Seu lugar no coração dos torcedores, contudo, está guardado e sei que o carinho desses em relação a ele é muito grande ainda.
Mas no futebol não há muitas escolhas. Ganhou, fica. Perdeu, sai. Além de tropeçar contra adversários pequenos, o time com Cerezo não engrenou e pouco empolgou – ou nada. Nesses cinco meses de trabalho, 22 jogos (20 pelo Baianão e 2 pela Copa do Brasil), a única exibição lúcida foi no segundo clássico Ba x Vi, que terminou 3 x 2 para o Leão. Fora isso, muitos problemas e escolhas equivocadas.
Também não tenho nenhuma vergonha de dizer que fui a favor do seu retorno desde muito tempo. Gosto da filosofia dele e do seu trabalho diário. Quem acompanha sabe o que estou falando. Ouvi de muitas pessoas o seguinte: “Treinador horroroso. Nunca quis ele”. Mentira. Todos foram a favor de sua chegada em Salvador. Agora que o cara está no chão todo mundo quer chutar e tirar o corpo fora.
O grande problema nisso tudo foi a falta de um dinamismo dentro das quatro linhas e uma desorganização tática irritante. O Vitória parecia um bando. Cada um querendo resolver do seu jeito e muito mal, por sinal. Laterais perdidos, zagueiros batendo cabeça, meio de campo pouco criativo e um ataque que depende de Neto.
Portanto, sem muito alarde e desespero, a mudança foi necessária e aconteceu na hora certa. Seja quem for o treinador – Carpegiani ou Jorginho – esse tem que entrar no espírito do grupo, fechado com o antigo treinador.
Meu favorito? Jorginho.
Por: Maurício Naiberg