Por Celso Unzelte / ESPN
Julho de 1987. Os presidentes dos treze maiores clubes do País, que à época representavam 95% da torcida nacional, rompem com a Associação dos Presidentes de Clubes de Futebol e reúnem-se em São Paulo para fundar a União dos Grandes Clubes de Futebol. O objetivo do “Clube dos 13”, como logo passou a ser chamado, era reestruturar o futebol brasileiro.
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O primeiro documento elaborado pelo Clube dos 13 propunha já para 1987 a disputa de um Campeonato Brasileiro com duas divisões e acesso e rebaixamento da primeira para a segunda. Da divisão principal, participariam apenas os 13 clubes fundadores do movimento, mas a competição, que teve o nome de Copa União, acabou contando com mais três equipes convidadas (Coritiba, Goiás e Santa Cruz).
O Clube dos 13 passa a negociar os direitos de transmissão dos jogos pela televisão, que se tornariam a principal fonte de renda dos clubes.
-Primeiro, por US$ 3,4 milhões (em 1987),
- US$ 6 milhões (em 1994),
- US$ 10,4 milhões (1995),
- R$ 15 milhões (1996),
- R$ 50 milhões ao ano (em 1997 e em 1999),
- R$ 130 milhões (em 2002),
- R$ 300 milhões por ano (a partir de 2004)
- e, finalmente, R$ 1,4 bilhão pelo triênio 2009-2011.
As negociações a partir de 2012 foram o motivo da saída do Corinthians e da insatisfação dos cariocas Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, do Coritiba, do Cruzeiro e do Grêmio. Todos pretendem, a partir de agora, negociar os direitos de transmissão de seus jogos diretamente com as redes de televisão.
20 clubes, na verdade, faziam parte do atual Clube dos Treze. Além dos fundadores Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Inter, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco, foram admitidos, a partir de 1997, Atlético-PR, Coritiba, Goiás, Guarani, Portuguesa, Sport e Vitória.
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