Em apenas 11 jogos, o craque fica atrás apenas de Rafael Oliveira, do Paysandu (PA), que joga nesta quarta-feira contra o Bahia pela Copa do Brasil. Rafael marcou, até agora, 17 gols.
O diretor do Vitória, Beto Silveira, negou na manhã desta quarta-feira o interesse do time pelo atacante, reforçando que nunca foi iniciada uma negociação. Mas o empresário do jogador, Almir Conceição, disse o contrário.
Mas, diante da proposta feita pelo rubro-negro, Leandro preferiu aguardar o fim Campeonato Paraense – restam seis rodadas – para então decidir o seu rumo, pois também é sondado pelo ABC (RN).
- Atualmente, ele ganha R$ 6 mil. O Vitória ofereceu R$ 8 mil de salário, mais R$ 1 mil de moradia. Só que o jogador quer um salário de no mínimo R$ 15 mil – diz Conceição.
Leandro passou pela base do Remo e do Paysandu e aos 20 anos teve que parar para trabalhar. Três anos depois, retomou a carreira no Santa Rosa, time da segunda divisão do Pará. Em 2008, foi para o Vila Rica, que na época estava na primeira divisão do Campeonato Paraense. Já 2010, integrou ao elenco do Camicá.
- É um jogador diferenciado. Quando dá um tapa na bola, dificilmente não marca – define o empresário do atacante. (Bruno Wendel / GloboEsporte)
UM POUCO SOBRE LEANDRO CEARENSE
Leandro Cearense nasceu em Castanhal, um município a 68km de Belém, a capital do Pará. É filho de cearenses, foi vigilante até os 23 anos recebendo R$ 700 por mês na cidade natal, mas graças à bola, sua amiga do peito nas peladas do fim de semana, deu uma guinada na vida profissional. Leandro Cearense ingressou tarde na carreira de jogador de futebol, mas dois anos foram suficientes para o sucesso.
"Minha vida mudou da noite para o dia”. Literalmente. O ex-vigilante treina em um período. Às vezes pela manhã, outras durante a tarde e raramente em dois períodos.
“Hoje, as minhas noites estão livres para ficar com a família e passear, mas o melhor de tudo é ter a madrugada para dormir”, comemora Leandro Cearense. Melhor do que ter tempo é colocar a mão no bolso e encontrar dinheiro.
“O meu salário aumentou oito vezes. Eu ganhava R$ 700 como vigilante e tinha de fazer bico em festas para complementar. Hoje, ganho R$ 6 mil para fazer o que mais gosto”, revela a estrela do Mapará Atômico — apelido carinhoso do Cametá. (Marcos Paulo Lima / Correio Braziliense)