Apresentação do Projeto da via Paralela ao Barradão é adiado pela CONDER

Os R$ 5 milhões que o Ministério de Turismo liberou para a via expressa ligando a Avenida Paralela ao Estádio Manoel Barradas, o Barradão, podem retornar para a conta do governo federal por falta de aplicação até o final de dezembro de 2013.

O projeto da nova via está a cargo da Conder, empresa estatal vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Ele seria apresentado nesta segunda-feira (25) em uma solenidade no Barradão, que foi adiada.

Motivo: o secretário da Sedur, Cícero Monteiro, não poderia comparecer ao evento. O Vitória e a Sedur não explicaram nada sobre o assunto. O dinheiro foi liberado há mais de seis meses por iniciativa do secretário Nacional de Turismo, Fábio Mota.

Falta Interesse - O que se comenta entre conselheiros é que não existe interesse do governo da Bahia em viabilizar logo a execução do projeto. Na verdade, existe mesmo é muita pressão para obrigar a diretoria do Vitória em aumentar bastante, em 2014, o mando dos jogos do time na Fonte Nova, cujo projeto está desde que a arena foi inaugurada, no vermelho. E quem vem pagando o prejuízo às empreiteiras OAS e Odebrecht é o governo, com recursos do cidadão.

É bom lembrar, ainda, que o atual vice-presidente do Vitória, Carlos Falcão, já chegou a apresentar em reunião do Conselho Deliberativo do clube uma planilha mostrando, meses atrás, que o clube ganharia mais dinheiro jogando na Fonte Nova que no Barradão. Factóides, somente isso. As contas da arena não fecham e ninguém sabe onde Falcão foi buscar os números fantasiosos, divulgados inclusive pelo jornal Tribuna da Bahia.

Sem Projetos - Com a proximidade das eleições do Vitória, Carlos Falcão, que é candidato de Alexi Portela à presidência, deu uma recuada estratégica e nunca mais falou sobre o assunto. Sempre com comentários evasivos e nada consistentes, ele disse recentemente em alguns programas de rádio e na parte da mídia defensora da Arena Fonte Nova, que “a casa do Vitória é o Barradão”.

E nada mais. Não fala se tem algum projeto, se eleito for, para ampliar a infraestrutura do estádio ou mesmo para construir uma arena como fez agora o Atlético do Paraná, cujo orçamento para 2014 vai pular de R$ 80 milhões para R$ 200 milhões. Com as declarações festivas de Falcão, fica cada vez mais evidente que a diretoria atual não tem projetos para tirar o clube da mesmice, para alavancá-lo ou mesmo para exigir uma cota mais digna que a que recebe da TV.

Se for ficar esperando que esse governo que está aí, muito devagar, que deixou a economia do Estado despencar para o 8º lugar, perdendo inclusive para Santa Catarina, que levou três anos para fazer uma passarela de 500 metros em Pituaçu… Se for ficar esperando algo do governo visando facilitar a vida do torcedor que vai ao Barrdão, a diretoria está perdendo tempo. Só se o objetivo for comum entre as partes: esvazia-se o Barradão, acaba-se com o patrimônio do clube inclusive com campanhas difamatórias na mídia, e a festa estará feita. (Redação do Jornal da Mídia)