Por outro lado, a direção do Rubro-Negro se esforça para manter o atacante na Toca do Leão, mas sabe que a concorrência financeira com os japoneses é desleal.
- Tenho 30 anos e preciso definir a minha situação financeira. Aconteceram algumas coisas na minha vida, que não preciso expor aqui. Minha vida financeira ainda é indefinida. Tenho que tentar ganhar alguma coisa fora para colocar minha vida no eixo para, quando parar, dar uma vida tranquila para minhas filhas. Conversei com a diretoria e mostrei que eu preciso. O Alexi (Alexi Portela, presidente do Vitória) sabe da minha vontade. A diretoria não quer me liberar, mas estou tentando forçar um pouco, porque é uma proposta muito boa. O que pesa é a grana, porque amor ao Vitória eu acho que ninguém tem mais do que eu - disse Neto Baiano.
Enquanto o atacante concedia entrevista coletiva na sala de imprensa da Toca do Leão, o empresário do atleta, Antônio Gustavo, estava em reunião com a diretoria do clube. Pela proposta feita, o Vitória receberia R$ 1,2 milhão para liberar o atacante. O clube baiano tenta aumentar o valor a receber.
Sem querer comentar o jogo contra o Atlético-PR, no sábado, como uma despedida, Neto Baiano foi traído pelas palavras. Apesar de afirmar que não está tudo certo, chegou a afirmar que a vontade de deixar o clube não tem relação com o fato de não ter recebido um aumento salarial após o final do Campeonato Baiano.
- Quando eu pedi o aumento foi porque estava perto de renovar. Só que não houve acordo, mas isso não está influenciando em nada na minha saída... Que saída o quê? (risos) Minha saída não, porque não tem nada definido – desconversou.
Para não perder o costume, o atacante do Vitória aproveitou a entrevista para manter a tradição e provocar o Bahia:
- Já falei para Alexi Portela que quero voltar com o Vitória na Primeira Divisão e o outro lado na Série C. São três anos fora e eu volto com o Bahia na Série C – disparou.
Após a coletiva, o atacante se encontrou com o técnico Paulo César Carpegiani na saída do vestiário. Os dois tiveram uma longa conversa e fizeram de tudo para se esconder das máquinas fotográficas e câmeras filmadoras. (Raphael Carneiro / GloboEsporte)