Sem conseguir êxito diante do Vitória nas quatro linhas, sendo eliminado sucessivamente pelo rubro-negro nos últimos cinco Campeonatos Estaduais, a diretoria tricolor resolveu ir à forra fora de campo.
O contrato firmado entre Leão e Galo previa que o Vitória deveria liberar o jogador a qualquer tempo, assim que o Atlético recebesse uma proposta pelo atleta para jogar e outro continente ou na Série A. Este seria o ônua para o clube que pensou apenas no bônus de contar com o jogador “0800”.
Empréstimos gratuitos podem ser o famoso “barato que sai caro”, pois o Vitória utiliza-se dos serviços do atleta por determinado período, mas pode também servir como pasto de engorda de gado alheio.
Enquanto recuperou e valorizou o futebol de Nikão, jovens promessas rubro-negras como Felipe e Arthur Maia foram preteridas no elenco profissional e tiveram que vencer o ex-quadrão nas categorias de base. Ambos campeões baiano de juniores.
A torcida do Vitória não sentirá tanto a falta de Nikão, uma vez que o futebol do atleta está em franca decadência desde as semifinais do Campeonato Baiano e o mesmo só atuou bem diante de equipes sem expressão do futebol baiano. Na hora do “vamos ver”, de separar os meninos dos homens, Nikão “amarelou”. Tremeu e sumiu no clássico ba-VI e em nada contribuiu diante do bahia de Feira.
A torcida rubro-negra está chateada, injuriada e virada na zorra com o “by pass” tomado pela diretoria rubro-negra, que aceitou uma cláusula contratual absurda, sem pensar nas conseqüências. Das duas, três: ou faltou competência na hora de firmar o contrato; ou não apostou no potencial do jogador, acreditando que o mesmo viria apenas para compor elenco; ou voltamos a épocas em que o destino do futebol baiano era decidido nos bastidores e que resultou em publicação de livro em que narra como o time de Itinga conseguia seus objetivos outrora.
O pai adotivo de Nikão afirmou que soube da negociação entre bahia e Atlético-MG a cerca de um mês. Talvez tenha sido este o motivo da ausência de futebol de Nikão. Resta saber se “Osoriaram” o garoto na reta final do Baianão ou se ele é apenas uma farsa.
Que o episódio sirva de lição para a diretoria rubro-negra. No mundo do futebol não existe bobos, nem dentro nem fora de campo. Antes de valorizar o gado alheio, vamos alimentar o nosso.
Quanto a Nikão, que afirmou não ter tido escolha, desejamos que reedite no time de Itinga o futebol apresentado nos últimos cinco jogos vestindo o manto sagrado.
Por um VITÓRIA FORTE!
Michel Silva