Sobre o SMV na partida contra o Corinthians-AL.
Sou menos Vitória
Por Pedro Ghissoni, publicado do CanalECVitória
Para deixar claro à diretoria de marketing: quem paga o Sou Mais Vitória são os torcedores. Esperam, em troca, e além de outras coisas, um adicional em conforto e celeridade na hora de ingressar no estádio. Não é o clube que nos oferece R$180.00, R$360,00 ou R$720,00 para que possamos ir ao estádio e, portanto, pode fazer o que vez fazendo.
Nem que assim fosse, diga-se.
A impressão que se dá é a de que estão rejeitando torcedores-sócios. Que o clube nada em dinheiro, que o estádio só anda lotado e que, por isso tudo, precisam encorajar a desistência do plano por parte de muitos. E, olhem, como se esforçam para passar essa impressão.
Não falo do estacionamento. Mal passada, ou não, a informação, é verdade que esse benefício – que, ultimamente, já era uma concessão, frise-se – há muito não existe mais. Refiro-me, principalmente, ao acesso. É desorganizado, as pessoas não sabem informar nada, ninguém resolve nada e todos os torcedores, que pagaram de maneira antecipada seus ingressos, sofrem e, quem lhes tira a razão (?), revoltam-se.
Ontem foi uma via crucis. E não me esforço para comprovar; uso apenas o meu exemplo.
Plano pago em dia, carteira de sócio na mão, preso na catraca porque um senhor na frente tentava ingressar com a carteira de um plano diferente. Aliás, nem muita culpa dele era. Já tinha uma idade maior, o direcionamento na parte de fora do estádio existe, mas não é nada de elogiável, e tinha que ter alguém pronto para auxiliar. Bastava que alguém o retirasse da fila e o ajudasse a fazer o correto. Mas não há ninguém. Por conta disso, eu, e mais 100, esperamos.
Problema (mal) resolvido, sinto-me aliviado, pois agora vai. Vai nada. A catraca não funciona. Sim, as novas. E olhe que o estádio ficou parado, em uma outra vez, para que fossem instaladas. E aí? Novamente, ninguém pra resolver. Olho pra fila ao lado e não há mais fiscalização: entra quem quer, sócio ou não, torcedor ou não, com ingresso ou não. Depois, só depois, surge alguém e libera a catraca, que não se sabe bem porque não reconhecia os cartões – e o meu problema não foi o único e nem o mais grave. Entro na fila com alguma antecedência e saio dela atrasado.
Querem o que? Quer o que, diretor de marketing? Quer 20 mil sócios. Pergunto: como? Assim? Com esse desrespeito? Sendo mais fácil, rápido e cômodo comprar o ingresso na bilheteria? Sendo mais seguro, inclusive. Vão reclamar da ausência da torcida do jogo que vem? Porque mesmo? É que para acessar o estádio precisa ir de carro, ou de carona, ter pelo menos seis horas do dia reservadas, não pode ter problemas físicos, não pode ter idade avançada, não pode levar crianças.
Tudo isso pois não é seguro, pois o plano não funciona.
A verdade é que a diretoria – tão competente e profissional na maioria das suas funções – vem cometendo, no gerúndio mesmo, os erros mais amadores que se pode imaginar. Ora, se o número de sócios só faz subir, que aumentem as catracas. Se elas não funcionam – como no jogo contra o Corinthians genérico – que as substituam. Porque dois portões de acesso fechados se as filas são enormes e apertadas? Porque não há quase ninguém para efetivamente resolver os problemas?
Bem pensadas as coisas, o certo é que continuaremos a ouvir a imprensa alegar que não vamos aos jogos. Deixando de lado a parcialidade ou, ao menos, a cegueira matemática, dessa mesma imprensa (parte dela), como exigir que o público seja cada vez maior? Se ontem foram quase 20 mil, quantos mil já desistiram de ir ao próximo jogo, ao sair de casa e enfrentar o que enfrentaram? Quantos mil deixam de ir, pois praticamente não há como voltar?
Se é certo que parte dos problemas não são da alçada do clube – como acesso viário e organização do transporte público -, é mais certo ainda que o esse mesmo clube não cumpre com o seu papel e, por assim ser, deveria se organizar, e isso não requer muito esforço (por incrível que pareça), e não se limitar a criticar a inoperância dos outros.
Que se critique, pois assim deve ser, mas que se faça a sua parte – absolutamente esquecida, mais uma vez.
E, no próximo jogo, quando forem 7 mil, que ninguém culpe a já ultrapassada passividade da torcida e que passe a olhar para o seu próprio umbigo.
Sou menos Vitória
Por Pedro Ghissoni, publicado do CanalECVitória
Para deixar claro à diretoria de marketing: quem paga o Sou Mais Vitória são os torcedores. Esperam, em troca, e além de outras coisas, um adicional em conforto e celeridade na hora de ingressar no estádio. Não é o clube que nos oferece R$180.00, R$360,00 ou R$720,00 para que possamos ir ao estádio e, portanto, pode fazer o que vez fazendo.
Nem que assim fosse, diga-se.
A impressão que se dá é a de que estão rejeitando torcedores-sócios. Que o clube nada em dinheiro, que o estádio só anda lotado e que, por isso tudo, precisam encorajar a desistência do plano por parte de muitos. E, olhem, como se esforçam para passar essa impressão.
Não falo do estacionamento. Mal passada, ou não, a informação, é verdade que esse benefício – que, ultimamente, já era uma concessão, frise-se – há muito não existe mais. Refiro-me, principalmente, ao acesso. É desorganizado, as pessoas não sabem informar nada, ninguém resolve nada e todos os torcedores, que pagaram de maneira antecipada seus ingressos, sofrem e, quem lhes tira a razão (?), revoltam-se.
Ontem foi uma via crucis. E não me esforço para comprovar; uso apenas o meu exemplo.
Plano pago em dia, carteira de sócio na mão, preso na catraca porque um senhor na frente tentava ingressar com a carteira de um plano diferente. Aliás, nem muita culpa dele era. Já tinha uma idade maior, o direcionamento na parte de fora do estádio existe, mas não é nada de elogiável, e tinha que ter alguém pronto para auxiliar. Bastava que alguém o retirasse da fila e o ajudasse a fazer o correto. Mas não há ninguém. Por conta disso, eu, e mais 100, esperamos.
Problema (mal) resolvido, sinto-me aliviado, pois agora vai. Vai nada. A catraca não funciona. Sim, as novas. E olhe que o estádio ficou parado, em uma outra vez, para que fossem instaladas. E aí? Novamente, ninguém pra resolver. Olho pra fila ao lado e não há mais fiscalização: entra quem quer, sócio ou não, torcedor ou não, com ingresso ou não. Depois, só depois, surge alguém e libera a catraca, que não se sabe bem porque não reconhecia os cartões – e o meu problema não foi o único e nem o mais grave. Entro na fila com alguma antecedência e saio dela atrasado.
Querem o que? Quer o que, diretor de marketing? Quer 20 mil sócios. Pergunto: como? Assim? Com esse desrespeito? Sendo mais fácil, rápido e cômodo comprar o ingresso na bilheteria? Sendo mais seguro, inclusive. Vão reclamar da ausência da torcida do jogo que vem? Porque mesmo? É que para acessar o estádio precisa ir de carro, ou de carona, ter pelo menos seis horas do dia reservadas, não pode ter problemas físicos, não pode ter idade avançada, não pode levar crianças.
Tudo isso pois não é seguro, pois o plano não funciona.
A verdade é que a diretoria – tão competente e profissional na maioria das suas funções – vem cometendo, no gerúndio mesmo, os erros mais amadores que se pode imaginar. Ora, se o número de sócios só faz subir, que aumentem as catracas. Se elas não funcionam – como no jogo contra o Corinthians genérico – que as substituam. Porque dois portões de acesso fechados se as filas são enormes e apertadas? Porque não há quase ninguém para efetivamente resolver os problemas?
Bem pensadas as coisas, o certo é que continuaremos a ouvir a imprensa alegar que não vamos aos jogos. Deixando de lado a parcialidade ou, ao menos, a cegueira matemática, dessa mesma imprensa (parte dela), como exigir que o público seja cada vez maior? Se ontem foram quase 20 mil, quantos mil já desistiram de ir ao próximo jogo, ao sair de casa e enfrentar o que enfrentaram? Quantos mil deixam de ir, pois praticamente não há como voltar?
Se é certo que parte dos problemas não são da alçada do clube – como acesso viário e organização do transporte público -, é mais certo ainda que o esse mesmo clube não cumpre com o seu papel e, por assim ser, deveria se organizar, e isso não requer muito esforço (por incrível que pareça), e não se limitar a criticar a inoperância dos outros.
Que se critique, pois assim deve ser, mas que se faça a sua parte – absolutamente esquecida, mais uma vez.
E, no próximo jogo, quando forem 7 mil, que ninguém culpe a já ultrapassada passividade da torcida e que passe a olhar para o seu próprio umbigo.
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