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A TRIUNFAL VOLTA DA COPA (Finalmente, o futebol retorna às origens)

A TRIUNFAL VOLTA DA COPA (Finalmente, o futebol retorna às origens)
Por Franciel Cruz

Não vou mentir pra vocês. A verdade que salva e liberta é uma só: Nos últimos dias, por mais que eu me esforce, não consigo tirar a disgramada da copa de minha cabeça. Tento até me concentrar em coisas mais amenas, tipo os problemas sócio-econômico-políticos e culturais de Pindorama, porém meu obsessivo, obtuso, obscuro e aliterado objeto de desejo continua a martelar meus pensamentos imperfeitos. “Pode vibrar, torcida brasileira, vai começar a copa”.

Ô perseguição dos seiscentos demônhos!!!

Para que vocês tenham uma idéia (deixa o acento, revisor sacana) da minha angústia, num último e desesperado ato para fugir do tema, elevei, ou melhor rebaixei meus pensamentos até as ancas da Moça do Shortinho Gerasamba - mas nécaras. Os maltratados neurônios só pensam no jogo de abertura da competição.

E o que mais intriga é que a partida inicial vai ser disputada por duas equipes que não me provocam quaisquer simpatias. Em verdade lhes confesso: Pra mim, tanto faz que hoje ganhe o ABC quanto o América. Igualmente à filósofa Luka, tô nem aí.

Sim, meu compadre, por que o espanto? É óbvio que estou falando da mais importante competição dos 18 continentes, a briosa Copa do Nordeste – até porque, na minha humilde opinião, esta é a única competição que realmente importa nestes dias. Afinal, aquele torneiozinho lá na África do Sul é igual a doce: só quem aprecia é mulher, formiga e viado. Além disso, ainda tem a grave questão dos nomes. Ontem mesmo, aventurei-me a ver uns 15 minutos do jogo entre Brasil x Tanzânia e escutei o narrador largar a seguinte. “Lá vem o time africano para o ataque com o jogador ‘me goze’. Olha o perigo”.

Antes que o perigo chegasse à zona do agrião, desliguei logo a TV. Mgosi? Deuzulivre.

Mas, derivo.

O que realmente importa pra a nação é que, depois de sete longos anos, a angustiante espera acabou. Finalmente, a gloriosa peleja está de volta para mostrar que o nordestino é, antes de tudo, um destemido que não se guia pelas imposições do calendário. Não foi à toa que a combativa Liga do Nordeste decidiu marcar 10 das 15 rodadas da competição exatamente no período da Copa do Mundo. E a valentia estende-se também ao horário. Numa prova inequívoca de que não temem o sol inclemente, os organizadores agendaram a estréia do meu Vitória contra o CRB, pontualmente para 15h de amanhã. Mas as chibanças não param aí. Vale salientar ainda que este triunfal retorno da copa ocorre sob o signo de outra dança de rato – seja lá o que isso signifique.

Porém, como caldo de galinha e história não fazem mal a ninguém, conto-lhes sobre a referida dança. Seguinte. Esta briosa Copa (que começou em 1994, foi interrompida em 95/96, voltou em 1997 e se encerrou em 2002/2003) foi motivo de uma cizânia entre a Liga do Nordeste e a CBF. Esta, de forma democrática, como lhe é peculiar, decidiu dissolver a competição sem mais nem menos. A outra entidade, alegando prejuízos, esperneou.

Aliás, um parênteses. Tal fato mostra que o Nordeste não é mais o mesmo. Lembro-me que, em priscas eras, na aurora da minha vida que os anos não trazem mais, uma divergência desta em nossa região era resolvida facilmente na base da peixeira. Hoje, com o afrescalhamento imperando, recorre-se às barras da saia dos tribunais, solicitando uma indenização de trinta dinheiros. Pois bem. A briga na justiça se encerrou com a Liga aceitando retirar ação de 15 milhões e a CBF referendando a competição (boa porra).

Porém, como diria o sociólogo Peninha, “o que passou, passou, não importa. Ficou do outro lado da porta”. Assim, na verdade, toda esta prosopopéia é porque eu queria denunciar aqui nesta tribuna que os cartolas nordestinos cometeram um equívoco irreparável na divulgação da tabela. Qual seja. Eles informaram (?) que o jogo de hoje entre ABC x América será disputado no Fraqueirão.

PUTAQUEPARIU OS ENGOLIDORES DA LETRA S.

Toda a Bahia e uma banda de Sergipe sabem que o nome do Estádio Potiguar se chama FraSqueirão, exatamente em homenagem à chilena Maria do Rosário Lamas Farache (1906-1949), filha do casal de palestinos Elias e Mercedes Lamas e amiga de J. Pinto Fernandes, que não tinha entrado nesta história.

Então, este é o fulcro do problema: Pau que nasce torto vira berimbau.
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