André Catimba é um ídolo da história do Vitória. Na década de 70, o jogador formou ao lado de Osni e Mário Sérgio um dos melhores ataques da história do rubro-negro, na visão de muitos torcedores e críticos. É o segundo maior artilheiro nos 113 anos do clube, com 82 gols. A identificação com o Leão era tanta que no final dos anos 1989 e 1990, Catimba retornou à Toca, mas dessa vez como treinador. Neste período, comandou os títulos baianos das duas temporadas. Em entrevista ao Bahia Notícias, Catimba relembrou os grandes momentos do passado e comparou o futebol de antigamente com o apresentado hoje. Crítico, o ex-jogador falou sobre o desempenho do Bahia e do Vitória nas últimas temporadas, de Neymar e da desilusão com a Seleção Brasileira.
Bahia Notícias: Em três anos no Vitória, para muitos, você formou o melhor ataque do rubro-negro ao lado de Osni e Mário Sérgio. Aquele período foi o melhor da sua carreira?
André Catimba: Aquele era um dos melhores ataques, com certeza. Tarcio e Éder no Grêmio também foram grandes jogadores que atuaram comigo. Aqui no Vitória foram cinco anos jogando com esse grupo. A gente se deu bem, e não foi inventado. O ataque é falado até hoje, sempre lembrado. Era um trio muito bom.
BN: Você é um dos maiores artilheiros da história do Vitória. Você acredita que alguém, um dia, poderá superar seu feito?
André Catimba: Tive uma fase muito boa. Fiz grandes amigos, pessoas que tenho relação até hoje. Uma fase que sempre me dediquei como profissional. E acho que para me passar será difícil. Foram cinco anos muito bem disputados. Queria jogar sempre, principalmente os Ba-Vi. Ba-Vi sem mim não era Ba-Vi. Mas também não era só eu.
BN: Você foi vitorioso no rubro-negro também como treinador, entre 1989 e 1990. No que você se considera melhor?
André Catimba: Os dois foram muito bons. Eu me dediquei mais quando era treinador. As pessoas não confiavam em mim, tanto que no final da partida deram o time para João Francisco. Empatemos e conquistamos o título. Treinei o Vitória e tirei do torneio da morte quando poucos acreditavam. Mas o mau do baiano é ter inveja e não acreitar.
BN: Quando você jogou no Boca Juniors, atuou ao lado de Maradona. Ele foi o maior jogador que você viu jogar?
André Catimba: Maradona foi um jogador de nível técnico muito bom, mas no futebol argentino. E o futebol argentino é completamente diferente. É mais desenvolvido, técnico. É um nível excelente.
BN: Quem você citaria como o melhor jogador com quem atuou? E técnico?
André Catimba: De jogadores, eu tive vários amigos e companheiros muito bons, moral. Apreciava vários jogadores, citar um ou dois é complicado. Vários eram daqui da Bahia. Mascote (jogador do Ypiranga) me ensinou muito no Ypi. Telê Santana e outros mais, não gosto de desconsiddar.
BN: Você jogou na Bahia e no Rio Grande do Sul. Qual é a diferença do futebol e das torcidas dos dois lugares?
André Catimba: Os torcedores te respeitam. Lá no Sul até hoje eu sou homenageado, me ligam. Sempre pedem para eu ir para lá. Me dão muita atenção e me respeitam muito. E jogadores que não são do Sul dificilmente são homenageados.
BN: Já visitou a Nova Arena Fonte Nova? O que achou do novo estádio?
André Catimba: Negócio de louco. A nova Arena está muito bonita. Sexta-feira eu vou fazer uma reportagem lá, inclusive. Precisamos de jogador que jogue bola para atuar lá. Temos que ter craques, não podemos ter jogador para bagunçar. Para achar sete ou oito craques é muito duro.
BN: Quando jogava no Grêmio, você ficou famoso por sua comemoração na final do Campeonato Gaúcho de 1997, quando executou mal um salto mortal e quase se machuca gravemente. As pessoas ainda lembram de você ou te reconhecem por este fato?
André Catimba: Até hoje ficou marcado por essa comemoração. O estádio (Olímpico) vai ser demolido e ainda tem comentários sobre o jogo de 77. Eu fui feliz, fiz o gol da vitória e ter dado cambalhota e não me machucou. Ainda sou lembrado, meu nome está na calcada da fama do Olímpico.
BN: Você tem acompanhado o futebol baiano? Se sim, como você analisa a atual situação do Bahia e do Vitória?
André Catimba: O Bahia e Vitória estão muito longe dos outros clubes. As contratações são ruins e, dessa forma, vão entrar para se manter e olhe lá. No Nordestão, o Campinense, com um time simples conseguiu ser campeão. Cadê o Bahia e Vitória? Cadê os grandes de Recife? O Campinense é um exemplo bom para ser seguido no Brasileirão da Série A.
BN: Você acompanha o futebol atual e pode me dizer quais são as grandes diferenças em relação com o futebol de antigamente?
André Catimba: Na minha época, não importava se eram três ou quatro competições, você entrava preparado. Era um time só. Não pode descansar jogador porque vida de jogador é dentro de campo. Quem inventou isso não sabe nada de futebol. Jogador se prepara mais jogando do que do lado de fora. Para você preparar um time Brasileirão, tem que ter o time pronto, treinado.
BN: A comparação entre Pelé e Maradona ainda existe e, atualmente, há também a comparação entre Neymar e Messi. O que falta para Neymar chegar ao nível de Messi?
André Catimba: Neymar é craque para o Brasil. Ele conhece. Agora quando ele faz “fantasia”, eu não gosto. Quero ver ele jogar assim na Europa. O nível técnico dele é algo, joga bonito, mas as picuinhas não podem ser feitas.
BN: Sobre a Copa de 2014, o que espera do Brasil? Assim como muitos torcedores você também está desacreditado?
André Catimba: Vamos torcer para o Brasil (em 2014). Está difícil, mas vamos torcer para que mude a opinião do brasileiro. Todos eram craques, do 1 a 11. Você tem a Seleção na cabeça? Isso é uma coisa muito séria. O futebol brasileiro não é o mesmo. (Cláudia Callado / Felipe Santana / BahiaNotícias)
André Catimba: Aquele era um dos melhores ataques, com certeza. Tarcio e Éder no Grêmio também foram grandes jogadores que atuaram comigo. Aqui no Vitória foram cinco anos jogando com esse grupo. A gente se deu bem, e não foi inventado. O ataque é falado até hoje, sempre lembrado. Era um trio muito bom.
BN: Você é um dos maiores artilheiros da história do Vitória. Você acredita que alguém, um dia, poderá superar seu feito?
André Catimba: Tive uma fase muito boa. Fiz grandes amigos, pessoas que tenho relação até hoje. Uma fase que sempre me dediquei como profissional. E acho que para me passar será difícil. Foram cinco anos muito bem disputados. Queria jogar sempre, principalmente os Ba-Vi. Ba-Vi sem mim não era Ba-Vi. Mas também não era só eu.
BN: Você foi vitorioso no rubro-negro também como treinador, entre 1989 e 1990. No que você se considera melhor?
André Catimba: Os dois foram muito bons. Eu me dediquei mais quando era treinador. As pessoas não confiavam em mim, tanto que no final da partida deram o time para João Francisco. Empatemos e conquistamos o título. Treinei o Vitória e tirei do torneio da morte quando poucos acreditavam. Mas o mau do baiano é ter inveja e não acreitar.
BN: Quando você jogou no Boca Juniors, atuou ao lado de Maradona. Ele foi o maior jogador que você viu jogar?
André Catimba: Maradona foi um jogador de nível técnico muito bom, mas no futebol argentino. E o futebol argentino é completamente diferente. É mais desenvolvido, técnico. É um nível excelente.
BN: Quem você citaria como o melhor jogador com quem atuou? E técnico?
André Catimba: De jogadores, eu tive vários amigos e companheiros muito bons, moral. Apreciava vários jogadores, citar um ou dois é complicado. Vários eram daqui da Bahia. Mascote (jogador do Ypiranga) me ensinou muito no Ypi. Telê Santana e outros mais, não gosto de desconsiddar.
BN: Você jogou na Bahia e no Rio Grande do Sul. Qual é a diferença do futebol e das torcidas dos dois lugares?
André Catimba: Os torcedores te respeitam. Lá no Sul até hoje eu sou homenageado, me ligam. Sempre pedem para eu ir para lá. Me dão muita atenção e me respeitam muito. E jogadores que não são do Sul dificilmente são homenageados.
BN: Já visitou a Nova Arena Fonte Nova? O que achou do novo estádio?
André Catimba: Negócio de louco. A nova Arena está muito bonita. Sexta-feira eu vou fazer uma reportagem lá, inclusive. Precisamos de jogador que jogue bola para atuar lá. Temos que ter craques, não podemos ter jogador para bagunçar. Para achar sete ou oito craques é muito duro.
BN: Quando jogava no Grêmio, você ficou famoso por sua comemoração na final do Campeonato Gaúcho de 1997, quando executou mal um salto mortal e quase se machuca gravemente. As pessoas ainda lembram de você ou te reconhecem por este fato?
André Catimba: Até hoje ficou marcado por essa comemoração. O estádio (Olímpico) vai ser demolido e ainda tem comentários sobre o jogo de 77. Eu fui feliz, fiz o gol da vitória e ter dado cambalhota e não me machucou. Ainda sou lembrado, meu nome está na calcada da fama do Olímpico.
BN: Você tem acompanhado o futebol baiano? Se sim, como você analisa a atual situação do Bahia e do Vitória?
André Catimba: O Bahia e Vitória estão muito longe dos outros clubes. As contratações são ruins e, dessa forma, vão entrar para se manter e olhe lá. No Nordestão, o Campinense, com um time simples conseguiu ser campeão. Cadê o Bahia e Vitória? Cadê os grandes de Recife? O Campinense é um exemplo bom para ser seguido no Brasileirão da Série A.
BN: Você acompanha o futebol atual e pode me dizer quais são as grandes diferenças em relação com o futebol de antigamente?
André Catimba: Na minha época, não importava se eram três ou quatro competições, você entrava preparado. Era um time só. Não pode descansar jogador porque vida de jogador é dentro de campo. Quem inventou isso não sabe nada de futebol. Jogador se prepara mais jogando do que do lado de fora. Para você preparar um time Brasileirão, tem que ter o time pronto, treinado.
BN: A comparação entre Pelé e Maradona ainda existe e, atualmente, há também a comparação entre Neymar e Messi. O que falta para Neymar chegar ao nível de Messi?
André Catimba: Neymar é craque para o Brasil. Ele conhece. Agora quando ele faz “fantasia”, eu não gosto. Quero ver ele jogar assim na Europa. O nível técnico dele é algo, joga bonito, mas as picuinhas não podem ser feitas.
BN: Sobre a Copa de 2014, o que espera do Brasil? Assim como muitos torcedores você também está desacreditado?
André Catimba: Vamos torcer para o Brasil (em 2014). Está difícil, mas vamos torcer para que mude a opinião do brasileiro. Todos eram craques, do 1 a 11. Você tem a Seleção na cabeça? Isso é uma coisa muito séria. O futebol brasileiro não é o mesmo. (Cláudia Callado / Felipe Santana / BahiaNotícias)
Quanta alegria eu tive em ver esse excelente jogador em campo. Parabéns André! Muito obrigado por tudo que você fez pelo nosso glorioso VITÓRIA, nosso LEÃO DA BARRA.
ResponderExcluirAri Jones
q bom ter conhecido esse ser humano fantástico, simples, humilde, e de um cárter invejável. Pena q nunca assistir um jogo dele era muito pequeno.
ResponderExcluirInfelizmente o vitoria ainda ñ te dar o valor merecido, diferente do crêmio.
Mas muito obrigado por tudo que fez pelo nosso Vitória e pelo futebol Brasileiro.
Caro Marcio N.
ResponderExcluirPode ter a mais absoluta certeza que esse foi um dos maiores jogadores que já passou pelo VITÓRIA. Realmente é uma pena que nossos dirigentes não reconheçam os valores dos nossos verdadeiros ídolos, verdadeiros LEÕES dentro de campo, em uma época que o futebol era jogado com raça e muita determinação. André Catimba assim como muitos outros merecem uma homenagem digna do nosso glorioso ESPORTE CLUBE VITÓRIA.
Ari Jones
ari.jones@ig.com.br
Esse mim deu muintas alegrias jogava muinto hoje nao vejo jogador que jogava com amor a camiza naquele tempo vontade de ganhar com raça com o coraçao na ponta da chuteira , Andre catimba voce mas alguns jogadores que teve amor por esse clube deveria ser olhado com mas carinho, porque voce tambem construiu esse vitoria que ai estar , E que nois amamos ate que deus nus de´ vida muinto obrigado andre fica com deus.
ResponderExcluirQUEM VIU ANDRÉ JOGANDO TRATAVA-SE DE UM GRANDE JOGADOR, SAUDADES SÓ DAQUELE TEMPO QUE TINHA BOM FUTEBOL.
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