainda não ter aparecido nas quatro linhas, a verdade é que temos muito a comemorar no campo da numerologia. Afinal, ganhamos 13 pontos dos 18 disputados, o que na matemática moderna representa a dízima periódica de 72, 2222222%.

Se pegarmos como parâmetro para comparação (eta que hoje tô num matamatiquês do DEMÔNHO) o ano de 2007, aquele em que subimos, poderemos comprovar o quão alvissareiros são estes números. Naquela ocasião, na sexta rodada, tínhamos 50% de aproveitamento, com 9 pontos em 18 disputados. Vale destacar que também que havíamos feitos três partidas em casa e três fora.

Outro dado relevante a se considerar é que os paulistas deixaram de ser pica e estão recebendo na tarrasquesta, ao contrário das edições anteriores, o que aumenta nossa chance de subida em maizomenos 87,29%. (A propósito, fiz um detalhado estudo matemático sobre o tema no Saite Impedimento. Confira neste LINQUE Ó).

Então, amigos, sem mais delongas, é isso. Enquanto não podemos aplaudir o belo pebolismo praticado pela equipe, vamos batendo palmas para os números. Ontem mesmo diante do guarani foi apenas 1 x 0, mas valeram os 3 pontos do mesmo jeito.

Ah, sim, uma última coisa. Temos que torcer também para que minhas 29 pontes de safenas não estourem antes da tão esperada e redentora 38ª rodada, senão ficarei impossibilitado de orientar o time.

Pra finalizar, um brinde a todos. Epa, um, não, 13.

Por: Franciel Cruz (@ingresia)

P.S.1 Tem uma equipe aí que também anda de calculadora na mão, mas naquele caso nem os cálculos sofisticados do meu velho professor de espanhol conseguirão apontar alguma saída.

P.S 2 Já que apelei à ciência matemática, cabe um pouco de superstição também. A última vez que fui ver um jogo do Vitória no dia dos namorados foi em 2010. Sabem o que aconteceu? Além de a patroa me dizer uns impropérios e me botar pra dormir no sofá, o time começou a arrancada rumo ao título do Nordestão, nossa última conquista.
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