25 de fevereiro de 2013

Técnicos comentam potencial do lateral-esquerdo Mansur: "Seu biotipo é pra jogar em alto nível"

Bola pra Mansur na esquerda e vaias: manifestação clara dos rubro-negros na eliminação do Vitória da Copa do Nordeste, na goleada de 4x1 para o Ceará, domingo passado.

Na semana seguinte ao adeus regional, a diretoria admitiu a necessidade de contratar um jogador pra disputar a camisa 6, mas o técnico Caio Júnior, sem meias palavras, cravou que o garoto de 19 anos tem potencial pra servir à Seleção.

Declaração de absoluto contraste com a opinião de parte da torcida e, por outro lado, alinhada com o olhar de dois técnicos importantes na curta carreira do sergipano de Laranjeiras. Tanto Laelson Lopes, técnico de Mansur no júnior do Bahia, quanto Emerson Ávila, ex-técnico da Seleção sub-20, consideram o lateral diferenciado no país. Titular com a amarelinha no Sul-Americano sub-20 deste ano, quando o Brasil caiu ainda na primeira fase, Mansur deixou uma confirmação pra comissão técnica.

"Um dos jogadores em que mais pude depositar confiança no Sul-Americano. É um atleta de muita qualidade física. Tem resistência pra ir e voltar com facilidade e recurso técnico pra definir a jogada. Ele vai ser aproveitado no Vitória e terá facilidade grande de ser negociado pro exterior. A tendência é que mais pra frente possa fazer parte da seleção principal", acredita Ávila, demitido após o Sul-Americano.

No mês em que acompanhou Mansur de perto, Ávila identificou a deficiência mais visível do lateral: o passe final. "Falei com ele o seguinte: ele chegava no fundo e cruzava mal muito pela maneira que chegava. Era tanta velocidade que ele perdia a passada pra fazer o gesto certo e cruzar. Mas ele tem outra característica interessante, que é o arremesso forte", informa Emerson e lembra: "Fizemos um gol contra o Uruguai de um lateral cobrado por Mansur". Na ocasião, o Brasil levou 3x2.

Fundamento aprimorado na divisão de base do Bahia, quando fez este trabalho específico com o preparador físico Marcos Paulo. "Ele tem um arremesso impressionante. Seu biotipo é pra jogar em alto nível. No júnior, era o cobrador de pênalti, falta, uma referência no time ao lado de Filipe (hoje no Rio Ave, de Portugal) e Anderson Talisca. Lamentei muito quando perdi ele na véspera da viagem pra Copa São Paulo do ano passado por um problema contratual. Ele está no processo de maturação", defende Laelson, hoje técnico do Juazeirense.

Em meio a vaias e elogios, Mansur mantém o jeitão sereno. "Críticas são normais. O torcedor é movido pela paixão e nós, jogadores, temos consciência que precisamos estar sempre jogando em alto nível. Qualquer deslize é motivo para críticas, mas não considero que joguei mal nos minutos que participei daquela partida (contra o Ceará)", analisa. (Angelo Paz / iBahia)

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