Na última segunda-feira, prometi que retornaria a esta intimorata tribuna no day after para discorrer sobre o golaço de Artur Maia contra as sardinhas feirenses. No entanto, igual às otoridades baianas, não cumpri a promessa porque me guiei pelo seguinte mantra: não deixe para amanhã o que você pode fazer depois de amanhã.
Assim, como dizem os xibungos, acabei perdendo o timing, pois neste interregno (recebam, fariseus, um interregno pelos mamilos), aconteceu a longa noite de terror. É óbvio que não falo da putaria na PM porque isto aqui é um recinto sério e não vou perder meu tempo com aquela falta de esculhambação. A referida e tenebrosa noite de que trato ocorreu nesta quarta-feira, no Adauto Moraes, em Juazeiro.
Quanto disgrama horripilante foi aquela, meu povo legal, meu povo jóia? O campo estava uma lástima, não merece nem ser chamado de pasto, os jogadores numa boréstia de fazer inveja a Dorival Caymmi e o destaque do jogo, como disse o menino Anrafel, era mais feio do que tudo isso junto. Foi feiúra pra mais de metro. Aliás, agora entendo os porquês de alguns amigos cearences chamarem aquele baixinho de Clodoalcool. É que a canjebrina corroeu a face do referido.
VÁ ASSOMBRAR A MÃE DO DEMÔNHO COM TANTA FEIÚRA!!!
Por falar em assombração, aquela zaga do Vitória não assusta nenhum adversário – até porque qual atacante vai ter medo de uns meninos amarelo, parecendo que foram criados com vó em apartamento de chinelo e meia? Eu já ensinei aqui, mas repito. Seguinte é este: Para atuar na zona do agrião, o sujeito deve possuir a piedade de um matador de aluguel de filmes B – e não aquela carinha (e jeitinho) de guri de playground.
Pois, então, amigos de infortúnios, diante de tanta e tamanha chibança acabei não falando sobre o golaço de Artur Maia. Mas, agora, veio-me a dúvida: será que a beleza deve mesmo sucumbir ao terror, à feiúra? Não e nécaras. Mais do que aquela patacoada de ontem, o que merece ficar registrado nos anais (de lá ele) históricos é a maravilhosa jogada de domingo.
Para os que não sabem como foi possível, contarei agora toda a anatomia daquela obra prima, que, modéstia às favas, teve 64,37% de minha humilde contribuição.
Senão, vejamos.
O ponteiro do relógio já estava nos estertores, dava a última volta, como diria os locutores de antanho, quando a bola sobrou para o número 5. Não falei nada porque não lhe dirijo a palavra. Portanto, não participei do início da trama. No entanto, quando a pelota chegou nos pés de Marquinhos, eu bradei educadamente: CRUZA ESTA PORRA, SEU FILHO DA PUTA MAGRO!!!
Obediente, o garoto franzino mandou a criança no peito de Neto. Aí, o trabalho de exorcização foi duro. Afinal, tirar a ruindade daquele couro só com muita mandiga. Saquei do coldre dois litros de cepacol e falei mais alto ainda, assim, tipo num corpo 18 times new romam e em negrito. SAI DAÍ, RUINDADE, QUE ESTE CORPO NÃO LHE PERTENCE (Alô, Elmo!)
E minha ordem foi cumprida. O desinfeliz, depois de se estrebuchar todo, ficou tão nervoso que, ao invés de dar uma de suas pixotadas clássicas, dominou a criança no peito com a categoria de um, digamos assim, Butragueño do Nordeste de Amaralina e rolou para Artur Maia. Neste exato instante, tentei perguntar: Artur, lembra daquele chute que meti lá em Itap…
O sacaninha nem esperou este rouco e humilde locutor terminar a frase e mandou um balaço na ex-habitação da coruja.
Uma beleza. E é esta beleza, este espírito de saber que o impossível é só um desafio, que deve prevalecer no jogo de domingo contra as sardinhas.
O resto é terror barato – e num merece nem minha vaia.
Por: Franciel Cruz (@ingresia)
Quanto disgrama horripilante foi aquela, meu povo legal, meu povo jóia? O campo estava uma lástima, não merece nem ser chamado de pasto, os jogadores numa boréstia de fazer inveja a Dorival Caymmi e o destaque do jogo, como disse o menino Anrafel, era mais feio do que tudo isso junto. Foi feiúra pra mais de metro. Aliás, agora entendo os porquês de alguns amigos cearences chamarem aquele baixinho de Clodoalcool. É que a canjebrina corroeu a face do referido.
VÁ ASSOMBRAR A MÃE DO DEMÔNHO COM TANTA FEIÚRA!!!
Por falar em assombração, aquela zaga do Vitória não assusta nenhum adversário – até porque qual atacante vai ter medo de uns meninos amarelo, parecendo que foram criados com vó em apartamento de chinelo e meia? Eu já ensinei aqui, mas repito. Seguinte é este: Para atuar na zona do agrião, o sujeito deve possuir a piedade de um matador de aluguel de filmes B – e não aquela carinha (e jeitinho) de guri de playground.
Pois, então, amigos de infortúnios, diante de tanta e tamanha chibança acabei não falando sobre o golaço de Artur Maia. Mas, agora, veio-me a dúvida: será que a beleza deve mesmo sucumbir ao terror, à feiúra? Não e nécaras. Mais do que aquela patacoada de ontem, o que merece ficar registrado nos anais (de lá ele) históricos é a maravilhosa jogada de domingo.
Para os que não sabem como foi possível, contarei agora toda a anatomia daquela obra prima, que, modéstia às favas, teve 64,37% de minha humilde contribuição.
Senão, vejamos.
O ponteiro do relógio já estava nos estertores, dava a última volta, como diria os locutores de antanho, quando a bola sobrou para o número 5. Não falei nada porque não lhe dirijo a palavra. Portanto, não participei do início da trama. No entanto, quando a pelota chegou nos pés de Marquinhos, eu bradei educadamente: CRUZA ESTA PORRA, SEU FILHO DA PUTA MAGRO!!!
Obediente, o garoto franzino mandou a criança no peito de Neto. Aí, o trabalho de exorcização foi duro. Afinal, tirar a ruindade daquele couro só com muita mandiga. Saquei do coldre dois litros de cepacol e falei mais alto ainda, assim, tipo num corpo 18 times new romam e em negrito. SAI DAÍ, RUINDADE, QUE ESTE CORPO NÃO LHE PERTENCE (Alô, Elmo!)
E minha ordem foi cumprida. O desinfeliz, depois de se estrebuchar todo, ficou tão nervoso que, ao invés de dar uma de suas pixotadas clássicas, dominou a criança no peito com a categoria de um, digamos assim, Butragueño do Nordeste de Amaralina e rolou para Artur Maia. Neste exato instante, tentei perguntar: Artur, lembra daquele chute que meti lá em Itap…
O sacaninha nem esperou este rouco e humilde locutor terminar a frase e mandou um balaço na ex-habitação da coruja.
Uma beleza. E é esta beleza, este espírito de saber que o impossível é só um desafio, que deve prevalecer no jogo de domingo contra as sardinhas.
O resto é terror barato – e num merece nem minha vaia.
Por: Franciel Cruz (@ingresia)
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