Por: Lucas Rochas §iquilho[lucas.rochas@yahoo.com.br]
"Quando a gente é amigo do porteiro e da faxineira, todos no clube torcem pela gente. Sem vaidade, sem nada, é isso o que eu procuro fazer aqui" - Ricardo Silva.
Após 12 anos o Vitória voltou a representar o estado em uma competição internacional e mais uma vez honrou sua camisa, voltando a representar bem a Bahia, mostrando que realmente é o orgulho do estado. Motivado pelo espírito do treinador interino, e competente Ricardo Silva, o time pôs fim a uma seqüência negativa de cinco partidas sem vitórias e deu um grande passo rumo à segunda fase da competição.

O Coritiba, adversário da noite, também trazia no banco um treinador interino, e todos os holofotes estavam voltados para as cabines de honra, onde ambos os clubes contavam com a presença dos novos treinadores: Vagner Mancini e Ney Franco, respectivamente, recém contratados por Vitória e Coritiba, observando seus novos comandados.
Passados 19 dias, ambos os clubes voltavam a se enfrentar, desta vez por uma competição Internacional, e a magra vitória do leão diante do Coritiba, no próprio Barradas pelo brasileiro, já deixava claro que a partida não seria fácil e o adversário mais uma vez seria "osso duro de roer".
Com as palavras, Ricardo Silva:
- "O Coritiba, jogando com três zagueiros, estava nos marcando muito. Nosso time conseguia chegar, mas estávamos displicentes no último passe." – avaliou, em entrevista ao site oficial do clube.
Como o Ricardo fez perfeitamente a leitura do jogo, fica complicado dizer muita coisa. O primeiro tempo da partida foi morno. O Vitória até que tentava, mas pouco acertava. Do outro lado, o Coritiba só marcava. O que me chamou atenção nestes 45 minutos iniciais foram o posicionamento e a postura do time em campo.
No mais a etapa inicial foi monótona e como poucas chances reais de gol:
-Aos 32, Roger perdeu um de dentro da pequena área, chutando de primeira por cima, após cruzamento do Robinho.
-Na casa dos 20 minutos, o coxa deu seu único chute do primeiro tempo e levou perigo ao gol rubro-negro.
- Aos 42, o rubro-negro voltou a assustar a defesa do Coritiba quandoo lateral Apodi carregou a bola pelo lado direito e chutou cruzado de fora da área, Edson Bastos espalmou para escanteio.
Aos 47, o arbitro Paraguaio Carlos Galeano pôs fim à etapa inicial. Aliás, a arbitragem dele foi muito boa. O futebol brasileiro está viciado, repleto de jogadores cai-cai e de faltinhas bestas marcadas. O cidadão deixou o jogo correr e soube conduzir bem a partida. Que sirva de exemplo para a arbitragem local.
Fim do intervalo, empate sem gols e time voltando a campo sem modificações.
Eis o segundo tempo, sob a óptica do treinador interino Ricardo Silva:
"No intervalo, corrigi o posicionamento do time, e fomos felizes que o Uelliton conseguiu fazer o gol em uma cobrança de falta" – avaliou, em entrevista ao site oficial do clube.

VITÓRIA 1 X 0 CORITIBA.
De tanto insistir o leão chegou ao seu segundo gol. Aos 26 minutos, o vôvô Jackson estufou as redes, fazendo a alegria da pequena, mas participativa torcida rubro-negra presente no santuário. Em uma cobrança rápida de falta, Roger, completamente impedido saiu da jogada, deixando Jackson livre para arrancar rumo à felicidade. Jackson, cara a cara com o gol finalizou e brocou:
VITÓRIA 2 X 0 CORITIBA
Ricardo Silva venceu novamente à frente do leão da barra e além de dar as boas-vindas a Mancini, que assistiu ao jogo dos camarotes, o interino fez questão de dedicar o triunfo a Carpegiane.
-" O Mancini é um amigo que eu conheci aqui no Vitória. Fomos campeões baianos no ano passado e fizemos um bom trabalho no Brasileiro. O importante é ter amigos. A idade passa, a vida passa e nós devemos preservar os amigos. É isto que eu faço no futebol. Inclusive, esta vitória também é de outro amigo que fiz aqui no clube, Paulo César Carpegiani" – completou.
Comandando o rubro-negro Ricardo Silva tem um ótimo retrospecto:
09 partidas disputadas:
-07 partidas pelo Campeonato Baiano
-01 partida pela Copa do Brasil
-01 partida pela Copa Sul-Americana
08 VITÓRIAS [Casa: 05 / Fora: 03] => [03 GOLEADAS]
00 EMPATE
01 DERROTA [Casa: 00 / Fora: 01]
25 Gols Feitos [Casa: 12 / Fora: 13]
╚═> Média de 3,13 gols feitos por partida
06 Gols Sofridos [Casa: 00 / Fora: 06]
╚═> Média de 0,50 gol sofrido por partida
Saldo: 20 gols
Aproveitamento:
CASA: 100%
FORA: 75%
GERAL: 89,50%
FICHA DO JOGO
VITÓRIA 2 x 0 CORITIBA
Vitória
Gléguer; Apodi, Anderson Martins, Wallace e Róbson (Nino Paraíba); Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues e Jackson; Willian (Bida) e Roger.
Técnico: Ricardo Silva.
Coritiba
Edson Bastos; Cleiton, Pereira, Demerson; Márcio Gabriel (Rodrigo), Douglas Silva, Guaru, Pedro Ken (Renatinho) e Carlinhos Paraíba; Marcos Aurélio (Leozinho) e Bruno Batata.
Técnico: Édison Borges
Data: 13/08/2009 (quinta-feira)
Local: Estádio do Barradão, em Salvador
Público: 6.130 pagantes
Renda: R$106.510,00
Árbitro: Carlos Galeano (PAR)
Auxiliares: Rodney Aquino (PAR) e César Franco (PAR)
Cartões amarelos: Pereira, Gauru, Demerson (C) Leandro Domingues, Uelliton (V)
Gols: Uelliton, no primeiro minuto, e Jackson, aos 27min do segundo tempo
Veja sobre a Copa Sul-Americana 2009:
Resumo do Regulamento
Tabela de jogos do Vitória
Lista de jogos completa
Artilharia do Vitória
Cara, vc está cada vez melhor na resenha.
ResponderExcluirNão chame Jackson de vovô não... rsrsrs ele já disse que não gosta!
Ricardo, além de já conhece bem o nosso elenco, é muito bem nas entrevistas, quando ele for realmente um técnico isso vai ser muito importante.
SRN