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Entrevista: Júnior, o "Diabo Loiro"

Confira a entrevista do atacante Júnior que saiu no site Justicadesportiva.com.br:

Seis países, 12 clubes e 12 anos atuando no futebol europeu, e ninguém conhecia ou lembrava do atacante Júnior, que no futebol brasileiro atuou apenas por Fortaleza e Treze/PB. Júnior, aos 33 anos, agora recomeça a carreira no país e vem se destacando com a camisa do Vitória. Em entrevista ao site Justicadesportiva.com.br, o atacante comenta os anos em que jogou na Espanha, na Bélgica, na França, na Inglaterra, na Dinamarca e na Suécia, e como está a readaptação ao futebol brasileiro.

Júnior - EC VitóriaSite JD – Conte um pouco a experiência que teve atuando no futebol europeu por 12 anos, em países como Dinamarca, Suécia e outro.
Júnior – “Eu fiz a minha carreira toda fora do Brasil. Saí do país porque foi uma oportunidade única que eu tive e na época não pensava muito em adaptação, clima, língua. Fui guerreiro mesmo. A oportunidade apareceu e eu não estava contando com nenhum empecilho que pudesse aparecer. Chegando lá, comecei a mudar de clube para clube, mas a minha adaptação foi bastante fácil”.

Site JD – Depois desse longo período fora, esse ano você resolveu voltar e chegou ao Brasil como um desconhecido. Como é chegar a um clube com essa desconfiança?
Júnior – “Eu voltei por questões familiares. Meu pai estava começando um tratamento contra o câncer e tenho duas filhas também, do primeiro casamento, que gostaria de estar mais perto. Na verdade, eu não estava nem contando em fazer carreira no Brasil, minha vinda foi mesmo para ficar próximo aos meus familiares. Mas quando apareceu o convite do Vitória eu aceitei. E esse desafio foi gerando uma expectativa pessoal que me fez pensar que eu ainda tinha condições, já que me cuido e sou muito dedicado no que eu faço. Então, está tudo dando certo, os gols estão saindo, mas ainda não caiu essa ficha de que sou ídolo. Não sou ídolo ainda não. Sou humilde e essa questão de ser ídolo vamos deixar para lá e esquecer um pouco isso, que ainda tenho muito futebol para mostrar”.

Site JD – Qual a principal diferença que você enxerga no futebol europeu e no brasileiro?
Júnior – “Para falar a verdade eu estou mesmo é ansioso para começar logo o Campeonato Brasileiro e jogar contra Flamengo, Palmeiras, São Paulo...estou ansioso! Aqui no Brasil o futebol tem aquele charme, né? Eu joguei várias vezes na Inglaterra, por exemplo, e lá tem o charme do futebol europeu, físico, bola mais rápida, campo molhado e frio. Mas aqui não. Aqui todo jogo do Campeonato Brasileiro é um clássico e o charme é diferente. Então estou muito ansioso para que isso comece logo”.

Site JD – As torcidas são bem diferentes quando se compara a brasileira com a europeia. Como está sendo esse contato?
Júnior – “É muito diferente mesmo. Na Inglaterra, por exemplo, é completamente diferente. Eu lembro de um jogo em que perdemos por 4 a 0 em casa e quando acabou, a torcida nos aplaudiu. No dia seguinte, o treinador ainda veio conversar com a gente e falar que não era para ninguém se abater que ainda tínhamos mais 30 jogos pela frente. Aqui não (risos). A gente perde um jogo e já começam a vir ameaças de tudo que é canto, jornal falando que o time está em crise, é uma pressão constante. Mas para mim isso já faz parte do futebol e todo dia tem pressão de fazer gols, de treinar bem, de se dedicar ao máximo. Não vejo nenhum problema com isso”.

Site JD – Você acha então que o futebol brasileiro dá mais motivação ao jogador?
Júnior – “Acredito que sim. Por isso que me considero um guerreiro. Ficar 12 anos lá fora também não foi fácil, porque lá eu competia com os jogadores dos próprios países em que atuava. Então, quem é estrangeiro é sempre mais cobrado lá fora”.

Site JD – O que você achou desse apelido de Diabo Loiro?
Júnior – “Diabo loiro (risos)? Quando eu cheguei lá (no Vitória) estavam me chamando de Belo. Mas acho que esse apelido aí foi de um comentarista de rádio, que me deu depois que fiz um gol. Mas acho que sou mais de Jesus do que Diabo (risos)”.

Site JD – Esse ano o Vitória luta pelo tetracampeonato baiano. Como está o time em busca deste título?
Júnior – “Acho que o meu sucesso só está acontecendo no Vitória, devido ao grupo, ao clima, ao ambiente. Desde o primeiro dia que cheguei ao clube até hoje, todo mundo trabalha feliz. Desde o pessoal que trabalha na cozinha, até o pessoal que trabalha no campo, ajudando limpando. É um ambiente maravilhoso. Para um clube ser vencedor tem que haver bom-humor, alegria e vontade de trabalhar. Então, todo mundo se dedicando facilita bastante nesse processo, porque as coisas passam a dar certo, mesmo com altos e baixos”.

Site JD – Qual o time você enxerga como principal adversário para a próxima fase?
Júnior – “Não existe jogo fácil na Bahia. Na verdade, acho que os grandes adversários são os gramados e o clima. Na Europa, estava acostumado a jogar em campos perfeitos. Aqui têm alguns que com buracos, gramado seco e ainda jogar as quatro da tarde, com o clima da Bahia, é difícil pra ‘caramba’ (sic)”

Site JD – É difícil também a adaptação ao estilo da arbitragem brasileira?
Júnior – “Lá na Europa é muito diferente mesmo este quesito. Lembro de um jogo da Copa do Brasil, que eu entrei faltando cinco minutos para terminar e o juiz marcou cinco faltas minhas. Lá na Europa o futebol tem muito mais choque e os árbitros deixam rolar. Às vezes em um choque que é normal, em uma bola disputada no ar em que os dois jogadores estão visando a bola, lá não é falta e aqui é. O juiz interpreta muito o jogo de braço também. Na minha opinião, a arbitragem deveria deixar o jogo rolar mais”.

Por: Patricia Esteves e Raphael Petersen
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