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Entrevista: Apodi conta sua história

Apodi
Saiu no último dia 12 uma entrevista no GalatícosOnLine uma entrevista com o nosso lateral direito Apodi, eu não tinha visto na época por isso não tinha postado. Mas como o é algo que não mudou de lá pra cá, estarei republicando aqui.

Galaticos Online: Como foi a sua infância no interior do Rio Grande do Norte?
Apodi: Nasci em uma cidade pequena, sem muitas oportunidades e tive que trabalhar muito cedo para ajudar a minha família, foi uma infância difícil e complicada e desde cedo gostei de futebol, que foi a minha saída para o que eu sou hoje. Minha família era humilde e tínhamos que ajudar em casa. Olha, eu já passei muitas dificuldades mesmo.

GO: Você chegou trabalhar quando criança?
Apodi: Claro! Eu trabalhei de muitas coisas, fui pedreiro na adolescência e também cortei muita pedra, isso ainda quando criança, dos 10 aos 14 anos e sofri muito, tinha que trabalhar duro. Até mesmo quando eu comecei a jogar futebol no São Gonçalo, pequeno Clube do interior do Rio Grande do Norte, eu ainda trabalhava como cortador de pedras. No São Gonçalo eu fiquei por dois anos jogando na divisão de base e alternava como jogador e trabalhador. Eu conheci alguns jogadores de grande potencial que não deram certo no futebol devido a ter que trabalhar na juventude, mas, graças a Deus, tive força de vontade e venho vencendo.

GO: Você tem ajudado a sua família?
Apodi: Graças a Deus, todos estão bem, hoje eles não reclamam de nada, até mesmo pela vida que nós levávamos, pois agora posso ajudar a todos. Minha mãe tem uma casa muito boa e os meus irmãos moram lá com ela. Meu Pai não mora com a minha família e tenho passado dias difíceis com a saúde dele que está doente, mas eu tenho ajudado na medida do possível.

GO: Como foi a sua chegada ao futebol da Bahia?
Apodi: Foi um pouco complicada, porque eu vim para o Real Salvador que era um time montado por Nilton Mota, um cara que me ajudou muito aqui na Bahia. Cheguei a jogar na base do Internacional de Porto Alegre e depois vim para o Bahia. Cheguei a fazer a pré-temporada para jogar no profissional e depois o Bahia não quis pagar uma multa ao Internacional de R$80 mil e acabei deixando o Bahia. Meu empresário “Guga” e Nilton Mota me levaram para o Vitória e me apresentei faltando quatro dias para começar o Campeonato Baiano. Graças a Deus, deu tudo certo e hoje sou um profissional do futebol. Saí depois e peguei um pouco de experiência e tomei algumas pancadas na vida, aprendi muito até agora mesmo com apenas 22 anos.

GO: Porque o Vitória é um clube tão especial para você, aqui você sempre consegue jogar bem e tem a unanimidade do torcedor?
Apodi: Na verdade, eu não consegui jogar bem fora como eu jogo aqui no Vitória, principalmente no Cruzeiro, que é clube que tem os direitos federativos do meu passe, porque não tinha liberdade de jogar do meu jeito. No Santos, joguei 16 partidas como titular e depois da saída do Cuca eu acabei não jogando mais. Já no São Caetano, fui para lá a pedido do Vadão, que estava precisando de um lateral, mas não consegui jogar muito. Participei de apenas cinco jogos. No ano passado, foi um ano muito ruim para mim. Depois da saída do Cuca do Santos eu acabei brigando com Márcio Fernandes, que chegou a me ofender quando eu resolvi deixar o Santos. Eu não quero nem revelar o que me ele falou porque me deixa muito chateado pelas ofensas que ele me disse.

GO: Como você reage com a unanimidade do torcedor do Vitória em relação ao seu futebol?
Apodi: Eu me sinto muito feliz pelo carinho que o torcedor tem comigo, eu respeito muito esta torcida e eles me dão muita motivação para jogar bem. Eu entro em campo para fazer o meu melhor e dou a cara para bater mesmo, aceito qualquer critica do torcedor na boa mesmo. Para mim o Vitória está em primeiro lugar.

GO: Que negócio é esse de dizerem que você só joga bem no Vitória?
Apodi: O Vitória é um time grande e tudo é uma questão de oportunidade e empatia. Eu e o Vitória nos entendemos muito bem. Quando voltei ao Vitória, queria provar para mim mesmo que tinha condição de jogar um Brasileiro da Série A como titular de uma grande equipe e estou sendo recompensado graças a Deus.

GO: Como é o Apodi fora de campo? O que você faz nas suas folgas?
Apodi: Olha, eu adoro ir ao cinema com a minha namorada que já tenho três anos com ela de namoro e também ir ao shopping fazer umas compras, é sempre muito bom. Não vou às festas porque não gosto de pagode, o meu ritmo é o forró que eu adoro e vou sempre que posso lá à minha terra, lá eu conheço bastante gente e me sinto à vontade. Aqui eu não gosto muito de sair para não misturar trabalho com diversão. Quando voltei ao Vitória, queria provar para mim mesmo que tinha condição de jogar um Brasileiro da série A como titular de uma grande equipe e estou sendo recompensado graças a Deus. No ano passado muita gente dizia que eu não tinha condição de ser titular de um time de ponta, hoje todos eles estão vendo que tenho condição, sim.

GO: Já pensou em jogar na Seleção Brasileira e no futebol da Europa em um grande Clube?
Apodi: Sonho sim, como qualquer outro jogador. Tenho certeza que qualquer momento posso ser negociado com um grande de futebol de fora do Brasil. Eu só tenho 22 anos e tem muita coisa boa pra acontecer na minha vida ainda. Veja que este ano já comecei a fazer uns golzinhos importantes aqui no Vitória e isso é gratificante para mim.

GO: Qual a sua grande alegria no futebol? E o momento triste da sua carreira?
Apodi: Momentos felizes tive muitos aqui no Vitória. Os títulos que ganhei vão ficar marcados na minha vida. Já o momento ruim foi perder o campeonato para o Colo-Colo em 2006, foi muito duro aceitar aquela perda do Estadual. Pela campanha que fizemos e o time que tínhamos, foi muito duro mesmo perder aquele titulo. Fiquei uns três meses pensando o que tínhamos feito de errado nas decisivas com Colo-Colo.

GO:Qual o grande treinador que você trabalhou e o que você não gostou de ter como treinador?
Apodi: Sem dúvidas, o melhor foi o Prof. Givanildo, que me ensinou muito. Ele é uma pessoa muito legal. O outro foi Carpegiani, também um grande profissional. O pior? Márcio Fernandes, que foi meu treinador no Santos, pois até Adilson Batista do Cruzeiro foi um grande treinador, mesmo sem me dar muita chance no time titular.

Reportagem: Nilson Luiz (link)

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