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[ENTREVISTA] Zagueiro Rodrigo: "Aqui eu quero deixar minha história marcada também"

Aos 31 anos, o paulista Rodrigo Baldasso da Costa é um dos jogadores que já viveu de quase tudo no futebol. Revelado pela Ponte Preta, atuou por São Paulo, Dínamo Kiev, Flamengo, Grêmio e Internacional.

Em 2012, defende a camisa do Vitória e luta para manter sua rotina de conquistar títulos por onde passa.

De fala tranquila, o zagueiro não é do estilo de frases prontas ou de efeito. Prefere a sinceridade e, foi com ela, que ele comentou a demissão do técnico Toninho Cerezo, a estrutura encontrada nos estádios baianos e opinou sobre o nível do Campeonato Baiano.

- Dá para comparar com o Campeonato Gaúcho – afirmou.

A sinceridade também ficou evidente ao tocar em um assunto delicado. Em junho de 2011, Rodrigo foi internado com embolia pulmonar e ficou um longo período afastado dos gramados. Um assunto que, para ele, já foi superado:

- Hoje eu estou em um momento da minha carreira que estou jogando bem e não queria falar isso, com todo respeito.

Além disso, nesta entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o zagueiro Rodrigo também elegeu Ronaldo Fenômeno como o atacante mais chato de marcar, comentou a amizade com Zé Roberto, que hoje está no Bahia, e a experiência que teve com o técnico do rival, Paulo Roberto Falcão. Conhecimento que espera tirar proveito para ajudar o Vitória na busca do título do Campeonato Baiano.

Confira a entrevista com o zagueiro Rodrigo
Por: Raphael Carneiro

GLOBOESPORTE.COM: Como avalia o nível técnico do Campeonato Baiano?
Rodrigo: Não dá para comparar com São Paulo. Eu já vi uma entrevista do Neto com comparações com o Gaúcho e o Mineiro. Do Gaúcho eu até posso falar um pouco, mas do Mineiro não porque eu não participei de nenhum. Do Gaúcho chega até ser parelho, só que o Gaúcho é um pouco mais divulgado, com alguns jogos televisionados, e aqui falta um pouco isso para se tornar um campeonato de um nível maior. Mas deixa um pouco a desejar do aspecto de campo, falta um pouco de investimento nessa parte. Mas de nível de equipe, dá para comparar com o Campeonato Gaúcho.

Só o campo ou a estrutura tem que melhorar?
Rodrigo: Acho que os estádios em si. Duas ou três equipes que a gente pode falar de estádio. Nesses dois últimos jogos que a gente saiu, eu senti muita dificuldade em aspecto de campo. O estado do gramado é péssimo e aí não fica ruim só pra gente que está jogando, mas também para quem está assistindo, porque é uma coisa horrível que sai. Às vezes a gente é cobrado por isso e o torcedor não entende. Pra gente hoje é o que tem para jogar e acaba fazendo parte do espetáculo que temos para oferecer.


Acha que o tempo que esteve como titular deu para mostrar seu valor?
Rodrigo: Eu venho dando o meu melhor. Participo bastante, tento estar em todos os jogos, a parte física está muito boa e acho que um dos melhores jogos meu foi esse último (empate em 1 a 1 com o ABC), até porque peguei a equipe taticamente. Eu gosto de ficar orientando bastante dentro do campo. Eu até vejo Michel e Uelliton e sempre falo: ‘Pô, me orienta também’. E a gente está fazendo isso bem porque posiciona na frente da zaga e está ajudando o time.

Neto Baiano disse que 90% do time estava do lado de Cerezo. Você também estranhou a demissão dele?
Rodrigo: A gente ficou um pouco surpreso porque a equipe é a segunda colocada do Baianão e estava bem na Copa do Brasil. Eu até fico um pouco longe disso tudo. Todo mundo ficou meio assim até porque a gente tinha empatado aqui e quando não vem resultados é difícil também para a parte do treinador e da diretoria, que é cobrada bastante. Acho que uma coisa levou a outra.

Apesar dessa campanha que você citou, a que você credita a pressão que tinha em Cerezo? E, se houve falha, onde foi?
Rodrigo: Como chegaram vários jogadores, como eu, Tartá e Pedro Ken, Cerezo sempre colocava um ou outro jogador para encaixar no que ele queria. Como ele não tinha um tempo para treinar, ele tinha que fazer as experiências no jogo e, às vezes, a torcida não entendia. O tempo que ele tinha de treino ele não conseguia colocar a equipe. Aí ele colocou o Pedro, que começou a se firmar, me colocou também e aí a equipe tem agora uma base. Agora só sai por causa de cartão e machucado. Essa era uma coisa que os torcedores não entendiam com Cerezo e, na hora que ele encaixou isso aí, ele acabou sendo demitido.


O que muda com a chegada de um novo treinador?
Rodrigo: Eu acho que é a segurança. Mas isso aí também, a pessoa que está, está dando conta do recado, porque ele pegou um trabalho que já fazia parte. Isso facilitou para ele e todo mundo respeita muito, o que é o mais importante. Mesmo que venha um treinador com expressão, que nem o Vitória está procurando, ele é um cara que tem o respeito do grupo como treinador. Não estou nem falando como auxiliar, que ele é. Hoje ele é o nosso treinador e todo mundo respeita. Isso que é o bacana, como foi no jogo do Baiano e da Copa do Brasil, que todo mundo fez o que ele pediu.

Ficou com medo de não poder ser contratado por causa da exigência dos exames?
Rodrigo: Não. Eu não vou chegar em um clube sabendo que pode dar alguma coisa errada. Eu já sabia que estava tudo bem e o Vitória simplesmente fez os exames que todo jogador que chegar no clube faz.

O que mudou em sua vida, tanto pessoal como atleta, depois da embolia pulmonar?
Rodrigo: Ah, cara. Eu não vou ficar falando do problema que eu tive porque eu cheguei e falei. Hoje eu estou em um momento da minha carreira que estou jogando bem e não queria falar isso, com todo respeito.

Em 2010 e 2011 você foi campeão gaúcho. Acha que pode manter a sequência de títulos estaduais este ano?
Rodrigo: Ah, eu gosto cara. Gosto de estar disputando e hoje a gente tem uma condição que se passar pela semifinal, com todo respeito ao adversário que podemos pegar, mas eu quero ganhar título. O que fica na história da passagem do jogador no clube é quando você ganha título. No Inter eu fiz minha história, no Grêmio eu fiz minha história, no São Paulo eu fiz e aqui eu quero deixar minha história marcada também.

Por ter trabalhado com Falcão e Zé Roberto, no Inter, pode ajudar o Vitória no caso de um Ba-Vi na final do Baiano?
Rodrigo: O Falcão não foge muito do esquema dele. Então, caso a gente venha a enfrentá-lo na final, dependendo do esquema que ele colocar, eu já tenho uma ideia do que ele pretende.

Você mantém relação fora de campo com eles dois?
Rodrigo: Com o Zé Roberto eu até falo mais. Zé Roberto era um cara que frequentava minha casa, eu frequentava a casa dele e aqui é um cara que me ajudou bastante aqui em Salvador. Eu não conhecia nada. Eu vinha jogar, então era hotel, campo. Foi um cara que me ajudou bastante e que vai ser amigo mesmo depois do futebol.

Mas dentro de campo não dá para retribuir essa amizade, não é?
Rodrigo: Não (risos). Ontem foi até engraçado porque viemos no mesmo vôo e eu disse: ‘Nem vem neguinho porque amigo é a amigo, mas a gente vai dar uma complicadinha’. Aí ele: ‘Não começa, não começa’ (risos). É bacana essa brincadeira fora de campo. Eu tenho certeza que quando entra no campo, em todo lugar, cada um defende o seu. Quando você começa a jogar, você esquece de tudo, esquece que o cara frequenta tua casa, que o cara janta com você. Esquece de tudo e cada um vai defender sua bandeira.

Qual foi o atacante mais chato que já marcou?
Rodrigo: Foi o Fenômeno. Ele deu trabalho quando estava no Real Madri e no Corinthians, que eles foram campeões do Campeonato Paulista. Foi um atacante que eu tive o prazer de marcar.
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