25 de fevereiro de 2011

Presidente do Clube dos 13 acha que os 20 clubes continuarão na entidade

Fábio Koff - Clube dos 13
Um dia, muitos discursos e várias costuras internas depois de seis associados inciarem uma debandada do Clube dos 13, o presidente da entidade, Fábio Koff, trocou o tom de descrença na cisão pelo de desafio à confirmação dela. Em entrevista exclusiva a Terra Magazine, na noite desta quinta-feira (24/02), ele assegurou que os 20 filiados permanecerão.

- O movimento não resiste uma semana.

// Entenda toda a situação e disputas entre Globo, Record, CBF e C13

Portanto, ele não acredita sequer na saída do Corinthians, o primeiro dos declarados insurgentes, que pediu formalmente seu desligamento do grupo.

- Acho que houve uma precipitação, uma antecipação por parte do presidente do Corinthians (Andres Sanchez) e os envolvimentos dele com os interesses de uma rede de televisão (Globo) e da CBF. É o segundo tempo daquela briga da eleição (do Clube dos 13, em abril de 2010) - acrescentou Koff, incluindo disputas pessoais e políticas entre os motivos do racha na entidade que dirige.

A polêmica irrompeu nesta semana, quando o Clube dos 13 lançava um edital de licitação para venda dos direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro de 2012 a 2014 pela TV aberta. Publicamente, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo e Coritiba manifestaram sua pretensão de barganhar os valores de suas cotas financeiras por conta própria. Outros times ensaiavam segui-los.

- Não existe negociação em separado - rejeitou Koff. - Pelo estatuto do Clube dos 13, quem negocia por eles é o Clube dos 13.

Torna-se evidente a vontade de vários cartolas em continuarem com a Globo, mesmo embolsando menos dinheiro do que a Record poderia oferecer. Assim, o novo modelo de concorrência é criticado por alguns. Antes, devido a uma cláusula de preferência, a atual emissora parceira podia igualar ofertas das outras e manter seu domínio. Seus clubes aliados, agora, temem que a Record cumpra a promessa de vencer o leilão. Nos bastidores, propalam até insinuações de suborno. Da mesma forma, insinuações de suborno são feitas à operação que tenta desestabilizar o Clube dos 13.

Sobre essas acusações usadas como arma na batalha, Koff rebateu com veemência:
- Ah, não pode oferecer mais? Então não faz concorrência, dá pra Globo. Se apareceu alguém que pagou mais e levou, o Clube dos 13 recebeu propina: é um absurdo. É um raciocínio imbecil.

Ele disse não enxergar indícios de corrupção em nenhum dos lados. "Estou acreditando que é limpo. É uma coisa incrível que está acontecendo nesse país. Isso é uma consciência que se instalou, que os valores éticos não existem, que todo mundo rouba, que todo mundo é ladrão, que está cheio de ladrão solto, cheio de vigaristas. Vamos partir da presunção de que as pessoas sejam sérias", opinou.

// Confira a entrevista com Fábio Koff

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