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Outra entrevista de Raimundo Joaquim Queiroz, diretor de futebol do Esporte Clube Vitória

O novo diretor de futebol do Esporte Clube Vitória, Raimundo Joaquim Queiroz, já havia dado uma entrevista semana passada à TV Itapoan, e à várias rádios, desta vez ele foi entrevistado pelo Bahia Notícias, confira:

Entrevista - Raimundo Queiroz - 06/04/09

Bahia Notícias – Conta um pouco sua experiência como dirigente de futebol.
Raimundo Queiroz – Como foi apresentado no meu currículo, eu passei apenas pelo Goiás Esporte Clube como dirigente abnegado. Fiquei em torno de 27 anos no Goiás e fui de vice-diretor amador à presidência do clube. As minhas conquistas foram muito positivas. Em 16 anos nós conseguimos 11 títulos regionais. Tivemos um quarto e um terceiro (lugares) no Campeonato Brasileiro. Tivemos diversas campanhas entre os dez primeiros colocadas da competição. Outra coisa muito importante foi a classificação para Libertadores da America, aonde, honrosamente, chegamos à nona colocação. Sul-Americana entre 2003 e 2006. Assim, acho que fiz muito pelo clube, colocando-o no cenário nacional, com muita respeitabilidade. Fiz várias obras quando presidente. Aquisição de muitos jogadores, atletas jovens desconhecidos que se transformaram em grandes nomes. Como exemplo do Josué, que está na Seleção Brasileira e foi uma descoberta pessoal minha. Araujo, Grafite, Fernandão, Dimba, Dill, Lúcio, Túlio Maravilha, Túlio, que hoje está no Corinthians, enfim, esses e muitos outros foram revelados comigo em toda minha trajetória.

B.N – Quais os clubes no Brasil que você mantém melhores relações para fazer bons negócios para o Vitória?
Raimundo Queiroz – Ah, eu acho que todos. Eu tenho um relacionamento muito forte e próximo com dirigentes dos clubes brasileiros. Nordeste, Norte, Sul. Em todas as regiões tenho contatos bons, que facilitam negócios futuros. O que depende é o que o Vitória quer, tenha condições e não seja refugo. Eu sou muito amigo do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, e outros diretores do clube. Somos próximos ao ponto de ele, na posição de presidente, fazer uma página na revista do São Paulo falando de mim e do Goiás na época. Portanto, se for por motivo de contatos é o que não falta.

B.N – O presidente Alexi Portela Jr. vem demonstrando que é a favor da política de pés no chão na administração do clube. Você acha que isso vai dificultar o seu trabalho, em relação a contratações? O que você pode fazer para driblar os altos salários do mercado?
Raimundo Queiroz – É a política do presidente, eu concordo e vim sabendo disso. É um trabalho coeso, ao mesmo tempo em que é satisfatório é econômico e nós temos que ter consciência disso. Inviabilizar o clube não é o correto, nós temos que ser competentes. Eu estou com a diretoria, apoiando e vamos fazer o que é melhor para o Vitória. Eu tenho que citar o Goiás porque é a minha história profissional. Quando eu era presidente, em quatro anos de mandato, nunca gastei mais do que arrecadei. Todos os anos eu tive os balancetes e as contas aprovadas pelo conselho fiscal e deliberativo, convenientemente, com as despesas, um pouco mais ou um pouco menos. Eu acho que o presidente Alexi Portela tem razão sim de fazer o trabalho dessa forma e esse foi um dos motivos que me fizeram vir trabalhar no Vitória.

B.N – Com o que você já viu do elenco profissional, qual a maior deficiência no atual time do Vitória?
Raimundo Queiroz – Eu gosto do elenco que está aí. Nos últimos três jogos foram boas as impressões que chegaram até mim. Estou gostando do trabalho executado pelo Ricardo Silva e pelo time que está formando. Claro que temos que fazer uma avaliação melhor e um apanhado das nossas necessidades, até porque eu ainda não tenho condição de dar um esclarecimento em relação a posições e setores. Preciso ver mais e fico devendo uma resposta em breve.

B.N – Qual foi a melhor contratação que você já fez na sua trajetória como dirigente. Avaliando as relações financeiras e retorno técnico ao clube?
Raimundo Queiroz – Foram muitas, mas a principal delas foi o atacante Wellington, que teve um custo de R$300 mil e foi vendido por 8,5 milhões de Euros.

B.N – Como foi todo o processo com a diretoria para você se tornar o diretor de futebol do Leão?
Raimundo Queiroz – Foi através de um convite do Jorginho Sampaio. Nós nos encontramos, jantamos aqui na Bahia e ele quis saber o porquê de eu ter deixado o futebol. Contou-me da necessidade do clube no setor que agora eu ocupo e falou com o Alexi Portela, que me apresentou todo o trabalho que está sendo desenvolvido. Eu percebi que o Vitória é um clube similar ao Goiás na sua estrutura e trajetória. Oferece uma condição digna, honrosa, honesta e de pés no chão no trabalho, então eu resolvi aceitar o desafio e voltar ao futebol com muita vontade e disposto a fazer um bom trabalho, como eu já fiz anteriormente.

B.N – Na sua chegada você elogiou bastante o clube. O que você identificou de melhor no Vitória?
Raimundo Queiroz – É que eu conheço quase todos os clubes brasileiros e são poucos os que têm a estrutura do Vitória. Vejo um quadro de funcionários perfeito, cada um no seu lugar. Eu vi uma diretoria coesa, responsável, pé no chão e que sabe o que está fazendo. Um grupo de atletas bons, os quais a gente tem que avaliar e fazer as análises necessárias. E vi a possibilidade de fazer um trabalho muito bom. Eu não retiro nada do que eu disse e só aumento, à medida que vou conhecendo mais. Nós temos aqui laboratório de fisiologia e não se conta três clubes no Brasil que tem essa estrutura. O sistema de academia e toda a estrutura de assistência aos atletas é muito boa. É um clube do futebol moderno e eu chego para ajudar a melhorar ainda mais.

Foto: Raimundo Joaquim Queiroz
B.N – Independente das negociações que o clube esteja fazendo para trazer o novo treinador, qual o nome que você diria ser perfeito para o cargo?
Raimundo Queiroz – Não posso te falar. Eu posso dizer o perfil, que seria de um treinador coeso, vencedor, de um currículo invejável e que saiba fazer um trabalho convenientemente com a nossa realidade.

B.N – Como você acha que está sendo visto pela torcida do Goiás com essa mudança de time, agora defendendo o Vitória?
Raimundo Queiroz – Eu estava parado há algum tempo e vim para o Vitória. Não influencia muito na torcida porque o Vitória é apenas um corrimão a nível nacional em relação ao Goiás, não foi uma troca para um adversário ferrenho, como fez o Paulo Carneiro. Então, eu vejo que lá em Goiânia fui recebido com muita euforia. O pessoal tem comentado positivamente, tanto em relação ao Vitória, quanto em relação a mim, de não ter parado a carreira de dirigente. A aceitação foi muito boa, ninguém colocou qualquer crítica. Não tem nenhum empecilho, até porque eu fiz o meu desligamento do Goiás para vestir a camisa do Vitória. Claro que estaria mentindo para você se eu dissesse que deixei de ser um torcedor do Goiás depois de 27 anos dentro do clube, mas hoje eu posso dizer que torço pelo Goiás e pelo Vitória.

B.N – Como é sua relação com o dirigente Paulo Carneiro?
Raimundo Queiroz – Quando eu era dirigente, nós sempre fomos amigos. Eu sempre admirei o trabalho que ele fez aqui no Vitória e hoje é da mesma forma. Não nos encontramos ainda depois que cheguei a Salvador, mas espero encontrá-lo qualquer hora, bater um papo e tomar um chope. É uma pessoa que tenho a maior consideração, admiração e respeito.

B.N – Você vem sofrendo sérias acusações de conselheiros do Goiás e da imprensa goiana. Entre elas, estão um rombo de R$ 16 milhões no clube após sua saída, contas não prestadas, irregularidades em dispensas e contratações de jogadores, além de um cartão corporativo utilizado por você de forma deliberada, no qual você teria gasto R$ 316.668,00, no ano de 2006. O que você pode falar sobre isso?
Raimundo Queiroz – São infâmias! São coisas plantadas por um grupinho de pessoas ciumentas no Goiás e eu queria encerrar isso dizendo uma coisa: na próxima semana (a da publicação da entrevista) nós teremos uma reunião da diretoria do Vitória, onde eu vou apresentar todos os meus balancetes e minhas contas aprovadas. Isso será apresentado com documento, pois não adianta ficar falando, tenho que mostrar. Mandei vir de Goiânia todos os documentos e, logo que estiverem aqui, eu também apresentarei para vocês da imprensa, para que todos vejam com a maior satisfação. Tudo que está sendo dito não é verdade.

B.N – O Paulo Carneiro também saiu do Vitória com acusações de gestão criminosa. Com essas acusações, como você acha que será formada sua imagem com o torcedor do Rubro-negro?
Raimundo Queiroz – Eu espero que não relacione minha imagem com a dele, até porque são pessoas diferentes e situações diferentes. Eu não tenho que me envergonhar porque eu não devo. Depois eu vim aqui para dirigir o departamento de futebol do Vitória e trabalho com outras pessoas, não vim para assumir a presidência. Aqui já existe diretor administrativo e financeiro. A minha conduta e minha respeitabilidade em nível nacional é muito grande e todos sabem disso. Em Goiânia as criticas a essas pessoas são muito grandes, mas não chegam aqui. Eu posso provar todas as inverdades contra mim e não vou mais falar, e sim mostrar para tudo ficar claro. Em relação ao Paulo Carneiro, eu não conheço, mas acho que por tudo que ele fez no Vitória deve existir uma grande parte de injustiça. Ele fez muito aqui, mas às vezes faz muito, endivida e vai por água abaixo, o que não é meu caso. Eu deixei o Goiás com os mesmos valores que recebi. As minhas gestões de 2003 a 2006 sempre fecharam um pouquinho mais ou menos do que normal.

B.N – O seu filho, Igor Queiroz, trabalhava como procurador de atletas e recebia salários do Goiás?
Raimundo Queiroz – Não, ele nunca foi procurador de jogadores. Desafio quem possa provar isso. Igor Queiroz era advogado do clube e como advogado ele tinha acesso aos interesses do Goiás. Ele fazia papel de procurador de jogadores apenas do Goiás, mas como uma forma de segurá-los no clube. É muito mais fácil que você tenha uma pessoa de confiança para segurar o jogador do que um desconhecido. Por exemplo, o atacante Wellington, se não estivesse na mão do Igor, segurando para mim, nós tínhamos perdido o jogador e perdido 8,5 milhões de Euros. Então não é verdade, são infâmias e desrespeitos. E se fosse procurador, que diferença faz? O que tem a ver um filho de dirigente ocupar algum cargo no clube? O que tem a ser citado é que não existe qualquer tipo de proveito da situação só por ele ser meu filho. Tanto é verdade que quando eu saí do Goiás ele também saiu, e hoje trabalha como advogado em Tocantins, com uma vida distante do futebol. Isso é inveja de pessoas que nunca fizeram nada pelo Goiás e querem denegrir aqueles que fizeram.

B.N – Você ainda pretende exercer algum cargo no Goiás? E você se declarando torcedor do Alviverde, acha que terá problemas com a torcida Rubro-negra?
Raimundo Queiroz – De forma nenhuma. Eu não posso mentir e dizer que esqueci o Goiás. A questão é que agora estou no Vitória e visto a camisa Rubro-negra. Eu sou um profissional. Quando chegar o dia do confronto entre os dois times eu vou ter minha omissão imparcial, mas o time que eu quero que vença será o Vitória, pois é aqui que estou agora.

B.N – Qual é sua posição em relação a uma possível contratação do atual técnico interino Ricardo Silva?
Raimundo Queiroz – Nós precisamos avaliar tudo isso melhor. O tempo ainda não nos permitiu certas avaliações nas questões técnicas. O que e posso garantir é que tem me agradado muito o trabalho, que eu tenho acompanhado de pertinho e conversado muito com ele. E tem me agradado muito mesmo! Mas temos que ter calma, pois temos uma diretoria e as decisões são feitas em conjunto. Ele já está com mais prestígio, óbvio. São três vitórias convincentes no comando dele com boa evolução do time. Então não tenho como não dizer, que as chances de ele continuar no cargo aumentaram, mas isso nós ainda vamos decidir.

B.N – O que você pode adiantar ao Bahia Notícias sobre as negociações de um possível novo treinador? E como andam as conversas com René Simões?
Raimundo Queiroz – Nós não podemos deixar de informar ao torcedor, que temos a preocupação de ver nomes e analisar, mas só podemos divulgar quando acontecer. Então o que eu posso dizer é que o Renê Simões é um nome forte, como alguns outros também. Nós estamos conversando porque podemos demorar, mas não errar. Um erro seria um fracasso para a campanha do Campeonato Brasileiro. Hoje o treinador é Ricardo Silva e vamos analisar como será feito até o final do Campeonato Baiano.

B.N – Qual a mensagem que você pode deixar ao torcedor do Vitória que lê o Bahia Notícias?
Raimundo Queiroz – Que eu vim aqui para ser mais um deles. Meu trabalho sempre foi voltado para fazer o prazer e a satisfação do torcedor. A satisfação do nosso torcedor é a nossa satisfação. Nós queremos que eles venham para campo, assistam aos jogos e saiam gozando dos adversários. O torcedor para mim está acima de tudo, porque sem eles não teria nenhum fundamento em fazer o futebol. Sempre me considerei como dirigente torcedor, sou um apaixonado pela bola, gostei muito da torcida que vi aqui e das pessoas que rodeiam o clube. Quero agradecer pelas pesquisas que aprovaram a minha contratação, fiquei muito feliz e vou me desdobrar para isso ser uma realidade nas próximas pesquisas. Eu sou, a partir da minha chegada, mais um de vocês.

Link da entrevista.

Leia outras entrevistas de pessoas ligadas (ou não mais) ao EC Vitória.
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Comentários
7 Comentários

7 comentário(s):

Anônimo disse...

Boa tarde,gostaria de sugerir um jogador que tem como função principal balançar as redes, esse jogador tem amorrrr a camisa rubro negra e é um eterno idolo do vitória ,é humilde raçudo e goleador , o nome da fera é OBINAAAAAAAAAAAAAAAA E PRA TECNICO QUALQUER UM MENOS HELIO DOS ANJOS E CELSO ROTH
SAUDAÇÕES RUBRO NEGRAS

Fabio Monteiro disse...

E aí Lucas? Ta confiante pro jogo contra o juventude?

abraços,

http://fabiomonteiro.wordpress.com

Lucas Serra disse...

E aí Fábio, rapaz, tô confiante sim.

Acreditar sempre!!

FUTEBOL BAIANO disse...

Além de confiante do jogo de amanha, deveriam também estarem vigilante acerca das denuncias feita pelo jornal Opção sobre o novo bambambam do Vitória, o post fala do homem, mas o comentário é do tipo: Ia aí pessoal, sabem quem matou Odete Rotlam?

Lucas Serra disse...

Dalmo meu amigo, Raimundo entregou cópias das documentações de regularidade de sua gestão.

Se o cara tiver culpa ele será "condenado". MAs há 3 anos não conseguem provar nada.

Anônimo disse...

A perguntinha que não quer calar: Se é mentira, como afirma Queiroz, porque ele não processa os mentirosos??????

Lucas Serra disse...

Boa pergunta.

Será que ele já não fez isso?

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