Por: Michel Silva
Nasci Vitória. Ainda na maternidade, meu Pai, um fervoroso torcedor Vitoriano, cobriu minha pele com o manto sagrado rubro-negro. Mesmo gesto que retribuí a minha filha, que leva o nome do meu querido e amado time.
Mesmo morando a quase 300km de distância da capital, sempre acompanhei o Vitória (Não utilizem comigo a desculpa que o Barradão é longe para justificar uma possível ausência do estádio). A paixão que meu pai sentia (e sente) pelo clube, o fazia trazer vários garotos da minha idade a Salvador para torcer pelo Vitória, seja no Campeonato Baiano ou Brasileiro. Chegávamos a Salvador e nos dirigíamos à velha Fonte, torcíamos pelo Vitória e regressávamos à nossa cidade.
Tanto esforço e cansaço para torcer para o Vitória me fazia refletir sobre quais os motivos que me fariam um dia torcer contra este clube. Não havia motivos imagináveis... Até que um dia o Vitória enfrentou o Conquista na Fonte Nova e um triunfo rubro-negro beneficiaria o time de Itinga. A ojeriza pelo incolor falou alto e me vi comemorando a virada conquistense em duas "falhas clamorosas" do meu xará Michel Schumacher.
Da mesma forma que jamais me imaginei torcendo contra o Vitória, também não me via torcendo pelo sucesso do ex-rival. Nem mesmo na disputa da Série C, quando o Itinga vencia seu jogo e nos classificava por antecipação, me recusei a comemorar seus gols. Um time grande e honrado como o Vitória não precisa disso. Bastava vencer se último jogo e não dependeríamos de ninguém, como de fato ocorreu.
Idem para o jogo do Itinga contra o Vitória da Conquista na disputa do Campeonato da "menta". Tenho a certeza que aqueles que comemoraram os primeiros gols do Itinga se arrependeram amargamente quando ouviu o apito final da partida entre Vitória e Itabuna no Barradão e o ensurdecedor silêncio do apito no outro estádio.
Agora, mais uma vez me deparo com uma situação inusitada. Um triunfo rubro-negro diante do Treze classificará o rival às semifinais do Nordeste, possibilitando-o conquistar um título após quase uma década. Já classificado, o Vitória pode até perder o jogo, ou melhor, empatar, pois permitiria a classificação da equipe paraibana, ao tempo que a mantém uma posição abaixo do rubro-negro.
Sei que alguns rubro-negros pensarão: "é melhor classificar o bahia, pois é mais fácil e já o goleamos nesta competição"; outros dirão: "o Vitória não precisa escolher adversários, vamos pra cima do Treze".
Eu penso diferente. Não podemos dar vez ao inimigo. E, cito o vitorioso vôlei brasileiro como exemplo. Nenhuma seleção é páreo para os discípulos de Bernardinho, no entanto, o Brasil perdeu para Bulgária para escolher o caminho a trilhar até o título, evitando um encontro precoce com Cuba. Sim, o fim justifica os meios.
Torço pelo título do Vitória no Campeonato do Nordeste e, levando em consideração que a final do nordestão se dará após a última rodada do Brasileirão, defendo inclusive que o Vitória deva jogar com sua equipe principal na decisão. Mas, contrariando os ensinamentos do meu Pai, e sei que ele vai entender minha decisão, hoje á noite estarei no Barradão, mas não torcerei pelo Vitória. Temporariamente serei torcedor do Esporte Clube Empate.
Por um Vitória Forte!
Mesmo morando a quase 300km de distância da capital, sempre acompanhei o Vitória (Não utilizem comigo a desculpa que o Barradão é longe para justificar uma possível ausência do estádio). A paixão que meu pai sentia (e sente) pelo clube, o fazia trazer vários garotos da minha idade a Salvador para torcer pelo Vitória, seja no Campeonato Baiano ou Brasileiro. Chegávamos a Salvador e nos dirigíamos à velha Fonte, torcíamos pelo Vitória e regressávamos à nossa cidade.
Tanto esforço e cansaço para torcer para o Vitória me fazia refletir sobre quais os motivos que me fariam um dia torcer contra este clube. Não havia motivos imagináveis... Até que um dia o Vitória enfrentou o Conquista na Fonte Nova e um triunfo rubro-negro beneficiaria o time de Itinga. A ojeriza pelo incolor falou alto e me vi comemorando a virada conquistense em duas "falhas clamorosas" do meu xará Michel Schumacher.
Da mesma forma que jamais me imaginei torcendo contra o Vitória, também não me via torcendo pelo sucesso do ex-rival. Nem mesmo na disputa da Série C, quando o Itinga vencia seu jogo e nos classificava por antecipação, me recusei a comemorar seus gols. Um time grande e honrado como o Vitória não precisa disso. Bastava vencer se último jogo e não dependeríamos de ninguém, como de fato ocorreu.
Idem para o jogo do Itinga contra o Vitória da Conquista na disputa do Campeonato da "menta". Tenho a certeza que aqueles que comemoraram os primeiros gols do Itinga se arrependeram amargamente quando ouviu o apito final da partida entre Vitória e Itabuna no Barradão e o ensurdecedor silêncio do apito no outro estádio.
Agora, mais uma vez me deparo com uma situação inusitada. Um triunfo rubro-negro diante do Treze classificará o rival às semifinais do Nordeste, possibilitando-o conquistar um título após quase uma década. Já classificado, o Vitória pode até perder o jogo, ou melhor, empatar, pois permitiria a classificação da equipe paraibana, ao tempo que a mantém uma posição abaixo do rubro-negro.
Sei que alguns rubro-negros pensarão: "é melhor classificar o bahia, pois é mais fácil e já o goleamos nesta competição"; outros dirão: "o Vitória não precisa escolher adversários, vamos pra cima do Treze".
Eu penso diferente. Não podemos dar vez ao inimigo. E, cito o vitorioso vôlei brasileiro como exemplo. Nenhuma seleção é páreo para os discípulos de Bernardinho, no entanto, o Brasil perdeu para Bulgária para escolher o caminho a trilhar até o título, evitando um encontro precoce com Cuba. Sim, o fim justifica os meios.
Torço pelo título do Vitória no Campeonato do Nordeste e, levando em consideração que a final do nordestão se dará após a última rodada do Brasileirão, defendo inclusive que o Vitória deva jogar com sua equipe principal na decisão. Mas, contrariando os ensinamentos do meu Pai, e sei que ele vai entender minha decisão, hoje á noite estarei no Barradão, mas não torcerei pelo Vitória. Temporariamente serei torcedor do Esporte Clube Empate.
Por um Vitória Forte!