30 de julho de 2012

[Prêmio Friedenreich] Atacante Neto Baiano amplia vantagem antes de deixar o Brasil

O Barradão contava com a presença de cerca de 35 mil rubro-negros. Segundo colocado na Série B do Campeonato Brasileiro, o Vitória recebia o CRB, no sábado, pela 13ª rodada. Porém, um ingrediente a mais fez a torcida se mobilizar. O jogo marcou a despedida do atacante Neto Baiano do estádio - ele está de malas prontas para defender o Kashiwa Reysol, do Japão. Assim como vem repetindo ao longo da temporada, o artilheiro deixou a sua marca e aumentou a conta para 38 gols, deixando Salvador como o maior goleador do país - até então - com direito a gol aos 40 minutos do segundo tempo - o Vitória fez 1 a 0 no CRB.

- A temporada (no Brasil) foi boa. Saio com o Vitória bem, com uma pegada legal. Queria quebrar o recorde (do Prêmio Friedenreich), mas apareceu a proposta para deixar o país. É difícil deixar o Vitória, no qual tive uma boa passagem, mas faz parte. Vou continuar na torcida pelo time para terminar o ano campeão da Série B - disse Neto Baiano.

Depois que realizar seu último jogo com a camisa do time baiano, o que acontecerá nesta terça-feira, contra o São Caetano, a tarefa de Neto Baiano será secar seus adversários para seguir na ponta até o fim do ano. O problema é que na Segunda Divisão dois jogadores não param de diminuir a diferença. Zé Carlos, por exemplo, fez dois na goleada do Criciúma por 4 a 1 sobre o Barueri, chegou a 16 na Série B, empatou com Neymar no ranking geral e fica perto do topo. Viu ainda Lúcio Maranhão passar em branco na derrota do ASA para o Goiás e estacionar nos 31 gols, um mais que Zé Carlos.

- Já estou pronto para secar. Agora é pedir a Deus para ninguém passar. O Zé Carlos é meu parceiro, não vai passar, não. Ele vai segurar o ritmo. Vou até ligar para ele - brincou Neto Baiano.

Outro que vem para atropelar os adversários é Luis Fabiano, do São Paulo. Foram dois gols e uma assistência no 4 a 1 contra o Flamengo, garantindo o empate em 20 tentos com Leandro Damião (Inter), Wellington Paulista (Cruzeiro) e Denis Marques (Santa Cruz).

A concorrência ganhou um motivo a mais para ter esperança em atingir a primeira posição. E a Neto Baiano resta torcer contra os rivais. (GloboEsporte)


O PRÊMIO
O troféu do Prêmio Friedenreich é uma iniciativa do programa "Globo Esporte", da TV Globo, em parceria com o GLOBOESPORTE.COM. E a disputa para ganhar o troféu é bastante democrática - e, com isso, acirradíssima. Todos os que disputam as Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro estão na briga. Além dos gols marcados nas quatro divisões da competição, serão contabilizados os feitos nos Estaduais (apenas da primeira divisão), Copa do Brasil, Taça Libertadores, Copa Sul-Americana, Recopa Sul-Americana e Mundial de Clubes da Fifa.

O HOMENAGEADO
Se Charles Miller trouxe a bola para o país e deu, com isso, o pontapé inicial para aquela que se tornou a grande paixão nacional, Artur Friedenreich foi um dos pioneiros do talento "made in Brazil". Ainda que existam controvérsias sobre o número de gols marcados pelo atacante - uma estatística aponta 1.329, apesar de outras assegurarem pouco mais de 500 -, a história, seja pelos recortes de jornais ou pelos testemunhos dos já saudosos bisavós, confirma que Fried foi um jogador extraordinário. Conquistou sete títulos paulistas (seis pelo Paulistano e um pelo São Paulo da Floresta, que deu origem ao atual São Paulo Futebol Clube), uma Copa Rocca (1914) e dois Sul-Americanos (1919 e 1922) pela seleção brasileira. Ainda no Campeonato Paulista se consagrou como artilheiro em oito edições.

OS VENCEDORES
2008 - Keirrison (Coritiba), com 41 gols
2009 - Diego Tardelli (Atlético-MG), com 39 gols
2010 - Jonas (Grêmio) e Neymar (Santos), com 42 gols cada
2011 - Leandro Damião (Internacional), 38 gols

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