TORCEDOR MERECE E EXIGE RESPEITO
Por: Franciel Cruz
Presidente Alexi Portela Júnior,
O Site do Esporte Clube Vitória informou, na noite do dia 17 de dezembro, que o senhor foi reeleito para o triênio 2011/2013, por “aclamação e em clima de festa”. Foi a primeira vez em todo este processo eleitoral que o referido meio de comunicação social do Clube atuou de forma ágil.
Tanto a eleição do senhor e da Diretoria, assim como a rapidez na divulgação da informação, em condições normais, seriam motivos para comemoração. No entanto, lamentamos informá-lo, já no começo desta nossa primeira comunicação oficial, que não compartilhamos destes sentimentos de euforia, pois entendemos que não há motivos para festa nem para rir à toa.
Afinal, neste ano de 2010, que está em seus estertores, o nosso Clube perdeu uma chance histórica. E quando falamos assim não estamos nos referindo apenas aos resultados em campo. É óbvio que a derrota na final da Copa do Brasil e a tragédia do descenso são episódios muito tristes. Porém, eles são também consequência do imponderável que ocorre dentro das quatro linhas. É fato que um planejamento estratégico poderia ter contribuído para uma situação melhor em campo, mas, ainda assim, o sucesso não era garantido, porque é praticamente impossível prever o que acontecerá no gramado.
No entanto, a chance histórica de que falamos, e que independe do tal imponderável, está relacionada exatamente ao processo eleitoral. Neste primeiro pleito com o atual Estatuto, o Esporte Clube Vitória tinha a oportunidade de criar uma nova marca para a Instituição. Qual seja. Tornar-se o primeiro clube da Bahia efetivamente democrático e transparente. Porém, o caminho trilhado foi exatamente o oposto.
Senão, vejamos.
O site oficial do Esporte Clube Vitória, que agora se mostrou tão ágil para noticiar o resultado da eleição, atuou de forma, no mínimo, negligente durante todo o processo. A primeira comunicação sobre o pleito só foi publicada no dia 26 de outubro. E ainda assim, uma notícia sem obedecer aos princípios básicos do lead jornalístico: “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?”, e “Por quê?”. (conforme pode-se conferir neste linque http://www.ecvitoria.com.br/site/noticias/detalhe.jsp?CId=14156).
Porém, não foram apenas as regras mais elementares do jornalismo que foram feridas. O mais deplorável, em todo o processo, foi o mais completo e absoluto desrespeito a um procedimento efetivamente democrático.
Aqui, cabe um parênteses. O Sport Club Internacional realizou seu processo eleitoral quase que concomitantemente ao do Esporte Clube Vitória. Lá, contudo, eles fizeram um site específico só para tratar das eleições. É óbvio que se pode argumentar, não sem razão, que as estruturas são diferentes. Ocorre que temos exemplo de condução muito mais transparente em clubes que hoje são muito menores do que o Vitória, a exemplo do Santa Cruz. O clube pernambucano, que também realizou eleições este ano, informou mensalmente quem eram os sócios aptos a participar do processo eleitoral. Já aqui, sócios aptos foram barrados na porta do estádio e ficaram tomando chuva. Aliás, até o próprio presidente do Conselho Fiscal que acaba de ser eleito, Nilton Sampaio, foi barrado na portaria porque seu nome não estava na lista. E mais grave, alguns sócios-torcedores com direito a voto, que entraram pois tinham o nome da famigerada lista, não puderam exercer seu direito porque, simplesmente, não existiam cédulas. Inclusive, a eleição do Conselho acabou sendo por aclamação. Um detalhe: Quando o presidente dos trabalhos solicitou que fosse por aclamação, fez-se um silêncio sepulcral, só quebrado quando ele informou que a referida aprovação teria que ter “palmas”. Risível, para dizer o mínimo.
Sinceramente, Presidente, não temos como aplaudir tal processo. Basta lembrar a ignomínia que foi a (falta de) divulgação do fundamental instrumento do edital das eleições, que ficou relegado a um canto de página na Tribuna da Bahia, jornal de menor circulação da capital, num anúncio de apenas 3 cm de altura por 9,5 de largura.
Tal ignomínia poderia ser atribuída à conhecida fama de austeridade da atual gestão, mas tudo tem limite. O mesmo anúncio, no caderno de Esportes do mais tradicional Jornal do Estado, o A Tarde, custaria somente 780 reais. Isso mesmo: 780 reais. E se a questão fosse economia, bastava dar ampla publicidade no Site Oficial, que não haveria custo algum para os cofres do Clube. Porém, na página oficial do Vitória, não houve uma mísera notícia sobre tão importante assunto.
Por falar no atual e ágil site do E.C. Vitória, cabe também reprovar a notícia publicada no último dia 16, relativa ao processo eleitoral, informando sobre os apoios que o senhor recebeu. É inadmissível que, antes de uma eleição, um órgão oficial veicule notícia deste tipo. Não que as pessoas não tenham o direito de apoiá-lo. Ao contrário. O que não se pode é usar um órgão oficial para este tipo de divulgação antes do pleito propriamente dito. Já imaginou o escândalo que seria, se o site oficial do Governo do Estado publicasse os apoios que o atual Governador Jaques Wagner recebeu antes da eleição?
Por conta de todas estas coisas e muitas outras, que nem cabem colocar aqui para que não se alongue demasiadamente, é que nós do Movimento Somos Mais Vitória entendemos que não há motivo para festa, mas sim para uma reflexão profunda e mudança de atitude.
A propósito, informamos que, em menos de 100 dias de idealizado e com menos de um mês de lançado para o público interno, o MSMV já conquistou o apoio de mais de 500 sócios-torcedores. E tudo isso sem padrinho, sem recorrer à mídia ou a qualquer outro artifício, pois entendíamos e entendemos que devemos fortalecer o Movimento, mas sem nunca criar qualquer tipo de tumulto no Clube. O inverso é o verdadeiro. Nosso Movimento tem como objetivo principal fortalecer esta Instituição que tanto amamos.
Porém, não nos calaremos diante do que achamos que não está correto. E este processo eleitoral, que culminou com sua eleição, não foi, definitivamente, um exemplo de correção. O sócio-torcedor, para dizer o mínimo, foi desrespeitado. É óbvio que não estamos aqui para reivindicar desculpas por estes inaceitáveis acontecimentos – até porque isto é uma questão de foro íntimo. Porém, acreditamos que neste momento caberia à atual Diretoria, especialmente ao senhor como comandante, que fizesse uma reflexão sobre todas estas questões. Afinal, o torcedor, principal razão de ser do Esporte Clube Vitória, merece e exige respeito.
Ficamos no aguardo de uma resposta.
Saudações Rubro-Negras e Democráticas.
Movimento Somos Mais Vitória: por um clube democrático, transparente, profissional e que respeite o torcedor.
P.S.1 O Presidente Alexi Portela e o vice Carlos Falcão tomaram ciência do documento no início da noite do dia 20 e já deram retorno. Informaram, através da Assessoria de Imprensa, que desejam marcar um encontro com representantes do Movimento.
P.S. 2 Se você concorda com o teor desta carta e ainda não a subscreveu, pode colocar seu nome e número do SMV aí no comentário ou então enviá-los para o seguinte e-mail francielcruz@hotmail.com
Por: Franciel Cruz
Presidente Alexi Portela Júnior,
O Site do Esporte Clube Vitória informou, na noite do dia 17 de dezembro, que o senhor foi reeleito para o triênio 2011/2013, por “aclamação e em clima de festa”. Foi a primeira vez em todo este processo eleitoral que o referido meio de comunicação social do Clube atuou de forma ágil.
Tanto a eleição do senhor e da Diretoria, assim como a rapidez na divulgação da informação, em condições normais, seriam motivos para comemoração. No entanto, lamentamos informá-lo, já no começo desta nossa primeira comunicação oficial, que não compartilhamos destes sentimentos de euforia, pois entendemos que não há motivos para festa nem para rir à toa.
Afinal, neste ano de 2010, que está em seus estertores, o nosso Clube perdeu uma chance histórica. E quando falamos assim não estamos nos referindo apenas aos resultados em campo. É óbvio que a derrota na final da Copa do Brasil e a tragédia do descenso são episódios muito tristes. Porém, eles são também consequência do imponderável que ocorre dentro das quatro linhas. É fato que um planejamento estratégico poderia ter contribuído para uma situação melhor em campo, mas, ainda assim, o sucesso não era garantido, porque é praticamente impossível prever o que acontecerá no gramado.
No entanto, a chance histórica de que falamos, e que independe do tal imponderável, está relacionada exatamente ao processo eleitoral. Neste primeiro pleito com o atual Estatuto, o Esporte Clube Vitória tinha a oportunidade de criar uma nova marca para a Instituição. Qual seja. Tornar-se o primeiro clube da Bahia efetivamente democrático e transparente. Porém, o caminho trilhado foi exatamente o oposto.
Senão, vejamos.
O site oficial do Esporte Clube Vitória, que agora se mostrou tão ágil para noticiar o resultado da eleição, atuou de forma, no mínimo, negligente durante todo o processo. A primeira comunicação sobre o pleito só foi publicada no dia 26 de outubro. E ainda assim, uma notícia sem obedecer aos princípios básicos do lead jornalístico: “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?”, e “Por quê?”. (conforme pode-se conferir neste linque http://www.ecvitoria.com.br/site/noticias/detalhe.jsp?CId=14156).
Porém, não foram apenas as regras mais elementares do jornalismo que foram feridas. O mais deplorável, em todo o processo, foi o mais completo e absoluto desrespeito a um procedimento efetivamente democrático.
Aqui, cabe um parênteses. O Sport Club Internacional realizou seu processo eleitoral quase que concomitantemente ao do Esporte Clube Vitória. Lá, contudo, eles fizeram um site específico só para tratar das eleições. É óbvio que se pode argumentar, não sem razão, que as estruturas são diferentes. Ocorre que temos exemplo de condução muito mais transparente em clubes que hoje são muito menores do que o Vitória, a exemplo do Santa Cruz. O clube pernambucano, que também realizou eleições este ano, informou mensalmente quem eram os sócios aptos a participar do processo eleitoral. Já aqui, sócios aptos foram barrados na porta do estádio e ficaram tomando chuva. Aliás, até o próprio presidente do Conselho Fiscal que acaba de ser eleito, Nilton Sampaio, foi barrado na portaria porque seu nome não estava na lista. E mais grave, alguns sócios-torcedores com direito a voto, que entraram pois tinham o nome da famigerada lista, não puderam exercer seu direito porque, simplesmente, não existiam cédulas. Inclusive, a eleição do Conselho acabou sendo por aclamação. Um detalhe: Quando o presidente dos trabalhos solicitou que fosse por aclamação, fez-se um silêncio sepulcral, só quebrado quando ele informou que a referida aprovação teria que ter “palmas”. Risível, para dizer o mínimo.
Sinceramente, Presidente, não temos como aplaudir tal processo. Basta lembrar a ignomínia que foi a (falta de) divulgação do fundamental instrumento do edital das eleições, que ficou relegado a um canto de página na Tribuna da Bahia, jornal de menor circulação da capital, num anúncio de apenas 3 cm de altura por 9,5 de largura.
Tal ignomínia poderia ser atribuída à conhecida fama de austeridade da atual gestão, mas tudo tem limite. O mesmo anúncio, no caderno de Esportes do mais tradicional Jornal do Estado, o A Tarde, custaria somente 780 reais. Isso mesmo: 780 reais. E se a questão fosse economia, bastava dar ampla publicidade no Site Oficial, que não haveria custo algum para os cofres do Clube. Porém, na página oficial do Vitória, não houve uma mísera notícia sobre tão importante assunto.
Por falar no atual e ágil site do E.C. Vitória, cabe também reprovar a notícia publicada no último dia 16, relativa ao processo eleitoral, informando sobre os apoios que o senhor recebeu. É inadmissível que, antes de uma eleição, um órgão oficial veicule notícia deste tipo. Não que as pessoas não tenham o direito de apoiá-lo. Ao contrário. O que não se pode é usar um órgão oficial para este tipo de divulgação antes do pleito propriamente dito. Já imaginou o escândalo que seria, se o site oficial do Governo do Estado publicasse os apoios que o atual Governador Jaques Wagner recebeu antes da eleição?
Por conta de todas estas coisas e muitas outras, que nem cabem colocar aqui para que não se alongue demasiadamente, é que nós do Movimento Somos Mais Vitória entendemos que não há motivo para festa, mas sim para uma reflexão profunda e mudança de atitude.
A propósito, informamos que, em menos de 100 dias de idealizado e com menos de um mês de lançado para o público interno, o MSMV já conquistou o apoio de mais de 500 sócios-torcedores. E tudo isso sem padrinho, sem recorrer à mídia ou a qualquer outro artifício, pois entendíamos e entendemos que devemos fortalecer o Movimento, mas sem nunca criar qualquer tipo de tumulto no Clube. O inverso é o verdadeiro. Nosso Movimento tem como objetivo principal fortalecer esta Instituição que tanto amamos.
Porém, não nos calaremos diante do que achamos que não está correto. E este processo eleitoral, que culminou com sua eleição, não foi, definitivamente, um exemplo de correção. O sócio-torcedor, para dizer o mínimo, foi desrespeitado. É óbvio que não estamos aqui para reivindicar desculpas por estes inaceitáveis acontecimentos – até porque isto é uma questão de foro íntimo. Porém, acreditamos que neste momento caberia à atual Diretoria, especialmente ao senhor como comandante, que fizesse uma reflexão sobre todas estas questões. Afinal, o torcedor, principal razão de ser do Esporte Clube Vitória, merece e exige respeito.
Ficamos no aguardo de uma resposta.
Saudações Rubro-Negras e Democráticas.
Movimento Somos Mais Vitória: por um clube democrático, transparente, profissional e que respeite o torcedor.
P.S.1 O Presidente Alexi Portela e o vice Carlos Falcão tomaram ciência do documento no início da noite do dia 20 e já deram retorno. Informaram, através da Assessoria de Imprensa, que desejam marcar um encontro com representantes do Movimento.
P.S. 2 Se você concorda com o teor desta carta e ainda não a subscreveu, pode colocar seu nome e número do SMV aí no comentário ou então enviá-los para o seguinte e-mail francielcruz@hotmail.com
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