No árido e sábio sertão, aprende-se logo cedo que de cavalo dado não se deve olhar os dentes. Mutatis mutandis (recebam um latinismo na torácica), o mesmo vale para caronas, especialmente nesta província lambuzada de dendê e de exclusão, onde, além de pagarmos a tarifa de taxi mais cara das grandes capitais, ainda sofremos com o pior sistema de transporte coletivo dos 29 continentes.
Diante desta brutal e inexoravelmente opressora situação, não me restou alternativa senão aquiescer quando entrei no carro e percebi que todos estavam ouvindo os impropérios e as impropriedades comuns nas resenhas esportivas da vida.
Diante desta brutal e inexoravelmente opressora situação, não me restou alternativa senão aquiescer quando entrei no carro e percebi que todos estavam ouvindo os impropérios e as impropriedades comuns nas resenhas esportivas da vida.
Nem pensei em relutar até porque, para quem havia acabado de testemunhar Rodrigo Defendi (sobrenome não é destino) em campo por 90 minutos, um tantinho assim mais de sofrimento poderia ser perfeitamente suportável.
Ledo e Ivo engano.
Com a voz típica dos infames, acostumados a amplificar de modo escrotamente sensacionalista as tragédias cotidianas, o comentarista largou algo mais ou menos assim. “O Bahia já é campeão. O torcedor do Vitória não deve ir a Pituaçu. Quem for é descarado”.
Tais aleotrias, em tom de patacoada, são perfeitamente plausíveis nos comentários radiofônicos desta besta e (ainda) bela Bahia. O baixo nível aqui já nos proporcionou coisas muito mais vexatórias.
Porém, aquelas vis palavras ditas pelo indigitado assumem uma gravidade assombrosa se analisada num contexto mais amplo.
Assim que assumiu o comando (?) do Esporte Clube Vitória, Carlos Falcão entregou à empresa do referido sujeito a responsabilidade por promover uma campanha de associação em massa ao Clube. O site que leva o nome do referido, inclusive, até recentemente ostentava um banner enorme, fruto desta parceiragem (copiraite tiririca pai) denominada “Corrente Rubro-Negra”.
Pois bem, digo, pois mal. Se já não é de bom tom este tipo de negociação com radialistas, agora imaginem quando o cara que é contratado para incentivar associações ocupa o microfone para conclamar a torcida a abandonar o time.
Isto é algo devastador. Seria o caso de rompimento de contrato (se é que ele existe), denúncia por prejuízos entre outras atitudes. Na pior das hipóteses, exigir uma retratação pública e/ou não realizar mais nenhum tipo de negócio com o tal rapaz.
Foi exatamente por estas e outras (muitas outras) que, em uma reunião em que diversos torcedores foram reivindicar democracia, transparência e profissionalismo no Vitória, eu disse pessoalmente ao atual presidente Carlos Falcão (na ocasião ele era vice de Alexi Portela) a seguinte sentença que transcrevo em caixa alta.
“UMA INSTITUIÇÃO DO PORTE DO ESPORTE CLUBE VITÓRIA NÃO PODE SER REFÉM DE UM RADIALISTA, SEJA ELE BOM OU ORDINÁRIO”.
Mais do que nunca, presidente, esta frase acima continua atual. Aliás, agora, diante de tanta e tamanha desfaçatez, cabe um complemento, em tom de indagação e de indignação. “Quem é descarado?”
Os torcedores Rubro-Negros, em sua ampla maioria, eu tenho certeza que não são.
Por: Franciel Cruz
P.S Sobre aquela lambança de ontem na Fonte Nova, falarei depois. Assim como também, após a decisão do próximo domingo, citarei os nomes dos bondosos amigos que me concederam carona. Não faço agora porque tem uma aposta em jogo.
Ledo e Ivo engano.
Com a voz típica dos infames, acostumados a amplificar de modo escrotamente sensacionalista as tragédias cotidianas, o comentarista largou algo mais ou menos assim. “O Bahia já é campeão. O torcedor do Vitória não deve ir a Pituaçu. Quem for é descarado”.
Tais aleotrias, em tom de patacoada, são perfeitamente plausíveis nos comentários radiofônicos desta besta e (ainda) bela Bahia. O baixo nível aqui já nos proporcionou coisas muito mais vexatórias.
Porém, aquelas vis palavras ditas pelo indigitado assumem uma gravidade assombrosa se analisada num contexto mais amplo.
Assim que assumiu o comando (?) do Esporte Clube Vitória, Carlos Falcão entregou à empresa do referido sujeito a responsabilidade por promover uma campanha de associação em massa ao Clube. O site que leva o nome do referido, inclusive, até recentemente ostentava um banner enorme, fruto desta parceiragem (copiraite tiririca pai) denominada “Corrente Rubro-Negra”.
Pois bem, digo, pois mal. Se já não é de bom tom este tipo de negociação com radialistas, agora imaginem quando o cara que é contratado para incentivar associações ocupa o microfone para conclamar a torcida a abandonar o time.
Isto é algo devastador. Seria o caso de rompimento de contrato (se é que ele existe), denúncia por prejuízos entre outras atitudes. Na pior das hipóteses, exigir uma retratação pública e/ou não realizar mais nenhum tipo de negócio com o tal rapaz.
Foi exatamente por estas e outras (muitas outras) que, em uma reunião em que diversos torcedores foram reivindicar democracia, transparência e profissionalismo no Vitória, eu disse pessoalmente ao atual presidente Carlos Falcão (na ocasião ele era vice de Alexi Portela) a seguinte sentença que transcrevo em caixa alta.
“UMA INSTITUIÇÃO DO PORTE DO ESPORTE CLUBE VITÓRIA NÃO PODE SER REFÉM DE UM RADIALISTA, SEJA ELE BOM OU ORDINÁRIO”.
Mais do que nunca, presidente, esta frase acima continua atual. Aliás, agora, diante de tanta e tamanha desfaçatez, cabe um complemento, em tom de indagação e de indignação. “Quem é descarado?”
Os torcedores Rubro-Negros, em sua ampla maioria, eu tenho certeza que não são.
Por: Franciel Cruz
P.S Sobre aquela lambança de ontem na Fonte Nova, falarei depois. Assim como também, após a decisão do próximo domingo, citarei os nomes dos bondosos amigos que me concederam carona. Não faço agora porque tem uma aposta em jogo.
Sempre bons comentários, !
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