Viáfara, hoje morando na Colômbia, seu país natal, segue torcendo pelo rubro-negro e não esconde o desejo de voltar a jogar no clube. Nos últimos meses, já teve conversas com os dirigentes para tratar do assunto. Segundo ele, a possibilidade segue viva.
O Vitória é mesmo algo tão marcante em sua vida?
Viáfara: Fiz a tatuagem no dia 27 de dezembro. Na verdade, eu nunca fui um amante de tatuagens. Gostava, mas não queria fazer muitas. Até que apareceu o desejo de marcar no meu braço as coisas mais importantes da minha vida. Pela ordem, a primeira foi Deus, depois os pezinhos das minhas três filhas (Valerie, 7 anos, Lua, 5, e Mariangel, 2), depois a tatuagem de um paredão, que é o apelido que eu ganhei quando jogava o Vitória. Mais atrás no meu braço eu tatuei o leão em homenagem ao clube.
Foram dezenas de comentários de torcedores felizes com a tatuagem e pedindo para você voltar para o Vitória. Você também tem esse desejo?
Viáfara: É uma meta que criei mais ou menos desde meados de 2013. Na época, eu procurei o presidente Alexi Portela, batemos um bom papo, mas ele me disse que, naquele momento, o Vitória estava muito bem servido de goleiros. Que talvez um negociação pudesse ocorrer no fim do ano. Quando chegou o fim do ano, eu o procurei de novo. Alexi me disse que não era mais o presidente, que eu procurasse outros membros da diretoria. Então, eu falei com o diretor de futebol Raimundo Queiroz. Tivemos um bom papo também, mas a negociação não andou.
Há, então, a chance de Viáfara voltar ao Vitória?
Viáfara: Eu estou livre e quero muito voltar. A minha volta está nas mãos deles, dos dirigentes.
Mesmo na Colômbia, você segue acompanhando o Vitória?
Viáfara: Estou ligado em tudo. Assisto aos jogos e vejo o noticiário na internet. Fiquei muito feliz com o Campeonato Baiano do ano passado e vibrei com as goleadas sobre o Bahia. Este ano, estou confiante no Vitória de novo. Estou ligado que o time está forte, cheio de gringos. Soube também que tem até vira-folha por aí (se refere a Maxi Biancucchi)...
Você crítica a decisão de Maxi em trocar o Vitória pelo Bahia?
Viáfara: Não. Eu penso que cada pessoa é livre para fazer o que quer. É preciso respeitar a decisão dele. O que Maxi Biancucchi fez estava totalmente dentro do seu direito.
E se fosse o Viáfara? Toparia jogar no Bahia se recebesse uma boa proposta?
Viáfara: De jeito nenhum! Se algum dia eu voltar a morar em Salvador, que é o que quero, mas se não tiver proposta do Vitória, eu prefiro ir jogar no Ypiranga.
Bahia jamais, então?
Viáfara: Por tudo que eu vivi no Vitória, pelo imenso carinho que eu recebi da torcida, não há condição de eu jogar no Bahia. Eu fui muito apoiado em todos os bons e maus momentos que tive no clube. Jogar no Bahia seria um desrespeito a minha história, ao Vitória e a sua torcida.
Por esse raciocínio, Maxi estaria errado...
Viáfara: A situação dele é outra. Maxi Biancucchi jogou apenas um ano no Vitória. Ele não construiu uma história longa como eu, Vanderson ou Neto Baiano. O vínculo dele com o Vitória era pequeno. (Ricardo Palmeira e Moysés Suzart / A TARDE)